06/02/2018

Explicação de provérbios 13



Provérbios 13.1 a 25

13.1 - O filho sábio ouve a instrução (Provérbios 10.1 e 17) e é melhor do que o escarnecedor, o pior tipo de insensato (Salmos 1.1). Alguns tolos são ingênuos e inexperientes, mas abertos a sugestões; às vezes até os que já são insensatos há tempos repensam sua posição. O escarnecedor, porém, ri da justiça e não gosta de censuras.

13.2 e 3 - É destacado aqui o uso apropriado da fala, tornando-se assim um recurso valioso. Entretanto, quando a fala não é usada de forma adequada, pode gerar contendas e dissensões. Às vezes, dizer a palavra errada pode até por uma vida em risco.

13.4 - O preguiçoso é consumido por desejos insaciáveis porque nunca são realizados. A pessoa laboriosa pode conseguir seus objetivos e encontrar a satisfação.

13.5 - A pessoa que aborrece a palavra de mentira não se sente simplesmente mal com isso, mas a evita a todo custo.

13.6 - Nos provérbios, a justiça é retratada como amiga e a impiedade como inimiga (Provérbios 11.27). A impiedade nos fere, mas a justiça nos ampara.

13.7 - Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma. Este paradoxo de a ganância levar à pobreza e a generosidade conduzir à riqueza é um tema recorrente nas Escrituras (Provérbios 11.24 e Mateus 6.19 a 21). A questão não é quanto dinheiro se tem, mas como é usado.

13.8 - Uma pessoa muito rica pode ter de gastar essa riqueza para pagar um resgate. Porém, o pobre tem pouca probabilidade de passar um apuro pelo qual tenha de pagar um resgate. Boa parte dos pobres poderia querer correr este risco, mas há algum valor de proteção pessoal na pobreza.

13.9 - Para o antigo israelita, a candeia era a única fonte de luz a noite. Sem ela, a pessoa não tinha como enxergar o caminho a sua frente (Provérbios 20.20 e 24.20).

13.10 - A palavra soberba (Provérbios 11.2) não se refere à auto estima ou a uma postura mental positiva, mas a arrogância e a recusa de adorar a Deus. Este tipo de orgulho é egoísta e leva a conflitos.

13.11 - Este provérbio descreve as conseqüências naturais a longo prazo de trapacear. As pessoas que comprometem sua honestidade para ficarem ricas simplesmente adiam a necessidade inevitável de trabalhar para ganhar o seu pão. Chega o dia em que sua trapaça é exposta, momento em que, provavelmente, os colegas honestos já obtiveram algo digno e duradouro por meio da labuta.

13.12 - A árvore de vida (Provérbios 11.30) simboliza o alcance de um desejo profundamente sentido. É como retornar ao jardim do Éden.

13.13 - Uma pessoa pode desprezar a instrução ou reagir com reverencia a ela, compreendendo que o Orientador maior é Deus. A correção só existe para o bem de cada um.

13.14 - Seguir a sabedoria é algo que nos conduz direto para a fonte de vida (Provérbios 10.11). Se pesquisarmos sobre a antiga Judá, descobriremos que em sua terra árida havia uma fonte para saciar a sede das pessoas e dos rebanhos. Era uma necessidade, uma fonte de vida, assim como a sabedoria é indispensável ao ser humano. A fonte também servia como ilustração da salvação (Isaias 12.1 a 3).

13.15 - A graça de Deus e de outras pessoas, a boa reputação, é altamente desejável, porque ela assegura que você não estará só em sua vida. A graça provem do bom entendimento.Uma boa reputação era a primeira qualificação listada pelos apóstolos para os diáconos da igreja do primeiro século (Atos 6.3).

13.16 - Mais um provérbio em que coloca o prudente e o tolo frente a frente. Neste versículo, destaca-se que o primeiro costuma agir com entendimento, o que é adquirido no estudo da Palavra, e que o segundo vive segundo a sua insensatez.

13.17 - Naquela época, era comum contratarem mensageiros particulares quando os serviços postais do governo não estavam funcionando. Esses homens tinham de ser diligentes e fieis em seu ofício. Só que, durante a viagem, o mensageiro era surpreendido por imprevistos ou envolvia-se com coisas prejudiciais. Assim, ele se desviava de seu propósito principal e não cumpria sua missão com êxito, prejudicando quem o contratou. Por isso, este versículo faz uma retaliação ao mau mensageiro. É preciso ser um mensageiro fiel, bem-sucedido.

13.18 - Este é mais um provérbio sobre o desprezo a instrução (Provérbios 13.1). Fala da pobreza como conseqüência lógica daquele comportamento inconseqüente.

13.19 - Poucas coisas agradam tanto quanto a realização de um desejo. Entretanto, a insensatez dos tolos é tão profundamente enraizada que, se ele abandonar seu caminho autodestrutivo, sente-se enfermo. O termo usado para esta sensação ruim, “abominação”, é o mesmo usado para falar do sentimento do Senhor diante das atitudes tolas em outras passagens (Provérbios 11.1).

13.20 - A escolha de amigos (Provérbios 12.26) é extremamente importante, pois a influência destes sobre nossa vida é muito mais forte do que a maior parte das pessoas percebe.

13.21 - O mal é inimigo do pecador (versículo 6), e não amigo; ele é seu perseguidor, e não companheiro.

13.22 - No livro dos Provérbios, riqueza é um tópico com muitos desdobramentos. Dentre as diversas abordagens, vemos que a riqueza pode ser um beneficio da vida reta (Provérbios 13.11 e 10.22), mas isso não é garantido (Provérbios 28.6); notamos que ela não pode tornar a pessoa boa (Provérbios 11.4), e, no fim, importa menos do que alcançar graça aos olhos de Deus (Provérbios 11.28). O homem de bem sabe disso e confia no Senhor para suprir suas necessidades. Em contrapartida, o pecador tenta amealhar e conservar a riqueza, mas no fim fracassa.

13.23 - Este provérbio aborda a injustiça; observa que alguns pobres até têm bens, mas estes lhe foram tomados por falta de juízo [falta de justiça, na NVI].

13.24 - Este é o primeiro de vários provérbios sobre disciplina familiar. Quando os pais disciplinam os filhos com amor, estão copiando o exemplo da correção com amor exercida por Deus (Provérbios 3.11 e 12).


13.25 - A satisfação genuína esta ligada a retidão; o fracasso abjeto está ligado à perversidade.

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