Provérbios
14.1 a 35
14.1 - A
mulher sábia edifica a sua casa, ou seja, ela cria um ambiente pacífico para
zelar por sua família.
14.2 - A
expressão “teme ao Senhor” contrasta fortemente com “despreza-o”. O amor pela
sinceridade coincide naturalmente com o amor e o respeito pelo mais sincero de
todos, o próprio Deus. Por outro lado, o apreço pela perversidade resulta em
ódio por Ele. O temor ao Senhor como princípio da sabedoria é o tema central de
Provérbios (Provérbios 1.7).
14.3 - Este
versículo alerta para o perigo da fala impulsiva e as compensações por se
pensar antes de falar. As palavras do tolo tomam a forma de uma vara pronta
para seus inimigos aplicarem contra ele. Este provérbio recorda que há muita
gente que é a pior inimiga de si mesma.
14.4 - O
fazendeiro precisa tolerar um pouco de bagunça no celeiro se quiser criar boi
para ajudá-lo na colheita ou servir de fonte de alimento. Não se trata de uma
desculpa para ser desleixado, mas de um incentivo para trabalhar com afinco.
14.5 - Este
versículo reafirma a lei de Deus: “Não dirás falso testemunho contra seu
próximo” (Êxodo 20.16 e Deuteronômio 5.20).
14.6 - A
imagem do escarnecedor retorna neste versículo (Provérbios 13.1) como um truque
poético para demonstrar a validade da busca por sabedoria pelos prudentes.
14.7 - O
tolo não é um mero incomodo; ele é um risco para a alma. A insensatez não é
simplesmente desagradável; é um perigo para a vida. Assim, a reação prudente a
insensatez enraizada é evitá-la como o perigo que é. Só o tolo corteja o desastre
brincando com a insensatez.
14.8 - Este
provérbio põe em contraste as pessoas prudentes e as tolas. Os sábios sabem o
que estão fazendo e por que. Têm motivos sábios para suas ações, baseados no
conhecimento que têm de suas opções. Os tolos, por sua vez, enganam com tanta freqüência
que se enrolam na própria mentira. Não sabem para aonde estão indo.
14.9 - A
profundidade da estultícia é vista quando o tolo zomba do pecado e de suas conseqüências;
é a pior forma de auto-engano. O sábio, por sua vez, concentra-se em agradar ao
Senhor.
14.10 - Um
dos provérbios mais significativos sobre os sentimentos e as reações do
individuo é este: ninguém conhece as dores ou alegrias do outro. A empatia é
uma ciência de aproximação, jamais exata. Ainda assim, devemos recordar as
palavras do hino maravilhoso: “Ninguém sabe..., a não ser Jesus!”
14.12 - Só
quando é tarde demais, a pessoa iludida descobre que esta na engarrafada
estrada que leva a morte. Não está implícito que ela tenha sido enganada, mas
que ela confiou demais na sua própria sabedoria, em vez de recorrer,
humildemente, a Deus. Diversos provérbios apresentam sua mensagem em termos de
dois caminhos — um que leva a vida, e outro que conduz a morte (Provérbios
16.25).
14.13 - Raramente,
as emoções mais profundas são simples. São inúmeras as complexidades da
maravilhosa configuração da personalidade humana.
14.14 - A
pessoa que tiver o coração desleal saciar-se-á com os produtos de suas
perversões. Da mesma forma, o homem de bem se saciara com os produtos de sua
sinceridade. O bem triunfara, e o mal será julgado.
14.15 - Uma
característica da pessoa ingênua é a facilidade de acreditar em qualquer coisa.
A pessoa prudente tem mais cuidado.
14.16 - A
expressão “teme e desvia-se do mal” sugere temor de Deus (versículo 2).
14.17 - Tanto
os irritadiços [NVI] como os que tencionam o mal são tolos. Os sábios não se
misturam com eles para que não tenham parte em suas loucuras.
14.18 - Os
contrastes entre o ingênuo e o prudente (Provérbios 14.15) continuam neste
versículo. A pessoa simples ou ingênua tem um legado de tolices que ela pensa
que vai ajudá-la a melhorar sua vida. O prudente está como que coroado pelo seu
conhecimento; ou seja, a característica que mais chama atenção nele é a
sabedoria que ele compartilha.
14.19 - Dentro
das antigas cidades muradas, a área do portão seria normalmente a parte mais
frágil da muralha. Os engenheiros da antiga Canaã elaboraram estruturas
complexas para fortificar este ponto. Controlar o portão da cidade significava
controlar a cidade; ser subjugado pelo portão significava incapacidade de
derrotar suas defesas. No fim das contas, os perversos se submeterão as portas
do justo.
14.20 - Este
é outro provérbio espirituoso (Provérbios 14.11 e 12.27). Neste caso, fala
ironicamente de como o dinheiro atrai vários amigos.
14.21 - Jesus
assinalou que o mandamento de amar os outros e não odiá-los só é menos
importante que o de amar Deus (Mateus 22.39). (Veja Levitico 19.13 e 17, para a
lei que adverte o não desprezo ao próximo.)
14.22 - As
duas palavras de devoção mais importantes da Bíblia são beneficência e
fidelidade. Juntas, elas significam fidelidade constante ou lealdade
verdadeira. No Novo Testamento, o equivalente grego desta expressão é traduzido
como “graça e verdade” (João 1.14) e é usado para se referir ao Senhor Jesus.
Quem trama o mal nada conhece destas virtudes.
14.23 - Falar
que vai fazer não é a mesma coisa que fazê-lo. Apenas falar leva a pobreza. Só
o agir leva as vantagens tão procuradas.
14.24 - Este
versículo precisa ser balanceado por outros que aconselham mais prudência. Uma
coisa é certa: insensatez só gera mais insensatez, e esta proliferação se dá em
alta velocidade.
14.25 - Não
devemos esperar mais de uma falsa testemunha do que a falsidade (Provérbios
14.5), mas podemos descobrir que a verdadeira testemunha não apenas diz a
verdade, como também pode salvar inocentes.
14.26 e 27 -
Estes versículos contem a idéia central do livro de Provérbios, o temor do
Senhor (Provérbios 14.2). O temor de Deus proporciona tanto proteção como fonte
de vida (Provérbios 13.14 e 18.10) para as pessoas, uma imagem que relembra o
jardim do Éden.
14.28 - Não
há muito a dizer de um rei sem súditos, exceto, talvez, que ele é um impostor
no trono. Quanto maior o povo, maior a glória do rei.
14.29 - Trabalhar
para não ter “pavio curto” não é sinal de letargia, mas de sabedoria. O tolo
perde a calma sempre, confirmando sua estultícia.
14.30 - Da
mesma forma pela qual um coração sadio garante a saúde do corpo todo, a inveja
pode apodrecer os ossos (que representam a parte física e psicológica).
14.31 - Por
vezes, as Escrituras ressaltam que a forma como você trata as pessoas é a mesma
com a qual lida com Deus (Êxodo 22.22 a 24, Mateus 25.31 a 46 e 1 João 4.20).
14.32 - Alguns
provérbios descrevem a libertação da própria morte (Provérbios 11.4). O
ensinamento da vida após a morte não é muito disseminado no Antigo Testamento,
mas também não foi completamente deixado de lado.
14.33 - Este
provérbio observa que a sabedoria não é totalmente desconhecida pelos tolos,
porque, de vez em quando, ela se deixa perceber de relance por eles. No
entanto, o verdadeiro lar da sabedoria é junto daquele que possui um coração
compreensivo. O contraste de um relance ocasional de sabedoria com o repouso
permanente dela junto a pessoa que possui entendimento é gritante.
14.34 - Embora
cada indivíduo seja o responsável por suas próprias ações, os efeitos destas se
estendem a sua comunidade.
14.35 - Quando
o servo trabalha direito, o rei se agrada extremamente dele. No entanto, o rei
também demonstra raiva e animosidade pessoal contra aquele que o envergonha.
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