Provérbios
12.1 a 28
12.1 - O
sábio sabe que a disciplina e a orientação são a sua própria recompensa. Mas
quem abomina ser repreendido é um bruto (literalmente, imbecil).
12.2 - Este
versículo fala sobre a repreensão de Deus aos homens de pensamentos perversos.
O Evangelho de João fala de alguém já condenado por ter feito o mal, e que se
agarra propositalmente a escuridão embora a luz já tenha chegado (João 3.16 a
21).
12.3 - Este
provérbio fala sobre o fim definitivo do ímpio e do justo. O que seguir a impiedade
terminara em ruína, mas os justos restarão de pé, como à imagem da árvore em
Salmo 1.3.
12.4 - A
mulher virtuosa (“mulher exemplar”, na NVI) e a mesma expressão hebraica
empregada no famoso acróstico de Provérbios 31.10 a 31. O homem que se casa com
uma mulher virtuosa deve agradar-se, porque o caráter nobre dela é uma honraria
para ele.
12.5 e 6 -
Devemos estar atentos aos pensamentos que rondam nossa mente, pois são eles que
determinam o que falamos e dizemos. Por isso, no mínimo, precisam não ser
enganosos e perversos. O versículo 6 lembra que as palavras dos ímpios são como
uma tocaia mortal, pois elas provem de pensamentos perversos.
12.7 - Aqui,
o poeta mostra o fim dos ímpios e dos justos. Os perversos estão com os dias
contados e serão totalmente derrotados, mas os justos resistem às adversidades
e permanecem eternamente com o Senhor.
12.8 - Eis
aqui um elogio adequado a quem demonstra ser sábio, especialmente quando usa
esta sabedoria para o bem do próximo. Em contrapartida, o ímpio não merece
qualquer louvor, a não ser o desprezo por seu coração desviado.
12.9 - Este
é mais um provérbio que usa a comparação com a expressão “melhor é... do
que”.Este versículo ressalta que o homem humilde que trabalha para se sustentar
(e não tem servos) é melhor do que o que exalta a si mesmo achando ser superior
aos outros e não coloca o alimento na mesa. A pretensão e a arrogância destroem
o ser humano.
12.10 - O
homem bom é sensível para respeitar e cuidar do bem-estar dos animais, mas o
ímpio, mesmo sendo sensível, não se preocupa e é cruel ate mesmo com os seres
humanos.
12.11 -
Muitos provérbios destacam o contraste do trabalho duro com a preguiça. O sábio
trabalha duro, enquanto que o tolo perde tempo.
12.12 e 13 -
A perversidade faz mal aos ímpios; a retidão ajuda os justos (versículo 14).
Isto é outra forma de dizer que tudo o que o homem semear, isso também ceifara
(Gálatas 6.7). A expressão “a raiz dos justos” também aparece no versículo 3.
12.14 - A
satisfação não vem por causa do exotismo ou estranheza de alguma coisa, mas sim
por falar e agir com retidão. Sentir que realizou um trabalho bem-feito e
recompensa suficiente para os sábios.
12.15 - O
auto engano do tolo é notório. Ele gosta de estar do lado errado e não procura
conselhos quando precisa. Afinal, buscar ajuda e admitir uma necessidade, algo
que o tolo nunca é capaz de assumir por ter um ego extremamente inflado.
12.16 - Um
homem insensato não tem autocontrole e deixa-se provocar facilmente, externando
afrontas. Cuidado com as palavras descuidadas, pois podem tornar-nos tolos.
Então é aconselhável pensar antes de falar. O rei Davi demonstrava esta
preocupação (2 Samuel 16.5 a 12).
12.17 -
Justiça e engano são características presentes na testemunha fidedigna e na
mentirosa, respectivamente.
12.18 e 19 -
Muitos provérbios elogiam aqueles que falam cuidadosa e verdadeiramente. A fala
espelha o caráter da pessoa. As palavras do justo são confiáveis e verdadeiras
(versículo 17), e apaziguam quem as ouve.
12.20 - O
modo como as pessoas agem ou se expressam reflete o que há no coração delas. Os
que planejam o mal tem engano no seu coração; os que advogam a paz tem alegria.
12.21 - O
medo do castigo só vale para os ímpios. O justo não tem nada a temer. Apesar de
também enfrentar calamidades, o justo pode sempre contar com a provisão e
intercessão divina para superar os problemas da vida cotidiana. Outra possível
interpretação deste versículo é que nenhum agravo se refira à realidade última
[quando os salvos em Cristo desfrutarão da vida eterna e não mais sofrerão as
dores deste mundo], e não a nossa experiência enquanto vivemos aqui na terra.
12.22 e 23 -
O termo “abominável” significa ódio extremo, e isto enoja o Senhor (Provérbios
11.20). Portanto, é melhor ficar em silencio do que ter lábios mentirosos.
12.24 -
Qualquer um que procure obter um alto cargo não pode dar-se ao luxo de ser
enganador (versículo 11 e 14).
12.25 - A
solicitude [“coração ansioso”, na NVI] perde um pouco de sua força em face de
uma palavra positiva de incentivo. As palavras de encorajamento de Barnabé a
Paulo são um grande exemplo disso (Atos 4.36, 9.27, 11.2 a 30 e Gálatas 2.1).
12.26 -
Nossos amigos ajudam-nos a determinar quem havemos de tornar-nos (1 Coríntios
15.33).
12.27 - O
preguiçoso trabalha, mas não termina aquilo que começa. A cura para a preguiça
é ser diligente, seguir em frente até terminar.
12.28 -
Adequadamente, o último provérbio deste capítulo fala outra vez em questões de
vida ou morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário