Provérbios
26.1 a 28
26.1 e 2 - A
neve no verão era um acontecimento extremamente incomum em Israel. A chuva na
sega era não só incomum como um desastre, porque chover naquela época
destruiria as plantações.
26.3 - O
cavalo, bem como o jumento, precisa de algum mecanismo de controle para exercer
alguma tarefa. Como o tolo não tem nenhuma motivação interior para nada, nem
mesmo intelecto para ser dirigido pela razão, precisa também da vara [punição
ou ameaça de punição] para fazer algo direito.
26.4 e 5 - Há
quem tenha chamado os dois provérbios de contraditórios, mas não
necessariamente o são. A expressão segundo a sua estultícia aparece duas vezes
em um jogo de palavras com duas vertentes de sentido. Por um lado, significa
evitar a tentação de rebaixar-se ao nível dele, ou seja, não empregar seus
métodos, para que também não te faças semelhante a ele. Por outro, significa
evitar a tentação de ignorá-lo completamente, ou seja, reagir de alguma forma,
para que o tolo não pense que é sábio aos seus próprios olhos e alimente a sua
insensatez.
26.6 a 11 - A
expressão como o cão que torna ao seu vômito (versículo 11) revela que o tolo
não aprende com os próprios erros. O apóstolo Pedro citou este versículo e
aplicou-o aos falsos mestres (2 Pedro 2.22).
26.12 - Ser altivo
e pior ainda do que ser tolo. Alimentar o ego e o cumulo da loucura (Provérbios
28.11).
26.13 a 15 -
Estes versículos acerca da preguiça, um tema que recorre em muitas partes das
Escrituras (Provérbios 19.15), tem um quê de exagero que cria alívio cômico.
Cada um deles ressalta as inúmeras desculpas esfarrapadas que, muitas vezes, os
preguiçosos usam para se justificarem.
26.16 e 17 -
O problema de tomar um cão pelas orelhas é que o cachorro provavelmente não vai
gostar e vai morder você. O mesmo vale quando se envolve na briga de outros. E
invasão de privacidade.
26.18 a 21 -
A fogueira não queima sem combustível. As rixas [brigas] funcionam do mesmo
jeito.
26.22 - O
caluniador vê as suas palavras como guloseimas, deliciosos bocados de intriga.
Muita gente tem apetite insaciável por fofocas maliciosas.
26.23 - O
significado deste provérbio não está distante das declarações de Jesus a Seus
inimigos de que eram como sepulcros caiados (Mateus 23.27). Mesmo a melhor
pintura numa fachada não disfarça um interior pútrido.
26.24 a 27 -
O rancoroso não fala como quem odeia. Enquanto guarda raiva no seu interior,
professa amar e preocupação por outrem. Sua declaração, porém, é hipócrita. A
sua malícia se descobrirá na congregação. Quando lamentamos a injustiça da
prosperidade do ímpio e comparamos nossa situação com a dele, precisamos manter
em vista o Salmo 73.17. Seu destino há de compensar-lhe muito bem pelo mal que
praticaram (Romanos 6.23).
26.28 - A
língua falsa resulta em ódio no coração. É uma fogueira inflamada pelo inferno
(Tiago 3.3 a 6).
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