06/02/2018

Explicação de provérbios 9



Provérbios 9.1 a 18

9.1 - Aqui reside o contraste definitivo entre loucura e sabedoria. Cada uma delas oferece um banquete para a vida (versículo 1 a 6) e outro para a morte (versículo 13 a 18). Entre essas duas seções há uma parte (versículo 7 a 12) que fala das conseqüências da vida de sabedoria versus a de insensatez. Assim como em Provérbio 1.20, no versículo 1 do capitulo 9 o termo hebraico traduzido como “sabedoria” esta no plural, e não no singular, para chamar a atenção. “Sete colunas”. Nesta expressão, o número sete representa a completude, conforme é comum na poesia semítica. Ou seja, não é que houvesse literalmente sete colunas, mas sim que a casa da sabedoria tinha firmeza e caráter substancial.

9.2 e 3 - Dentre os alimentos do banquete da sabedoria constavam carne e vinho, servidos sobre uma bela mesa (Provérbios 7.14). A carne recém-abatida era o diferencial do banquete nos tempos bíblicos. Já o vinho era um gênero precioso no antigo Israel; mas em banquetes especiais, o anfitrião acrescentava temperos aromáticos ao vinho, acentuando o aroma e melhorando o gosto (Cantares 8.2). Tudo isso contrasta com a atitude da mulher insensata. Enquanto a sabedoria ocupa-se em cuidar de cada detalhe como uma anfitriã zelosa, a insensatez se senta a porta de casa sem ter o que fazer (versículo 14) A sabedoria manda suas criadas correrem a cidade para convidar as pessoas para o jantar.

9.4 a 6 - A sabedoria faz questão de convidar para o seu banquete os simples, quer dizer, aqueles que ainda não se decidiram pelo caminho que tomarão na vida (Provérbios 1.4 e 7.6). Com as palavras “pão e vinho”, a sabedoria promete vida. A pessoa que se aproxima da sabedoria não tem nada a perder senão sua ingenuidade. Leia Hebreus 5.14, onde fala da pessoa madura como aquela que é capaz de desfrutar bem do alimento sólido e alcançar o crescimento espiritual, enquanto a ingênua só consegue beber leite e continuar sendo menino na fé (Hebreus 5.13).

9.7 a 9 - “Escarnecedor” ou “zombador” é quem se opõe frontalmente a sabedoria (Provérbios 1.22), escarnecendo do que é de Deus (SI 1.1). Como a pessoa deve reagir ao zombador? O melhor é nem dar resposta. O sábio, por sua vez, aceita ser corrigido e reage com gratidão ao que apontou o seu erro. O sábio sempre aceita criticas construtivas; fica implícito que ele é uma pessoa humilde (Provérbios 3.7, 9.10 e 11.2).

9.10 a 12 - O temor do Senhor é o tema central do livro dos Provérbios (Provérbios 1.7). A única maneira apropriada de aproximar-se do santo Deus é com temor, ou seja, reverência. O termo “Santo” é um nome plural e majestoso da palavra hebraica que poderia ser traduzido como o Santíssimo ou a quintessência da santidade. A expressão para ti mostra que você mesmo sentirá os efeitos de sua sabedoria ou insensatez; é impossível escapar deles.


9.13 a 18 - Esta parte faz uma paródia dos versículos 1 a 6. Nos seis primeiros versículos deste capítulo, a sabedoria personifica o valor da sabedoria. Já nesta segunda parte (versículo 13 a 18), é a vez de a insensatez ser personificada, comparada neste caso com uma mulher louca. Ela fala em voz alta, e inconsequente, estridente, indisciplinada e não sabe coisa alguma (Provérbios 7.10 a 12). Ela grita as mesmas palavras que a sabedoria usa (compare o versículo 16 com o versículo 4), mas com uma diferença: ela não tem nenhum banquete maravilhoso para seus convidados, mas apenas comida ordinária, furtada e escassa. Embora receba muita atenção, seu convite só faz sentido para os faltos de entendimento.

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