Provérbios
21.1 a 31
21.1 - A
pessoa pode olhar para um rio e pensar que ele não segue nenhum padrão, porém a
água obedece às ordens da mão de Deus. Assim também é com um bom rei. Os seus
passos são determinados pelo Senhor.
21.2 - A boa
percepção que a pessoa tem de sua própria vida, conduta ou caminho pode
convencê-la, mas o julgamento final sobre sua retidão cabe a Deus (Provérbios
17.3).
21.3 - Ocasionalmente,
os provérbios tocam na questão da idolatria (Provérbios 15.8; 16.6). Este
versículo afirma, tal como o Salmo 40.6-8; Miquéias 6.8 e diversas outras
passagens bíblicas, que viver com retidão e mais importante do que sacrifício
(1 Samuel 15.22).
21.4 - A
segunda parte deste versículo é de difícil tradução. Algumas versões traduzem a
ambígua palavra hebraica “lavoura” como lâmpada. (Para altivo e orgulhoso,
consulte Provérbios 16.18.)
21.5 - Normalmente,
o planejamento leva a abundancia, e a pressa, a pobreza (Provérbios 20.21). Não
é errado fazer planos, mas é errado planejar fazer o que o Senhor proibiu
expressamente (Provérbios 16.1).
21.6 e 7 - A
prosperidade pode ser boa ou ruim. Depende de como a pessoa a alcançou. Se a
conseguiu por meio da língua falsa [“mentirosa”, na NVI], corre sério risco de
ser levado à ilusão e a armadilha mortal.
21.8 - Este
provérbio em antítese nos faz voltar ao princípio do estudo sobre sabedoria, ao
contraste entre o justo e o ímpio (Provérbios 1 a 9 e Salmos 1).
21.9 - Os
antigos telhados israelitas eram planos e podiam ser usados como terraço. Às
vezes, as pessoas construíam um abrigo provisório sobre a parte do telhado. E
este versículo ressalta que o marido prefere viver num telhado do que morar
dentro de casa com uma mulher briguenta.
21.10 - Aqui
está uma pessoa cuja paixão é fazer o mal; portanto, não sente compaixão por
ninguém. O ímpio nunca pensa no próximo, a não ser nele mesmo.
21.11 - O
tolo descrito neste texto é da pior espécie: o escarnecedor (Provérbios 19.25).
A pessoa simples tem sensatez bastante para aprender vendo o escarnecedor ser
castigado. O sábio sempre aprende; o simples, às vezes, adquire conhecimento;
mas o escarnecedor é um caso perdido.
21.12 - Este
é um versículo de tradução extremamente difícil. Algumas versões entendem que a
palavra justo se refere ao homem ou a mulher justo que aprende observando a
sina dos ímpios. Outros entendem que o termo “justo” aqui se refere a Deus, que
determina o destino dos ímpios. É provável que este versículo fale do Senhor
como o justo, e a expressão incomum da segunda parte esteja falando de Seu
juízo como uma ruína para os ímpios.
21.13 - Aquele
que é indiferente as necessidades dos aflitos não encontrará alguém para
ajudá-lo quando clamar por socorro.
21.14 - Provérbio
18.16 e 19.6 antevêem as idéias deste versículo sobre o emprego de presentes
para abrir caminho a alguém, em especial à pessoa de posição humilde que deseja
ser recebida pela de posição elevada. O presente fala por si! E o presente dado
em segredo discorre agradavelmente contra a ira, ajudando a apaziguar
ressentimentos.
21.15 - A
justiça não é uma obrigação trabalhosa nem um peso para a pessoa. Para o justo,
exercer a justiça é pura alegria. Já para o ímpio, a justiça é tão triste
quanto o fim dele (Provérbios 10.29).
21.16 - O
termo “mortos” é assustador; significa “sombras” (Provérbios 9.18). Nestes
versículos, “monos” pode ter o sentido de morte física, e não de espiritual
(como e o caso de Tiago 1).
21.17 - O
objetivo deste versículo não é proibir o consumo de vinho ou azeite, mas
alertar aqueles que dedicam muito tempo aos prazeres. Naquela época, um dos
maiores prazeres dos hedonistas era o banquete, regado de iguarias, vinho e
azeite. O problema aqui, que leva a condenação do ímpio, é o excesso; o
equilíbrio é a meta que anima os justos.
21.18 - Este
versículo fala em termos de juízo final. Em ultima análise, o justo
prevalecera, e os ímpios, não. Finalmente, o bem vencera.
21.19 - Este
versículo pode ter um outro lado: que privilégio e viver ao lado de um cônjuge
(marido ou esposa) amoroso! Leia de novo a apresentação positiva de Provérbio
19.4. Tomar isoladamente versículos sobre, mas esposas e difamar as mulheres
como um todo, coisa que não se pode dizer que estes versículos façam.
21.20 - Este
provérbio contrasta a prosperidade do sábio com a pobreza do tolo (Provérbios
20.15). A questão central é a forma como lidam com seus bens. Os tolos abusam
ou negligenciam o que é de sua propriedade.
21.21 - É
possível que vida, justiça e honra se juntem no sentido de uma vida mais
abundante, A busca da justiça é sua própria recompensa. No entanto, há
recompensas extras, como viver a vida em plenitude e receber honrarias. Tudo
isso é dádiva do Senhor (Provérbios 15.9).
21.22 - A
sabedoria tem mais potência do que a força bruta; é mais formidável do que uma
fortaleza. Assim, é melhor buscar a sabedoria em vez de grandes músculos.
21.23 - Este
provérbio faz um jogo de palavras com “guardar”. Se a pessoa guarda ou conserva
sua boca, ela guarda ou conserva sua alma. O complemento disto está nos
diversos problemas que a pessoa enfrenta ao falar sem cuidado.
21.24 - Este
provérbio aplica quatro diferentes palavras hebraicas com sentido de
“arrogância ao zombador” (versículo 11). As duas primeiras palavras, “soberbo”
e “presumido”, significam “profundamente arrogante” (versículo 4). As duas
últimas, “indignação” e “soberba”, significam “arrogância ilimitada”.
21.25 - O
anseio do preguiçoso o mata; ele é devorado por suas próprias paixões porque
não quer gastar energia em cumpri-las. O versículo 26 continua a descrição da
ambição insaciável do preguiçoso contrastando-a com a generosidade do honrado.
21.26 - Este
provérbio pode ser pareado com o versículo 25 como descrição do desejo
insaciável da pessoa preguiçosa. Em contraposição, o justo não cessa de ser
generoso. O preguiçoso espera, enquanto o justo dá; o preguiçoso não tem nada,
e o justo tem muito.
21.27 - Quando
o ímpio faz um sacrifício sem intenção de parar com sua iniqüidade, é uma
abominação. Esta abominação existe aos olhos de Yahweh (como em Provérbios
20.10), embora Ele não seja mencionado nesta sentença. Entretanto, pior do que
apresentar um sacrifício com o coração sujo é trazer esse sacrifício com más
intenções.
21.28 - Grande
número de provérbios trata da testemunha mentirosa (Provérbios 19.28). O
problema da falsa testemunha é que suas mentiras pervertem a justiça para os
outros. Mesmo que seja uma única mentira, a mentira pode ser replicada por
outras pessoas.
21.29 - Há
um belo jogo de palavras entre os vocábulos traduzidos como endurece o seu
rosto e considera o seu caminho. O ímpio está preocupado com a expressão
facial; o justo só se preocupa com o rumo de sua vida (Provérbios 11.5).
21.30 - Geralmente,
os provérbios empregam a palavra sabedoria com sentido positivo. Neste
versículo, porém, a palavra está pareada com truques de conspiradores. Estes
truques não tem poder sobre Deus, como Balaão, o profeta pagão, descobriu ao
encontrar o Senhor nas planícies de Moabe (Números 22 a 24). A verdadeira
sabedoria só se encontra em Deus. Logo, de forma alguma, a sabedoria, a
inteligência e o conselho podem prevalecer em qualquer coisa contra o Senhor.
21.31 - Um
soldado pode fazer tudo o que está a seu alcance para se preparar para a
batalha (Provérbios 20.18), mas, no fim das contas, nenhuma preparação pode
superar o poder de Deus. A vitória está nas mãos de Deus.
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