Provérbios
13.1 a 25
13.1 - O
filho sábio ouve a instrução (Provérbios 10.1 e 17) e é melhor do que o
escarnecedor, o pior tipo de insensato (Salmos 1.1). Alguns tolos são ingênuos
e inexperientes, mas abertos a sugestões; às vezes até os que já são insensatos
há tempos repensam sua posição. O escarnecedor, porém, ri da justiça e não
gosta de censuras.
13.2 e 3 - É
destacado aqui o uso apropriado da fala, tornando-se assim um recurso valioso.
Entretanto, quando a fala não é usada de forma adequada, pode gerar contendas e
dissensões. Às vezes, dizer a palavra errada pode até por uma vida em risco.
13.4 - O
preguiçoso é consumido por desejos insaciáveis porque nunca são realizados. A
pessoa laboriosa pode conseguir seus objetivos e encontrar a satisfação.
13.5 - A
pessoa que aborrece a palavra de mentira não se sente simplesmente mal com
isso, mas a evita a todo custo.
13.6 - Nos
provérbios, a justiça é retratada como amiga e a impiedade como inimiga
(Provérbios 11.27). A impiedade nos fere, mas a justiça nos ampara.
13.7 - Há
quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma. Este paradoxo de a ganância levar à
pobreza e a generosidade conduzir à riqueza é um tema recorrente nas Escrituras
(Provérbios 11.24 e Mateus 6.19 a 21). A questão não é quanto dinheiro se tem, mas
como é usado.
13.8 - Uma
pessoa muito rica pode ter de gastar essa riqueza para pagar um resgate. Porém,
o pobre tem pouca probabilidade de passar um apuro pelo qual tenha de pagar um
resgate. Boa parte dos pobres poderia querer correr este risco, mas há algum
valor de proteção pessoal na pobreza.
13.9 - Para
o antigo israelita, a candeia era a única fonte de luz a noite. Sem ela, a
pessoa não tinha como enxergar o caminho a sua frente (Provérbios 20.20 e
24.20).
13.10 - A
palavra soberba (Provérbios 11.2) não se refere à auto estima ou a uma postura
mental positiva, mas a arrogância e a recusa de adorar a Deus. Este tipo de
orgulho é egoísta e leva a conflitos.
13.11 - Este
provérbio descreve as conseqüências naturais a longo prazo de trapacear. As
pessoas que comprometem sua honestidade para ficarem ricas simplesmente adiam a
necessidade inevitável de trabalhar para ganhar o seu pão. Chega o dia em que
sua trapaça é exposta, momento em que, provavelmente, os colegas honestos já
obtiveram algo digno e duradouro por meio da labuta.
13.12 - A
árvore de vida (Provérbios 11.30) simboliza o alcance de um desejo
profundamente sentido. É como retornar ao jardim do Éden.
13.13 - Uma
pessoa pode desprezar a instrução ou reagir com reverencia a ela, compreendendo
que o Orientador maior é Deus. A correção só existe para o bem de cada um.
13.14 -
Seguir a sabedoria é algo que nos conduz direto para a fonte de vida
(Provérbios 10.11). Se pesquisarmos sobre a antiga Judá, descobriremos que em
sua terra árida havia uma fonte para saciar a sede das pessoas e dos rebanhos.
Era uma necessidade, uma fonte de vida, assim como a sabedoria é indispensável
ao ser humano. A fonte também servia como ilustração da salvação (Isaias 12.1 a
3).
13.15 - A
graça de Deus e de outras pessoas, a boa reputação, é altamente desejável,
porque ela assegura que você não estará só em sua vida. A graça provem do bom
entendimento.Uma boa reputação era a primeira qualificação listada pelos
apóstolos para os diáconos da igreja do primeiro século (Atos 6.3).
13.16 - Mais
um provérbio em que coloca o prudente e o tolo frente a frente. Neste
versículo, destaca-se que o primeiro costuma agir com entendimento, o que é
adquirido no estudo da Palavra, e que o segundo vive segundo a sua insensatez.
13.17 - Naquela
época, era comum contratarem mensageiros particulares quando os serviços
postais do governo não estavam funcionando. Esses homens tinham de ser
diligentes e fieis em seu ofício. Só que, durante a viagem, o mensageiro era
surpreendido por imprevistos ou envolvia-se com coisas prejudiciais. Assim, ele
se desviava de seu propósito principal e não cumpria sua missão com êxito,
prejudicando quem o contratou. Por isso, este versículo faz uma retaliação ao
mau mensageiro. É preciso ser um mensageiro fiel, bem-sucedido.
13.18 - Este
é mais um provérbio sobre o desprezo a instrução (Provérbios 13.1). Fala da
pobreza como conseqüência lógica daquele comportamento inconseqüente.
13.19 -
Poucas coisas agradam tanto quanto a realização de um desejo. Entretanto, a insensatez
dos tolos é tão profundamente enraizada que, se ele abandonar seu caminho
autodestrutivo, sente-se enfermo. O termo usado para esta sensação ruim,
“abominação”, é o mesmo usado para falar do sentimento do Senhor diante das
atitudes tolas em outras passagens (Provérbios 11.1).
13.20 - A
escolha de amigos (Provérbios 12.26) é extremamente importante, pois a
influência destes sobre nossa vida é muito mais forte do que a maior parte das
pessoas percebe.
13.21 - O
mal é inimigo do pecador (versículo 6), e não amigo; ele é seu perseguidor, e
não companheiro.
13.22 - No
livro dos Provérbios, riqueza é um tópico com muitos desdobramentos. Dentre as
diversas abordagens, vemos que a riqueza pode ser um beneficio da vida reta
(Provérbios 13.11 e 10.22), mas isso não é garantido (Provérbios 28.6); notamos
que ela não pode tornar a pessoa boa (Provérbios 11.4), e, no fim, importa
menos do que alcançar graça aos olhos de Deus (Provérbios 11.28). O homem de
bem sabe disso e confia no Senhor para suprir suas necessidades. Em
contrapartida, o pecador tenta amealhar e conservar a riqueza, mas no fim
fracassa.
13.23 - Este
provérbio aborda a injustiça; observa que alguns pobres até têm bens, mas estes
lhe foram tomados por falta de juízo [falta de justiça, na NVI].
13.24 - Este
é o primeiro de vários provérbios sobre disciplina familiar. Quando os pais
disciplinam os filhos com amor, estão copiando o exemplo da correção com amor
exercida por Deus (Provérbios 3.11 e 12).
13.25 - A
satisfação genuína esta ligada a retidão; o fracasso abjeto está ligado à
perversidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário