06/02/2018

Explicação de provérbios 14



Provérbios 14.1 a 35

14.1 - A mulher sábia edifica a sua casa, ou seja, ela cria um ambiente pacífico para zelar por sua família.

14.2 - A expressão “teme ao Senhor” contrasta fortemente com “despreza-o”. O amor pela sinceridade coincide naturalmente com o amor e o respeito pelo mais sincero de todos, o próprio Deus. Por outro lado, o apreço pela perversidade resulta em ódio por Ele. O temor ao Senhor como princípio da sabedoria é o tema central de Provérbios (Provérbios 1.7).

14.3 - Este versículo alerta para o perigo da fala impulsiva e as compensações por se pensar antes de falar. As palavras do tolo tomam a forma de uma vara pronta para seus inimigos aplicarem contra ele. Este provérbio recorda que há muita gente que é a pior inimiga de si mesma.

14.4 - O fazendeiro precisa tolerar um pouco de bagunça no celeiro se quiser criar boi para ajudá-lo na colheita ou servir de fonte de alimento. Não se trata de uma desculpa para ser desleixado, mas de um incentivo para trabalhar com afinco.

14.5 - Este versículo reafirma a lei de Deus: “Não dirás falso testemunho contra seu próximo” (Êxodo 20.16 e Deuteronômio 5.20).

14.6 - A imagem do escarnecedor retorna neste versículo (Provérbios 13.1) como um truque poético para demonstrar a validade da busca por sabedoria pelos prudentes.

14.7 - O tolo não é um mero incomodo; ele é um risco para a alma. A insensatez não é simplesmente desagradável; é um perigo para a vida. Assim, a reação prudente a insensatez enraizada é evitá-la como o perigo que é. Só o tolo corteja o desastre brincando com a insensatez.

14.8 - Este provérbio põe em contraste as pessoas prudentes e as tolas. Os sábios sabem o que estão fazendo e por que. Têm motivos sábios para suas ações, baseados no conhecimento que têm de suas opções. Os tolos, por sua vez, enganam com tanta freqüência que se enrolam na própria mentira. Não sabem para aonde estão indo.

14.9 - A profundidade da estultícia é vista quando o tolo zomba do pecado e de suas conseqüências; é a pior forma de auto-engano. O sábio, por sua vez, concentra-se em agradar ao Senhor.

14.10 - Um dos provérbios mais significativos sobre os sentimentos e as reações do individuo é este: ninguém conhece as dores ou alegrias do outro. A empatia é uma ciência de aproximação, jamais exata. Ainda assim, devemos recordar as palavras do hino maravilhoso: “Ninguém sabe..., a não ser Jesus!”

14.12 - Só quando é tarde demais, a pessoa iludida descobre que esta na engarrafada estrada que leva a morte. Não está implícito que ela tenha sido enganada, mas que ela confiou demais na sua própria sabedoria, em vez de recorrer, humildemente, a Deus. Diversos provérbios apresentam sua mensagem em termos de dois caminhos — um que leva a vida, e outro que conduz a morte (Provérbios 16.25).

14.13 - Raramente, as emoções mais profundas são simples. São inúmeras as complexidades da maravilhosa configuração da personalidade humana.

14.14 - A pessoa que tiver o coração desleal saciar-se-á com os produtos de suas perversões. Da mesma forma, o homem de bem se saciara com os produtos de sua sinceridade. O bem triunfara, e o mal será julgado.

14.15 - Uma característica da pessoa ingênua é a facilidade de acreditar em qualquer coisa. A pessoa prudente tem mais cuidado.

14.16 - A expressão “teme e desvia-se do mal” sugere temor de Deus (versículo 2).

14.17 - Tanto os irritadiços [NVI] como os que tencionam o mal são tolos. Os sábios não se misturam com eles para que não tenham parte em suas loucuras.

14.18 - Os contrastes entre o ingênuo e o prudente (Provérbios 14.15) continuam neste versículo. A pessoa simples ou ingênua tem um legado de tolices que ela pensa que vai ajudá-la a melhorar sua vida. O prudente está como que coroado pelo seu conhecimento; ou seja, a característica que mais chama atenção nele é a sabedoria que ele compartilha.

14.19 - Dentro das antigas cidades muradas, a área do portão seria normalmente a parte mais frágil da muralha. Os engenheiros da antiga Canaã elaboraram estruturas complexas para fortificar este ponto. Controlar o portão da cidade significava controlar a cidade; ser subjugado pelo portão significava incapacidade de derrotar suas defesas. No fim das contas, os perversos se submeterão as portas do justo.

14.20 - Este é outro provérbio espirituoso (Provérbios 14.11 e 12.27). Neste caso, fala ironicamente de como o dinheiro atrai vários amigos.

14.21 - Jesus assinalou que o mandamento de amar os outros e não odiá-los só é menos importante que o de amar Deus (Mateus 22.39). (Veja Levitico 19.13 e 17, para a lei que adverte o não desprezo ao próximo.)

14.22 - As duas palavras de devoção mais importantes da Bíblia são beneficência e fidelidade. Juntas, elas significam fidelidade constante ou lealdade verdadeira. No Novo Testamento, o equivalente grego desta expressão é traduzido como “graça e verdade” (João 1.14) e é usado para se referir ao Senhor Jesus. Quem trama o mal nada conhece destas virtudes.

14.23 - Falar que vai fazer não é a mesma coisa que fazê-lo. Apenas falar leva a pobreza. Só o agir leva as vantagens tão procuradas.

14.24 - Este versículo precisa ser balanceado por outros que aconselham mais prudência. Uma coisa é certa: insensatez só gera mais insensatez, e esta proliferação se dá em alta velocidade.

14.25 - Não devemos esperar mais de uma falsa testemunha do que a falsidade (Provérbios 14.5), mas podemos descobrir que a verdadeira testemunha não apenas diz a verdade, como também pode salvar inocentes.

14.26 e 27 - Estes versículos contem a idéia central do livro de Provérbios, o temor do Senhor (Provérbios 14.2). O temor de Deus proporciona tanto proteção como fonte de vida (Provérbios 13.14 e 18.10) para as pessoas, uma imagem que relembra o jardim do Éden.

14.28 - Não há muito a dizer de um rei sem súditos, exceto, talvez, que ele é um impostor no trono. Quanto maior o povo, maior a glória do rei.

14.29 - Trabalhar para não ter “pavio curto” não é sinal de letargia, mas de sabedoria. O tolo perde a calma sempre, confirmando sua estultícia.

14.30 - Da mesma forma pela qual um coração sadio garante a saúde do corpo todo, a inveja pode apodrecer os ossos (que representam a parte física e psicológica).

14.31 - Por vezes, as Escrituras ressaltam que a forma como você trata as pessoas é a mesma com a qual lida com Deus (Êxodo 22.22 a 24, Mateus 25.31 a 46 e 1 João 4.20).

14.32 - Alguns provérbios descrevem a libertação da própria morte (Provérbios 11.4). O ensinamento da vida após a morte não é muito disseminado no Antigo Testamento, mas também não foi completamente deixado de lado.

14.33 - Este provérbio observa que a sabedoria não é totalmente desconhecida pelos tolos, porque, de vez em quando, ela se deixa perceber de relance por eles. No entanto, o verdadeiro lar da sabedoria é junto daquele que possui um coração compreensivo. O contraste de um relance ocasional de sabedoria com o repouso permanente dela junto a pessoa que possui entendimento é gritante.

14.34 - Embora cada indivíduo seja o responsável por suas próprias ações, os efeitos destas se estendem a sua comunidade.


14.35 - Quando o servo trabalha direito, o rei se agrada extremamente dele. No entanto, o rei também demonstra raiva e animosidade pessoal contra aquele que o envergonha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário