06/02/2018

Explicação de provérbios 19



Provérbios 19.1 as 29

19.1 - Este provérbio apresenta a pessoa pobre sob uma luz mais favorável do que a rica (Provérbios 28.6). Neste caso, a vida da pessoa pobre é marcada pela sinceridade, enquanto a de sucesso obteve sua riqueza fraudando e enganando. O livro dos Provérbios não diz que saúde e riqueza são prêmios; concede esta honra à integridade (Provérbios 3.1 a 12).

19.2 - Muitos provérbios empregam a expressão não é bom. Este diz que não há nada de bom em quem não tem conhecimento. Nesta pessoa, só existe uma corrida para a destruição. Os pés dos tolos estão sempre prontos a correr para a ruína (Provérbios 21.5).

19.3 - Quantas vezes as pessoas se perderam em sandices autodestrutivas e depois clamaram a Yahweh para ajudá-las a sair da situação que criaram? Muitas vezes Deus pode ter a bondade.

19.4 - Este versículo aponta uma particularidade na relação entre a posição social e as amizades. Geralmente, as pessoas providas de boa condição financeira atraem muitos amigos, enquanto as que ocupam uma posição social baixa têm poucos amigos, pois a pobreza costuma manter a maior parte das “amizades” distantes. Vale destacar que, como um cônjuge fiel, um amigo leal não tem preço (Provérbios 14.20).

19.5 - A necessidade da verdade é muito importante para uma sociedade organizada. A falsidade não deve ser tolerada.

19.6 - Usar de bajulações e agrados para conseguir atenção e favores de pessoas dotadas de poder e riquezas é um costume presente desde aquela época. Assim, supostos amigos e desconhecidos aproveitam inclusive nos dias de hoje para tirar algum proveito daqueles que se encontram em condições e posições favoráveis (Provérbios 17.8 e 18.16). Dar presentes não é intrinsecamente mau, mas quem o dá pode perfeitamente ser mau.

19.7 - A conduta daqueles que abandonam um amigo por estar na pobreza deve ser confrontada pela postura de amigos verdadeiros, destacada em textos como Provérbio 17.17 e 18.24.

19.8 - Em última análise, a expressão “achará” o bem significa encontrar o Senhor em Sua Palavra (Provérbios 16.20).

19.9 - Este versículo é uma ligeira variação de Provérbio 19.5; e um repúdio aos males causados pelo falso testemunho, desrespeito a um dos Dez Mandamentos (Êxodo 20.16 e Deuteronômio 5.20) e uma ruptura do pacto de confiança entre Deus e o Seu povo.

19.10 - É ultrajante o insensato ocupar posições de destaque e viver em luxo. Esta posição deveria ser reservada ao homem que a ganha mediante a observância da lei. A expressão “não está bem” também pode ser traduzida como “não convém” (Provérbios 17.7).

19.11 - A paciência e o autodomínio são virtudes da sabedoria (Provérbios 16.32). O mesmo não se pode afirmar da impetuosidade e dos rompantes violentos. Estas características são comuns no homem tolo e imprudente.

19.12 - As descrições do bramido do leão e do orvalho sobre a erva são especialmente adequadas quando o monarca tem poder absoluto. Sua ira pode ser violenta e imprevisível como um leão, e o seu favor, agradável é restaurador como o orvalho. Um bom rei deve exortar e conceder sua graça por bons motivos.

19.13 e 14 - A expressão “gotejar contínuo” pode ser uma referência a uma briga constante em uma família. A mulher prudente demonstra sabedoria ou argúcia. Encontrar o cônjuge certo é uma benção de Deus (Provérbios 18.22).

19.15 - Os provérbios não possuem palavras boas para se referir à preguiça, o vício do indolente (Provérbios 6.6 e 9). Os provérbios conclamam misericórdia e compaixão pelos pobres e necessitados, mas pelos indolentes, apenas desprezo (Provérbios 19.17 e 10.4 e 5).

19.16 - A sabedoria e a insensatez são questões de vida ou morte, como é amplamente demonstrado pelos ensinamentos de Provérbios 1 a 9 (ex: Provérbios 1.32 e 33). Assim, buscar a sabedoria é, em última analise, uma atitude de quem tem genuína auto-estima (Provérbios 19.8). Buscar a tolice é abraçar a morte.

19.17 - Fazer caridade aos pobres e necessitados é visto, neste versículo, como um empréstimo a Deus. Se você quer fazer um empréstimo a alguém, que seja a Ele. O Senhor o recompensara. A preocupação de Yahweh com os pobres está bem documentada nas Escrituras (ex: Deuteronômio 10.18 e 19).

19.18 - Se o pai recusar-se a aplicar disciplina, ele condena o futuro do filho (Provérbios 13.24).

19.19 - A raiva desmedida é uma insensatez, assim como a disciplina sem temperança. Nada muda realmente quando uma pessoa de “pavio curto” é salva de uma situação problemática. Ela precisara ser salva outras vezes.

19.20 - A sabedoria leva a um futuro glorioso. Trata-se de uma porta para a eternidade. No Novo Testamento, a idéia que corresponde à busca pela sabedoria em textos como esse e o objetivo de parecer-se com Cristo, modelar-se a Sua imagem. Em ultima analise, ser sábio (no sentido bíblico) e ser como Jesus.

19.21 - O sábio confia seus propósitos ao Senhor (Provérbios 16.3). A pessoa que não busca a vontade de Deus (como no SaImos 2.1 a 3) pode tornar-se uma verdadeira inimiga do Criador. Aquele, porém, que confiar sua vida ao Pai certamente obterá o sucesso (Provérbios 16.1 e 9).

19.22 - O pobre integro tem mais honra do que a pessoa de sucesso que obteve seu cargo ou situação por meio de fraudes (versículo 1). A palavra “beneficência” também pode significar “beleza”. A fidelidade é bela, enquanto que a fraude desfigura o caráter (Provérbios 3.14 e 31.18).

19.23 - Este provérbio ressalta a natureza perene da verdadeira devoção e as fartas recompensas que ela proporciona. O temor do Senhor é comparado com todos os outros prazeres (Provérbios 15.16 e 33), porque só ele conserva a inocência do cristão e proporciona satisfação a vida inteira.

19.24 - Aqui fala de alguém que é tão preguiçoso que não quer nem levar a mão a boca repetidas vezes para comer! Então ele se curva, enfiando a cabeça no prato e deixando as mãos ao lado (Provérbios 26.15).

19.25 - A pessoa simples [“inexperiente”, na NVI], aquela que ainda tem de estabelecer qual será o seu caminho na vida, pode aprender observando o sofrimento do escarnecedor. Este pode até não aprender nada com o próprio sofrimento, mas quem estiver pronto a aprender pode.

19.26 e 27 - O desejo de ter um bom filho é tema de diversos provérbios . O filho que maltrata os pais envergonha e desobedece as ordens de Deus (Provérbios 20.20, Êxodo 20.12 e Deuteronômio 5.16), A justaposição do provérbio (versículo 27) dirigido ao filho meu pela primeira vez desde os capítulos de 1 a 9 após falar sobre o filho tratante no versículo 26 e proposital. O filho tratante se envergonha, enquanto que o filho obediente é fiel e tem sucesso.

19.28 - Eis um provérbio que vincula o falso testemunho (Provérbios 19.5) aos ímpios (o homem de Belial, Provérbios 16.27). Esta pessoa escarnece da justiça e proclama largamente toda forma de iniqüidade.


19.29 - Em vez de receitar necessariamente um castigo físico, este versículo pode estar descrevendo o fardo dos teimosos. Eles mesmos atraem o seu castigo. O versículo pode ser lido metaforicamente ou no sentido literal.

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