06/02/2018

Explicação de provérbios 12



Provérbios 12.1 a 28

12.1 - O sábio sabe que a disciplina e a orientação são a sua própria recompensa. Mas quem abomina ser repreendido é um bruto (literalmente, imbecil).

12.2 - Este versículo fala sobre a repreensão de Deus aos homens de pensamentos perversos. O Evangelho de João fala de alguém já condenado por ter feito o mal, e que se agarra propositalmente a escuridão embora a luz já tenha chegado (João 3.16 a 21).

12.3 - Este provérbio fala sobre o fim definitivo do ímpio e do justo. O que seguir a impiedade terminara em ruína, mas os justos restarão de pé, como à imagem da árvore em Salmo 1.3.

12.4 - A mulher virtuosa (“mulher exemplar”, na NVI) e a mesma expressão hebraica empregada no famoso acróstico de Provérbios 31.10 a 31. O homem que se casa com uma mulher virtuosa deve agradar-se, porque o caráter nobre dela é uma honraria para ele.

12.5 e 6 - Devemos estar atentos aos pensamentos que rondam nossa mente, pois são eles que determinam o que falamos e dizemos. Por isso, no mínimo, precisam não ser enganosos e perversos. O versículo 6 lembra que as palavras dos ímpios são como uma tocaia mortal, pois elas provem de pensamentos perversos.

12.7 - Aqui, o poeta mostra o fim dos ímpios e dos justos. Os perversos estão com os dias contados e serão totalmente derrotados, mas os justos resistem às adversidades e permanecem eternamente com o Senhor.

12.8 - Eis aqui um elogio adequado a quem demonstra ser sábio, especialmente quando usa esta sabedoria para o bem do próximo. Em contrapartida, o ímpio não merece qualquer louvor, a não ser o desprezo por seu coração desviado.

12.9 - Este é mais um provérbio que usa a comparação com a expressão “melhor é... do que”.Este versículo ressalta que o homem humilde que trabalha para se sustentar (e não tem servos) é melhor do que o que exalta a si mesmo achando ser superior aos outros e não coloca o alimento na mesa. A pretensão e a arrogância destroem o ser humano.

12.10 - O homem bom é sensível para respeitar e cuidar do bem-estar dos animais, mas o ímpio, mesmo sendo sensível, não se preocupa e é cruel ate mesmo com os seres humanos.

12.11 - Muitos provérbios destacam o contraste do trabalho duro com a preguiça. O sábio trabalha duro, enquanto que o tolo perde tempo.

12.12 e 13 - A perversidade faz mal aos ímpios; a retidão ajuda os justos (versículo 14). Isto é outra forma de dizer que tudo o que o homem semear, isso também ceifara (Gálatas 6.7). A expressão “a raiz dos justos” também aparece no versículo 3.

12.14 - A satisfação não vem por causa do exotismo ou estranheza de alguma coisa, mas sim por falar e agir com retidão. Sentir que realizou um trabalho bem-feito e recompensa suficiente para os sábios.

12.15 - O auto engano do tolo é notório. Ele gosta de estar do lado errado e não procura conselhos quando precisa. Afinal, buscar ajuda e admitir uma necessidade, algo que o tolo nunca é capaz de assumir por ter um ego extremamente inflado.

12.16 - Um homem insensato não tem autocontrole e deixa-se provocar facilmente, externando afrontas. Cuidado com as palavras descuidadas, pois podem tornar-nos tolos. Então é aconselhável pensar antes de falar. O rei Davi demonstrava esta preocupação (2 Samuel 16.5 a 12).

12.17 - Justiça e engano são características presentes na testemunha fidedigna e na mentirosa, respectivamente.

12.18 e 19 - Muitos provérbios elogiam aqueles que falam cuidadosa e verdadeiramente. A fala espelha o caráter da pessoa. As palavras do justo são confiáveis e verdadeiras (versículo 17), e apaziguam quem as ouve.

12.20 - O modo como as pessoas agem ou se expressam reflete o que há no coração delas. Os que planejam o mal tem engano no seu coração; os que advogam a paz tem alegria.

12.21 - O medo do castigo só vale para os ímpios. O justo não tem nada a temer. Apesar de também enfrentar calamidades, o justo pode sempre contar com a provisão e intercessão divina para superar os problemas da vida cotidiana. Outra possível interpretação deste versículo é que nenhum agravo se refira à realidade última [quando os salvos em Cristo desfrutarão da vida eterna e não mais sofrerão as dores deste mundo], e não a nossa experiência enquanto vivemos aqui na terra.

12.22 e 23 - O termo “abominável” significa ódio extremo, e isto enoja o Senhor (Provérbios 11.20). Portanto, é melhor ficar em silencio do que ter lábios mentirosos.

12.24 - Qualquer um que procure obter um alto cargo não pode dar-se ao luxo de ser enganador (versículo 11 e 14).

12.25 - A solicitude [“coração ansioso”, na NVI] perde um pouco de sua força em face de uma palavra positiva de incentivo. As palavras de encorajamento de Barnabé a Paulo são um grande exemplo disso (Atos 4.36, 9.27, 11.2 a 30 e Gálatas 2.1).

12.26 - Nossos amigos ajudam-nos a determinar quem havemos de tornar-nos (1 Coríntios 15.33).

12.27 - O preguiçoso trabalha, mas não termina aquilo que começa. A cura para a preguiça é ser diligente, seguir em frente até terminar.


12.28 - Adequadamente, o último provérbio deste capítulo fala outra vez em questões de vida ou morte.

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