06/02/2018

Explicação de provérbios 22



Provérbios 22.1 a 29

22.1 - Este provérbio indica que a reputação tem mais valor do que posses ou riqueza. Um nome não pode ser restaurado facilmente, nem mesmo com rios de dinheiro.

22.2 - Este versículo repete eloqüentemente o tema das riquezas (versículo 1): Deus fez tanto o rico como o pobre. Isto quer dizer que quem favorece o rico em detrimento do pobre (Tiago 2) não só não entendeu do que trata a criação, como também insultou o Criador (Provérbios 14.31).

22.3 - O termo “avisado” significa “sagaz” (há uma palavra relacionada a esta em Provérbios 1.4). Não existe sabedoria na falta de prudência.

22.4 - O caminho para a boa vida, riquezas, e honra, e vida (há uma tríade semelhante em Provérbios 21.21), e a humildade (Miquéias 6.8) e o temor a Deus.

22.5 e 6 - É prudente evitar as armadilhas e ciladas na beira da estrada da vida. Tolo é aquele que ingressa em lugares perigosos sem necessidade, sem saber ou importar-se com o risco que está correndo.

22.7 - Quando uma pessoa pobre se encontra em débito para com um rico, ela fica em uma posição de submissão e dominação em relação ao abastado. Se o rico for bondoso, o pobre pode escapar sem muito risco. Se o abastado for sádico, quem tomou o empréstimo pode ser reduzido à escravidão pecuniária.

22.8 - A idéia de retribuição justa é importante (Provérbios 21.7). Os ensinamentos de Jesus sobre a justiça espelham a idéia deste versículo. A pessoa que vive pela violência provavelmente morrerá de forma violenta; e a que vive em iniqüidade não deve se surpreender se for vítima de um crime (Mateus 26.52).

22.9 - As palavras que expressam a idéia de generosidade neste versículo são de bons olhos. Os bons olhos observam em primeiro lugar as necessidades dos outros. Já os maus só vêem a própria necessidade.

22.10 - O escarnecedor (Provérbios 21.24) deve ser expulso da comunidade porque sua influência é prejudicial a todos. Os sábios sabem que o escarnecedor não é risível, porque ele ri de coisas santas, do próprio Deus.

22.11 - A pessoa marcada pela pureza de fala e coração se torna confidente de um bom rei. (Compare este provérbio ao Salmos 15, que descreve a pessoa que quer ser amiga do Senhor.)

22.12 - Os olhos do Senhor (Provérbios 15.3 e 21.2) são os árbitros definitivos do conhecimento e da justiça. Os olhos dos seres humanos simplesmente não são confiáveis. Quando o rei leva seu cargo a sério, ele também toma decisões adequadas e justas (Provérbios 20.8).

22.13 - Os provérbios sobre o preguiçoso (Provérbios 19.15) são um alívio cômico, pois zombam da série de desculpas esfarrapadas que os preguiçosos inventam para não trabalhar nem arriscar. Eles fazem de tudo para não terem de fazer algo.

22.14 - Este provérbio nos leva de volta ao tema das mulheres estranhas (“mulher imoral”, na NVI) (Provérbios 2.16). Sua boca é como abismos abertos, destruindo todos os que neles caem (Provérbios 9.18).

22.15 - A idéia aqui é de incentivar o pai relutante a disciplinar seu filho louco. A insensatez é como um monstro que esmaga o coração entre os dedos.

22.16 - O último provérbio de Salomão nesta coletânea trata de justiça social. No fim das contas, toda a experiência humana está nas mãos de Deus, embora, ocasionalmente, os ímpios prosperem. Deus fez tanto o pobre como o rico (versículo 2) e Ele determinará com justiça o destino de cada um (Provérbios 24.12).

22.17 - A expressão “as palavras dos sábios” determina uma nova seção do livro dos Provérbios. O conteúdo muda no versículo 17. Três elementos distinguem esta parte:
1º) a mudança de unidades de um versículo para unidades de múltiplos versículos,
2º) títulos de seções incluídos no texto
3º) afinidade desta seção com os antigos textos exemplares egípcios, particularmente o livro egípcio A instrução de Amenenope, uma das fontes dos escritores de Provérbios.

22.17 a 21 - “Inclina o teu ouvido.” Estas palavras de introdução conclamam o leitor a prestar atenção e preparar-se para aprender sobre Deus e adorá-Lo. O aviso enfatiza veementemente que a confiança da pessoa deve estar no Senhor.

22.22 e 23 - A maioria das violações de justiça afeta o pobre e o aflito, pois são frágeis e indefesos. Mas quem faz isso se toma inimigo de Deus, que defendera a sua causa.

22.24 e 25 - Não andes com o homem colérico. Se estas palavras se baseiam na fé hebraica, estas idéias se derivam, por sua vez, da observação do comportamento e da interação humanos. O livro de Provérbios inclui os dois tipos de ponderação: revelações de verdades sobre Deus e observações sobre a experiência humana (1 Coríntios 15.33).

22.26 e 27 - O pobre fiador que assumir as dívidas de outrem pode perder até mesmo a cama caso haja uma má barganha.

22.28 - Os antigos israelitas consideravam o respeito pelos limites (marcos) geográficos como mais que uma questão de propriedade privada. Para eles, era uma questão básica da vida cívica. As pessoas devem ter um certo senso de confiança e justiça publica para a sociedade funcionar.


22.29 - Um trabalho bem feito ainda rende elogios das pessoas e a aprovação de Deus. Consulte Efésios 6.5 a 8.

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