Atos 10.1 a 48
Atos 10.9 a 16 “No dia seguinte, quando os mensageiros de
Cornélio se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. Era cerca
de meio-dia, e ele estava com fome. Enquanto a refeição era preparada, entrou
num êxtase. Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol ser baixado
por suas quatro pontas. No lençol havia toda espécie de animais, répteis e
aves. Então uma voz lhe disse: Levante-se, Pedro, mate e coma. De modo nenhum,
Senhor, respondeu Pedro. Jamais comi coisa alguma que fosse considerada impura
e imprópria. Mas a voz falou novamente: Não chame de impuro o que Deus
purificou. A mesma visão se repetiu três vezes. Então, subitamente, o lençol
foi recolhido ao céu”.
Preconceito
Todo mundo sofre de preconceito. Alguns sofrem com o preconceito,
mas todos, inclusive quem sofre com o preconceito, de uma forma ou de outra,
formam seus conceitos ou suas opiniões antecipadamente, sem maior ponderação ou
conhecimento dos fatos. Todo mundo tem suas ideias preconcebidas sobre alguém
ou alguma coisa.
Por exemplo:
O motorista: você já reparou que a pessoa dirigindo mais
devagar do que você é sempre molenga, enquanto aquela dirigindo mais rápido é
sempre maluca?
Pedestre e motorista: você já notou que, ao caminhar pelas
ruas, o motorista nunca respeita você, enquanto você ao volante sempre acha o
pedestre um folgado?
Por que nós somos assim, gente? Por causa do pecado! Pela
natureza caída, somos todos propensos a justificar a nós mesmos e a condenar
aqueles que são diferentes de nós. Somos propensos a julgar os outros de acordo
com características exteriores, ao invés de aceitá-los como seres humanos
individuais em pé de igualdade conosco.
Os gregos da antiguidade, por exemplo, dividiram a raça
humana em duas categorias: Gregos e bárbaros. O bárbaro era, literalmente,
alguém que não falava o grego. Para os gregos as palavras dos outros soavam de
forma estranha aos seus ouvidos; era um “bar, bar, bar” irritante. Um
historiador grego perguntou, retoricamente: “Como podem os homens que só
conseguem latir sempre governar o mundo”.
Para se ter uma ideia, Aristóteles (384 a.C a 322 a.C.)
acreditava que o clima das regiões do mundo mantinha a diferença entre gregos e
bárbaros. Ele argumentava que os nativos das terras frias, ao norte, Europa,
eram espirituosos e tinham muita coragem, mas pouca habilidade e inteligência,
por isso eles tinham pouca organização política e eram incapazes de reinar
sobre os outros. Já os nativos das terras quentes, ao sul, Ásia, eram dotados
de muita habilidade, inteligência e cultura, mas pouca valentia e coragem, por
isso eles vivam em constante estado de sujeição e escravidão. Agora, para
Aristóteles, somente os gregos (a raça helênica) viviam em um clima projetado
pela natureza para produzir o caráter perfeitamente misturado, por isso eles
eram livres, tinham a nação mais bem governada e teriam a capacidade de reinar
sobre o mundo (confira, Aristóteles, A Política, livro 7, parte 7).
Podemos rir com a teoria de Aristóteles, mas somos todos, de
alguma forma, propensos ao preconceito. No entanto, para que Deus nos use
efetivamente em seus propósitos, ele deve nos quebrar de nossos preconceitos.
Advertência
Cabe, a esta altura, um esclarecimento. Não estamos dizendo
que devemos ser tolerantes ou aceitar práticas que a Bíblia chama de pecado.
Também não estamos afirmando que devemos nos juntar aos festejos dos pecadores
como se não houvesse diferença entre os prazeres deles e os nossos. O que
estamos buscando é enfrentar nossos preconceitos, permitindo que Deus os
desenterre e os lance fora, pois de outra forma nós não seremos capazes de
ultrapassar barreiras culturais e pessoais com o evangelho de Jesus
Cristo.
Pense comigo:
Se você é preconceituoso contra: Os que são de outra raça.
Quem tem cor de pele diferente da sua. Aqueles que vivem noutra camada social.
Os que pertencem a outro grupo ideológico ou educacional. Como irá alcançá-los
com o evangelho?
Se você odeia, por exemplo, os homossexuais ou transgêneros
(o povo, não o pecado), como os levará a Jesus Cristo?
Se você se afasta de jovens com piercings corporais e
tatuagens, como Deus poderá usá-lo para levar o evangelho a eles?
Se você não caminha duas, três, mil milhas com os fumantes e
beberrões de sua família, afastando-se deles, como testemunhará a eles da graça
do evangelho de Jesus?
Nossa intolerância deve ser contra o pecado, e não o
pecador. De outra forma, como veremos pessoas convertidas a Jesus Cristo e
salvas pelo evangelho da graça de Deus?
Paulo sabia disso e disse assim:
1 Coríntios 6.9 a 11 “Vocês não sabem que os injustos não
herdarão o reino de Deus? Não se enganem: Aqueles que se envolvem em
imoralidade sexual, adoram ídolos, cometem adultério, se entregam a práticas
homossexuais, são ladrões, avarentos, bêbados, insultam as pessoas ou exploram os
outros não herdarão o reino de Deus. Alguns de vocês eram assim, mas foram
purificados e santificados, declarados justos diante de Deus no nome do Senhor
Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus”.
Como isso foi possível? Como essas pessoas abandonaram seus
pecados tão terríveis e se converteram a Jesus Cristo? A graça de Deus os
alcançou, a graça de Deus chegou até eles através de pessoas que, apesar de
odiarem o pecado, deixaram de lado seus preconceitos, seus gostos pessoais e
amaram e se relacionaram com o pecador. Paulo, de novo, é muito útil neste
ponto, ele que um dia odiou e procurou matar quem pensava diferente dele: Os
gentios.
Observe:
1Corintios 9.19 a 23 “Embora eu seja um homem livre, fiz-me
escravo de todos para levar muitos a Cristo. Quando estive com os judeus, vivi
como os judeus para levá-los a Cristo. Quando estive com os que seguem a lei
judaica, vivi debaixo dessa lei. Embora não esteja sujeito à lei, agi desse
modo para levar a Cristo aqueles que estão debaixo da lei. Quando estou com os
que não seguem a lei judaica, também vivo de modo independente da lei para
levá-los a Cristo. Não ignoro, porém, a lei de Deus, pois obedeço à lei de
Cristo. Quando estou com os fracos, também me torno fraco, pois quero levar os
fracos a Cristo. Sim, tento encontrar algum ponto em comum com todos, fazendo
todo o possível para salvar alguns. Faço tudo isso para espalhar as boas-novas
e participar de suas bênçãos”.
O amor salvador e transformador de Jesus é para todos:
Gálatas 3.26 a 29 “Pois todos vocês são filhos de Deus por
meio da fé em Cristo Jesus. Todos que foram unidos com Cristo no batismo se
revestiram de Cristo. Não há mais judeu nem gentio, escravo nem livre, homem
nem mulher, pois todos vocês são um em Cristo Jesus. E agora que pertencem a
Cristo, são verdadeiros filhos de Abraão, herdeiros dele segundo a promessa de
Deus”.
Em Cristo, todas as barreiras foram derrubadas:
Efésios 2.14 “Porque Cristo é nossa paz. Ele uniu judeus e
gentios em um só povo ao derrubar o muro de inimizade que nos separava”.
A forma como Deus começou a “derrubar o muro de inimizade”
está relatada no texto que nós temos para hoje: Atos 10.1 a 48. Este texto,
porém, vai além de descrever a queda do muro de inimizade, ele também revela
como a salvação está ao alcance de todos. Sem esta iniciativa de Deus é bem
provável que o evangelho de Jesus teria ficado circunscrito à Jerusalém, Judeia
e Samaria, sem jamais chegar aos confins da terra, sem nunca ter nos alcançado.
No entanto, pela graça de Deus, a chama do evangelho não se extinguiu e aqui
neste texto nós aprendemos como Deus derrubou o muro que separava judeus dos
demais povos e como a salvação está disponível a todos os que crerem.
Observem comigo seis elementos que descrevem como a salvação
alcança o pecador.
1 - Preparação soberana
Os eventos momentosos da inclusão
gentílica na igreja e a salvação de Cornélio requereram preparação soberana. Tanto
o convertido, Cornélio como o pregador, Pedro receberam visões de Deus
preparando-os para o que viria a seguir.
A preparação de Cornélio: Cornélio tinha tudo que a maioria
das pessoas de bem deseja ter: Carreira, status social, religiosidade, família
estruturada, respeito das pessoas… nada disso, porém, apesar de toda a sua
boa-vontade, era suficiente para preencher seu coração e garantir-lhe salvação.
Atos 10.1 a 8 “Morava em Cesaréia um oficial do exército
romano chamado Cornélio, capitão do Regimento Italiano. Era um homem devoto e
temente a Deus, como era também toda a sua família. Dava aos pobres esmolas
generosas e sempre orava ao Senhor. Certa tarde, por volta das três horas, teve
uma visão na qual viu um anjo de Deus vir em sua direção e dizer: Cornélio.
Temeroso, Cornélio olhou fixamente para o anjo e perguntou: Que é, senhor? E o
anjo respondeu: Suas orações e esmolas subiram até Deus, e ele as guarda na
memória. Agora, envie alguns homens a Jope e mande buscar Simão, também chamado
Pedro. Ele está hospedado com Simão, um homem que trabalha com couro e mora à
beira do mar. Assim que o anjo foi embora, Cornélio chamou dois servos de sua
casa e um soldado devoto de seu grupo de auxiliares. Ele lhes contou o que
havia acontecido e os enviou a Jope”.
A preparação de Pedro: Pedro trazia consigo as chaves do
reino (Mateus 16.19): Ele tinha autoridade para receber pecadores no reino de
Deus através da pregação do evangelho da graça de Deus. Essa mesma autoridade
têm todos quantos receberam o evangelho e agora o repartem com quem ainda não o
tem. O evangelho são as chaves do reino. Tanto o são que, por não pregarem o
evangelho, os fariseus trancavam “a porta do reino dos céus na cara das
pessoas” (Mateus 23.13).
Em Atos, Pedro é o apóstolo que primeiramente pregou o
evangelho do reino aos judeus em pentecostes (Atos 2), aos samaritanos (Atos 8)
e, agora, aos gentios (Atos 10, 15.7). Só que, para pregar aos gentios, Deus
precisou preparar Pedro:
Atos 10.9 a 20 “No dia seguinte, quando os mensageiros de Cornélio
se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar. Era cerca de
meio-dia, e ele estava com fome. Enquanto a refeição era preparada, entrou num
êxtase. Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol ser baixado por
suas quatro pontas. No lençol havia toda espécie de animais, répteis e aves.
Então uma voz lhe disse: Levante-se, Pedro, mate e coma. De modo nenhum,
Senhor! respondeu Pedro. Jamais comi coisa alguma que fosse considerada impura
e imprópria. Mas a voz falou novamente: Não chame de impuro o que Deus
purificou. A mesma visão se repetiu três vezes. Então, subitamente, o lençol
foi recolhido ao céu. Pedro ficou perplexo, pensando em qual seria o
significado da visão. Nesse momento, os homens que Cornélio tinha enviado
encontraram a casa de Simão. Eles se aproximaram do portão e perguntaram se
estava hospedado ali Simão, também chamado Pedro. Enquanto Pedro ainda refletia
sobre a visão, o Espírito lhe disse: Três homens vieram procurá-lo. Levante-se,
desça e vá encontrar-se com eles. Não hesite em acompanhá-los, pois eu os
enviei”.
Cornélio respondeu prontamente à ordem de Deus, enquanto
Pedro precisou que Deus lhe apresentasse três vezes a mesma visão. Quantas
vezes Deus precisa falar, revelando os nossos preconceitos, para nos convencermos
de que todos são igualmente carentes da graça de Deus, para nos convencermos de
que Deus deseja que todos se salvem?
Para se ter uma ideia do preconceito que judeus nutriam
contra gentios, cito a descrição feita por Alfred Edersheim, estudioso da vida
e do cotidiano nos tempos de Jesus: Toda criança gentia, tão logo nascesse,
seria considerada impura… A Mishná, tradição oral da lei judaica, vai tão longe
à ponto de proibir socorro a uma mãe gentia na hora de sua necessidade ou
alimento para seu filho, a fim de não se criar um filho de idolatria! …Não era
considerado seguro deixar o gado sob seus cuidados, permitir que suas mulheres
amamentassem lactentes, que seus médicos atendessem aos doentes, nem que se
caminhasse na companhia deles… Tanto eles como os seus eram corrompidos
(sujos), suas casas eram impuras, pois continham ídolos e coisas dedicadas a
tais, suas festas, suas ocasiões alegres e o próprio contato deles era poluído
pela idolatria, e não era seguro deixar um pagão sozinho em uma sala de jantar,
para que ele não contaminasse o vinho ou
a carne sobre mesa, ou o óleo e o trigo na despensa… Leite tirado por um pagão,
caso um judeu não estivesse presente para observar, além do pão e do óleo
preparado por eles, era considerado ilegal. Seu vinho era terminantemente
proibido, o simples toque de um pagão poluía um barril inteiro, até mesmo
chegar ao nariz ao cálice do vinho pagão era estritamente proibido.
Pedro, realmente, precisava ser preparado por Deus. De outra
forma, ele jamais teria usado as chaves do reino para abrir a porta da salvação
para os gentios. Curiosamente, a mesma Jope de onde Jonas partiu para fugir do
comissionamento divino, foi a Jope de onde Pedro partiu para levar o evangelho
aos gentios.
Deus, soberanamente, havia preparado tanto Cornélio como
Pedro.
2 - Submissão da vontade
O segundo elemento que descreve como a salvação alcança o
pecador é a submissão da vontade. Diante da iniciativa soberana de Deus, o
homem responde com obediência. No nosso texto, tanto Pedro como Cornélio foram
obedientes à voz soberana de Deus.
Atos 10.21 a 33 “Pedro desceu e disse aos homens: Eu sou
quem vocês procuram. Por que vieram. Eles responderam: Cornélio, um oficial
romano, nos enviou. Ele é um homem devoto e temente a Deus, respeitado por
todos os judeus. Um santo anjo o instruiu a chamar o senhor à casa dele para
que ele ouça sua mensagem. Então Pedro convidou os homens para se hospedarem
ali aquela noite. No dia seguinte, foi com eles, acompanhado de alguns irmãos
de Jope. Chegaram a Cesaréia no dia seguinte. Cornélio os esperava e havia
reunido seus parentes e amigos íntimos. Quando Pedro chegou à casa, Cornélio
veio ao seu encontro e prostrou-se diante dele, adorando-o. Mas Pedro o
levantou e disse: Fique de pé! Eu sou apenas um homem como você”. Os dois
conversaram e depois entraram na casa, onde muitos outros estavam reunidos.
Pedro lhes disse: Vocês sabem que nossas leis proíbem que um judeu entre num
lar gentio como este ou se associe com os gentios. No entanto, Deus me mostrou
que não devo mais considerar ninguém impuro ou impróprio. Por isso, vim assim
que fui chamado, sem levantar objeções. Agora digam por que vocês mandaram me
buscar. Cornélio respondeu: Quatro dias atrás, eu estava orando em casa por
volta deste mesmo horário, às três da tarde. De repente, um homem vestido com
roupas resplandecentes apareceu diante de mim. Ele me disse: Cornélio, Deus
ouviu sua oração e se lembrou de suas esmolas. Agora, envie mensageiros a Jope
e mande buscar Simão, também chamado Pedro. Ele está hospedado na casa de
Simão, um homem que trabalha com couro e mora à beira do mar. Assim, mandei
buscá-lo de imediato, e foi bom que tenha vindo. Agora estamos todos aqui,
esperando diante de Deus para ouvir a mensagem que o Senhor mandou que você nos
trouxesse”.
Impressionante! Cornélio foi obediente ao se dispor a ouvir
e Pedro ao se dispor a ir. Eu e você precisamos ser obedientes se quisermos ver
a salvação se espalhar e a igreja crescer.
3 - Apresentação do evangelho
Diante de uma situação na qual o próprio Deus o colocou,
Pedro abre a sua boca, afinal, não há evangelização se não se anunciar o
evangelho, e prega a mensagem de Deus: A paz de Deus em Cristo (versículos 34 a
36), a vida e a obra de Jesus Cristo (versículos 37 a 43).
Atos 10.34-43 “34 Então Pedro respondeu: Vejo claramente que
Deus não mostra nenhum favoritismo. Em todas as nações ele aceita aqueles que o
temem e fazem o que é certo. Esta é a mensagem de boas-novas para o povo de
Israel: Há paz com Deus por meio de Jesus Cristo, que é Senhor de todos. Vocês
sabem o que aconteceu em toda a Judeia, começando na Galileia, depois do
batismo que João proclamou. Sabem também que Deus ungiu Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e com poder. Então Jesus foi por toda parte fazendo o bem e curando
todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele. E nós somos
testemunhas de tudo que ele fez em toda a Judeia e em Jerusalém, onde o
mataram. Penduraram-no numa cruz, mas Deus o ressuscitou no terceiro dia e
permitiu que ele fosse visto, não por todo o povo, mas por nós que fomos
escolhidos por Deus de antemão para sermos suas testemunhas. Nós fomos os que
comemos e bebemos com ele depois que ele ressuscitou dos mortos. E ele nos
mandou anunciar sua mensagem em toda parte e testemunhar que Deus o designou
juiz dos vivos e dos mortos. É a respeito dele que todos os profetas dão
testemunho, dizendo que todo o que nele crer receberá o perdão de seus pecados
por meio de seu nome”.
Pedro foi fiel na apresentação do evangelho. Ele usou as
chaves do reino para abrir as portas do céu para os gentios.
4 - Operação do Espírito
A pregação sem o Espírito Santo é morta. Assim é que,
enquanto Pedro pregava, Deus derramava o seu Espírito sobre os gentios da casa
de Cornélio.
Atos 10.44 a 46 “Enquanto Pedro ainda falava, o Espírito
Santo desceu sobre todos que ouviam a mensagem. Os discípulos judeus que
acompanhavam Pedro ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também
fosse derramado sobre os gentios, pois os ouviram falar em outras línguas e
louvar a Deus”.
Da mesma forma que o Espírito Santo desceu sobre os judeus
discípulos de Cristo no dia de Pentecostes (Atos 2), ele também desceu sobre
esses novos convertidos gentios, e eles imediatamente começaram a louvar a Deus
em suas línguas nativas.
Esse milagre era um sinal irrefutável para os judeus de que
Deus também aceitava gentios na igreja. Hoje nós não podemos supor que a
evidência para toda e qualquer conversão seja o falar em línguas estranhas,
pois, mesmo no livro de Atos, esse foi um evento singular. É bem verdade,
porém, que sem a operação do Espírito não há conversão. Dessa forma, nessa
conjuntura histórica única, Deus provou que a sua graça se estende para
alcançar a todos. Todos são bem-vindos em Cristo Jesus. Mediante a pregação do
evangelho, o Espírito Santo chama e convence o pecador.
5 - Confissão pública de fé
No caso de Cornélio, como todas as outras vezes no Novo
Testamento, o batismo é consequência necessária à conversão.
Atos 10.46 a 48 “…Pedro perguntou: Pode alguém se opor a que
eles sejam batizados agora que, como nós, também receberam o Espírito Santo.
Então ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo”.
O batismo, como confissão pública de fé, sempre segue a
conversão do pecador.
6 - Comunhão fortalecedora
A comunhão da igreja é indispensável para aqueles que foram
alcançados pelo evangelho da graça de Deus. No corpo de Cristo, eles
compartilham alegrias, buscam encorajamento e recebem fortalecimento. É natural
para o convertido desejar comunhão fortalecedora. Aliás, esse desejo por
comunhão fortalecedora parece mais uma evidência de conversão do que qualquer
outra coisa: O salvo quer a companhia dos salvos.
Atos 10.48 “…Depois, pediram que Pedro ficasse com eles
alguns dias”.
Lugar de crente é na comunhão fortalecedora da igreja. Salvação ao alcance de todos
Atos 10 é um capítulo épico na Bíblia, pois dá testemunho da
inclusão dos gentios como iguais aos judeus na igreja de Jesus Cristo. O muro
de inimizade foi derrubado. Salvação está ao alcance de todos. Portanto,
permitam-me algumas observações práticas:
Avalie seus preconceitos: Olhe para Jesus e veja como ele
tratou o pecado e o pecador.
Ouça a voz de Deus, levando você aos que ele soberanamente
preparou para te ouvir.
Siga os passos de Pedro: Pregue o evangelho, dependa do
Espírito, solicite confissão pública de fé e integre o novo discípulo na
comunhão da igreja.
Fale comigo: mapirola@yahoo.com
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