06/02/2018

Explicação de provérbios 21



Provérbios 21.1 a 31

21.1 - A pessoa pode olhar para um rio e pensar que ele não segue nenhum padrão, porém a água obedece às ordens da mão de Deus. Assim também é com um bom rei. Os seus passos são determinados pelo Senhor.

21.2 - A boa percepção que a pessoa tem de sua própria vida, conduta ou caminho pode convencê-la, mas o julgamento final sobre sua retidão cabe a Deus (Provérbios 17.3).

21.3 - Ocasionalmente, os provérbios tocam na questão da idolatria (Provérbios 15.8; 16.6). Este versículo afirma, tal como o Salmo 40.6-8; Miquéias 6.8 e diversas outras passagens bíblicas, que viver com retidão e mais importante do que sacrifício (1 Samuel 15.22).

21.4 - A segunda parte deste versículo é de difícil tradução. Algumas versões traduzem a ambígua palavra hebraica “lavoura” como lâmpada. (Para altivo e orgulhoso, consulte Provérbios 16.18.)

21.5 - Normalmente, o planejamento leva a abundancia, e a pressa, a pobreza (Provérbios 20.21). Não é errado fazer planos, mas é errado planejar fazer o que o Senhor proibiu expressamente (Provérbios 16.1).

21.6 e 7 - A prosperidade pode ser boa ou ruim. Depende de como a pessoa a alcançou. Se a conseguiu por meio da língua falsa [“mentirosa”, na NVI], corre sério risco de ser levado à ilusão e a armadilha mortal.

21.8 - Este provérbio em antítese nos faz voltar ao princípio do estudo sobre sabedoria, ao contraste entre o justo e o ímpio (Provérbios 1 a 9 e Salmos 1).

21.9 - Os antigos telhados israelitas eram planos e podiam ser usados como terraço. Às vezes, as pessoas construíam um abrigo provisório sobre a parte do telhado. E este versículo ressalta que o marido prefere viver num telhado do que morar dentro de casa com uma mulher briguenta.

21.10 - Aqui está uma pessoa cuja paixão é fazer o mal; portanto, não sente compaixão por ninguém. O ímpio nunca pensa no próximo, a não ser nele mesmo.

21.11 - O tolo descrito neste texto é da pior espécie: o escarnecedor (Provérbios 19.25). A pessoa simples tem sensatez bastante para aprender vendo o escarnecedor ser castigado. O sábio sempre aprende; o simples, às vezes, adquire conhecimento; mas o escarnecedor é um caso perdido.

21.12 - Este é um versículo de tradução extremamente difícil. Algumas versões entendem que a palavra justo se refere ao homem ou a mulher justo que aprende observando a sina dos ímpios. Outros entendem que o termo “justo” aqui se refere a Deus, que determina o destino dos ímpios. É provável que este versículo fale do Senhor como o justo, e a expressão incomum da segunda parte esteja falando de Seu juízo como uma ruína para os ímpios.

21.13 - Aquele que é indiferente as necessidades dos aflitos não encontrará alguém para ajudá-lo quando clamar por socorro.

21.14 - Provérbio 18.16 e 19.6 antevêem as idéias deste versículo sobre o emprego de presentes para abrir caminho a alguém, em especial à pessoa de posição humilde que deseja ser recebida pela de posição elevada. O presente fala por si! E o presente dado em segredo discorre agradavelmente contra a ira, ajudando a apaziguar ressentimentos.

21.15 - A justiça não é uma obrigação trabalhosa nem um peso para a pessoa. Para o justo, exercer a justiça é pura alegria. Já para o ímpio, a justiça é tão triste quanto o fim dele (Provérbios 10.29).

21.16 - O termo “mortos” é assustador; significa “sombras” (Provérbios 9.18). Nestes versículos, “monos” pode ter o sentido de morte física, e não de espiritual (como e o caso de Tiago 1).

21.17 - O objetivo deste versículo não é proibir o consumo de vinho ou azeite, mas alertar aqueles que dedicam muito tempo aos prazeres. Naquela época, um dos maiores prazeres dos hedonistas era o banquete, regado de iguarias, vinho e azeite. O problema aqui, que leva a condenação do ímpio, é o excesso; o equilíbrio é a meta que anima os justos.

21.18 - Este versículo fala em termos de juízo final. Em ultima análise, o justo prevalecera, e os ímpios, não. Finalmente, o bem vencera.

21.19 - Este versículo pode ter um outro lado: que privilégio e viver ao lado de um cônjuge (marido ou esposa) amoroso! Leia de novo a apresentação positiva de Provérbio 19.4. Tomar isoladamente versículos sobre, mas esposas e difamar as mulheres como um todo, coisa que não se pode dizer que estes versículos façam.

21.20 - Este provérbio contrasta a prosperidade do sábio com a pobreza do tolo (Provérbios 20.15). A questão central é a forma como lidam com seus bens. Os tolos abusam ou negligenciam o que é de sua propriedade.

21.21 - É possível que vida, justiça e honra se juntem no sentido de uma vida mais abundante, A busca da justiça é sua própria recompensa. No entanto, há recompensas extras, como viver a vida em plenitude e receber honrarias. Tudo isso é dádiva do Senhor (Provérbios 15.9).

21.22 - A sabedoria tem mais potência do que a força bruta; é mais formidável do que uma fortaleza. Assim, é melhor buscar a sabedoria em vez de grandes músculos.

21.23 - Este provérbio faz um jogo de palavras com “guardar”. Se a pessoa guarda ou conserva sua boca, ela guarda ou conserva sua alma. O complemento disto está nos diversos problemas que a pessoa enfrenta ao falar sem cuidado.

21.24 - Este provérbio aplica quatro diferentes palavras hebraicas com sentido de “arrogância ao zombador” (versículo 11). As duas primeiras palavras, “soberbo” e “presumido”, significam “profundamente arrogante” (versículo 4). As duas últimas, “indignação” e “soberba”, significam “arrogância ilimitada”.

21.25 - O anseio do preguiçoso o mata; ele é devorado por suas próprias paixões porque não quer gastar energia em cumpri-las. O versículo 26 continua a descrição da ambição insaciável do preguiçoso contrastando-a com a generosidade do honrado.

21.26 - Este provérbio pode ser pareado com o versículo 25 como descrição do desejo insaciável da pessoa preguiçosa. Em contraposição, o justo não cessa de ser generoso. O preguiçoso espera, enquanto o justo dá; o preguiçoso não tem nada, e o justo tem muito.

21.27 - Quando o ímpio faz um sacrifício sem intenção de parar com sua iniqüidade, é uma abominação. Esta abominação existe aos olhos de Yahweh (como em Provérbios 20.10), embora Ele não seja mencionado nesta sentença. Entretanto, pior do que apresentar um sacrifício com o coração sujo é trazer esse sacrifício com más intenções.

21.28 - Grande número de provérbios trata da testemunha mentirosa (Provérbios 19.28). O problema da falsa testemunha é que suas mentiras pervertem a justiça para os outros. Mesmo que seja uma única mentira, a mentira pode ser replicada por outras pessoas.

21.29 - Há um belo jogo de palavras entre os vocábulos traduzidos como endurece o seu rosto e considera o seu caminho. O ímpio está preocupado com a expressão facial; o justo só se preocupa com o rumo de sua vida (Provérbios 11.5).

21.30 - Geralmente, os provérbios empregam a palavra sabedoria com sentido positivo. Neste versículo, porém, a palavra está pareada com truques de conspiradores. Estes truques não tem poder sobre Deus, como Balaão, o profeta pagão, descobriu ao encontrar o Senhor nas planícies de Moabe (Números 22 a 24). A verdadeira sabedoria só se encontra em Deus. Logo, de forma alguma, a sabedoria, a inteligência e o conselho podem prevalecer em qualquer coisa contra o Senhor.


21.31 - Um soldado pode fazer tudo o que está a seu alcance para se preparar para a batalha (Provérbios 20.18), mas, no fim das contas, nenhuma preparação pode superar o poder de Deus. A vitória está nas mãos de Deus.

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