Provérbios
20.1 a 30
20.1 - Este
capítulo começa com um alerta contra a excessiva ingestão do vinho, ou de outra
bebida alcoólica (consulte este tema mais extensivamente em Provérbios 23.29 a 35).
O sábio leva o perigo a sério, evita o consumo dessas bebidas fortes ou o faz
de forma moderada. A embriaguez só leva a confusões e alvoroços.
20.2 - A
primeira parte deste versículo tem o mesmo sentido de Provérbio 19.12.
Aparentemente, este versículo de alerta contra o terror do rei não é diferente
do alerta contra a imprevisibilidade do vinho quando em excesso (Provérbios
20.1). Como o vinho, assim é o rei; ambos podem ser agentes positivos, ou
destruidores.
20.3 - Quem
é pacificador possui a benção de Deus (Mateus 5.9). Uma pessoa que briga sem
necessidade não passa de uma tola. O homem de paz tem a glória; o louco, apenas
vergonha. O melhor é evitar começar a contenda (Provérbios 17.14).
20.4 - Como
o preguiçoso não lavra seu campo a tempo, não tem o que colher (Provérbios
10.5).
20.5 - Os
sábios do antigo Israel sabiam de algo que os conselheiros de hoje
redescobriram através de seu treinamento e experiência, que a motivação para a
conduta e complexa. Um conselheiro talentoso é capaz de extrair da pessoa
sentimentos e motivações, exatamente como alguém tira água de um poço profundo.
20.6 - A idéia
aqui é da importância auto-atribuída em face do valor real da pessoa, de uma
auto-imagem inflada em face da verdadeira natureza das coisas. Todos nos
tendemos a apresentar nosso melhor lado; mas, internamente, podemos conhecer o
pior de nos.
20.7 - A
liberdade e o prazer da sinceridade são exaltados neste versículo (Provérbios
19.8). A idéia é de legado. O justo não só vive bem como também deixa um legado
de felicidade para seus filhos. O ímpio (tolo), por sua vez, deixa um legado de
desespero. A fé de uma família passará adiante os traços familiares.
20.8 - Um
bom rei usa seu trono em prol da justiça, jamais tolera o mal em seu reino.
20.9 - Este
provérbio faz uma pergunta retórica. Todos pecamos, tema abordado largamente
por Paulo em Romanos 3.10 a 23. Quem alega nunca pecar é mentiroso (1 João 18.9).
Mas quem confessa seu pecado obtém perdão (Romanos 4.7).
20.10 - A
ênfase repetida em pesos falsos e duas medidas (Provérbios 11.1) nos relembra
que a fraude e um problema crônico.
20.11 - A
expressão pelas suas ações ressalta que o caráter de uma pessoa pode ser
revelado por sua conduta.
20.12 - Não
foi à toa que este provérbio destacou os ouvidos e os olhos como criações de
Deus. Eles devem ser usados para aprender a respeito da Sua Lei (Salmos 40.6 e 119.8).
São meios físicos de obter a orientação de que precisamos. Compare este
versículo à queixa de Moises de ter a língua pesada e a resposta de Deus (Êxodo
4.10 e 11).
20.13 - O
sono é uma dádiva de Deus que restabelece a energia e a vitalidade da pessoa.
No entanto, quando excessivo, pode ser sinal de algum distúrbio ou de preguiça.
É preciso trabalhar duro para ganhar a vida; a indolência só leva a pobreza
(Provérbios 6.6 e 9).
20.14 - Um
comprador “malandro” reclama da qualidade do produto ao adquiri-lo para baixar
o preço; depois, vangloria-se da barganha que conseguiu até chegar em casa. Não
se trata de uma atitude moral, mas de uma ação desonesta e manipuladora.
20.15 - Este
versículo não comenta a moralidade da riqueza, mas o valor comparativo da
sabedoria e do dinheiro, sendo que o sábio é comparado a uma jóia preciosa. A
sabedoria simplesmente vale mais. Assim, vale mais ser pobre e sábio do que
rico e tolo (PROVÉRBIOS 19.1).
20.16 - É
tolice emprestar a um estranho sem fazer um penhor, ou promessa, de devolução
do bem (Provérbios 11.15). Os israelitas não tinham permissão para demandar
esse tipo de penhor de outros israelitas (Êxodo 22.25 a 27).
20.17 - As
Escrituras não negam que pecar pode ser prazeroso, apenas dizem que a
recompensa não é duradoura (Provérbios 9.17 e 18).
20.18 - Sempre
devemos pensar antes de agir, e assuntos graves como a guerra requerem o máximo
de ponderação.
20.19 - Revelar
informações confidenciais é uma forma de calúnia. Esta pessoa não passa de
fofoqueira e tola (Provérbios 11.13 e 13.3). Uma “boca nervosa” não apenas
afunda navios, como também estraga amizades!
20.20 - Este
provérbio trata do descumprimento do quinto mandamento, honra a teu pai e a tua
mãe (Êxodo 20.12 e Deuteronômio 5.16). O termo “anda maldizendo” baseia-se em
uma palavra que significa “tratar com leviandade”, “considerar insignificante”.
A declaração apagar-se-lhe-á a sua lâmpada e ficará em trevas densas simboliza
a condenação eterna.
20.21 - Às
vezes, o que parece ser sorte repentina acabará sendo um grande revés. Adquirir
heranças de forma ilícita pode levar um homem a entrar em dificuldade com a
lei, torná-lo preguiçoso e até mesmo infeliz devido às conseqüências da atitude
desonesta em tomar posse de tal herança.
20.22 - Por
termos compreensão limitada e sermos imperfeitos, não estamos qualificados para
vingar-nos do mal. Em vez disso, precisamos confiar nossa causa a Deus, cuja
vingança e certa é perfeitamente justa. Deus disse: “Minha é a vingança; eu
recompensarei.” (Romanos 12.19, Mateus 5.38 e 39, 1 Tessalonicenses 5.15 e 1 Pedro
3.9).
20.24 - Até
um homem de grande força não controla seus passos, sua vida; até o ar que ele
respira é dádiva de Deus. Como até a própria vida é dádiva de Deus, só um tolo
para presumir que se auto-conhece como um todo.
20.25 - Vários
provérbios alertam contra fazer promessas descuidadas a respeito de coisas
santas, e depois não cumpri-las (Eclesiastes 5.1 a 7). É melhor nunca jurar do
que jurar e depois mudar de idéia.
20.26 - Este
provérbio apresenta a disciplina como um ato de compaixão. Castigar a iniqüidade
é totalmente cabível. Quando os ímpios são descobertos e punidos com a
severidade exigida por seus crimes, toda a sociedade se beneficia. O versículo
28 da equilíbrio a este princípio. Idealmente, o rei de Israel espelhava o
caráter de Deus.
20.27 - Aqui
se trata de uma associação da consciência da pessoa com a atuação divina.
20.28 - O
rei de Israel ideal deveria espelhar o caráter do Reino de Deus. No fim das
contas, este reino ideal seria realizado com a vinda do Rei Messias (Isaias 9.6
e 7).
20.29 - Cada
fase da vida tem suas vantagens inerentes. Os jovens tem sua juventude e vigor;
os mais velhos tem sabedoria (Provérbios 16.31).
20.30 - Sofrer
purifica. Ninguém quer ter feridas, mas Deus pode extrair coisas boas de
qualquer malefício e tornar-nos melhores por meio das atribulações.
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