Provérbios
8.1 a 36
8.1 a 11 -
Este capítulo é um hino de louvor à maravilha de possuir sabedoria. A
expressão, “não clama, porventura, a sabedoria?” atesta que a sabedoria deseja
chegar a todos; por isso, dissemina sua mensagem publicamente, diferentemente
da mulher imoral, que busca seus objetivos as ocultas e com mentiras. Pode-se
confiar nas palavras de sabedoria; seus conselhos são gratuitos e benignos.
Suas palavras de verdade contrastam com as mentiras da impiedade (Provérbios
7.21 a 023). A sabedoria cumpre as suas promessas; ela não é uma provocadora
espalhafatosa. O que a sabedoria oferece tem valor inestimável, muito mais rico
do que prata e ouro; não há pedra preciosa nem nada de valor que se compare a
ela (uma expressão parecida se encontra em Provérbios 3.14 e 15).
8.12 e 13 -
As palavras “eu, a sabedoria, habito com a prudência” abrem a segunda parte
deste trecho sobre a excelência da sabedoria (versículo 12-21). Novamente,
neste contexto, vemos a sabedoria atada diretamente ao temor do Senhor. A
oferta de sabedoria só está aberta aos que temem a Deus. Aproximar-se da
sabedoria requer aproximar-se do Altíssimo, o que significa afastar-se de tudo
o que Ele abomina, o mal, o orgulho, a arrogância, o mau comportamento e a fala
perversa. Jesus disse que a verdade está nele (João 8.32).
8.14 a 21 -
Neste trecho bíblico, fala-se de príncipes, nobres e juízes. Para que as
autoridades possam exercer seu poder com idoneidade é preciso o uso da
sabedoria, um de seus apelos mais requintados. Além disso, a sabedoria leva
aqueles que a seguem a riquezas e honra (Provérbios 9.1 a 6). É um contraste
chocante com o destino do tolo (Provérbios 6.33 e 35).
8.22 a 31 -
Esta parte do capítulo 8 descreve o papel da sabedoria na criação. O Senhor me
possuiu no princípio de seus caminhos. Nesta expressão, o termo “possuiu” em
hebraico pode significar “trouxe” ou “criou”. Melquisedeque usou a mesma
palavra para identificar Deus como o Criador do universo (Gênesis 14.19). O
Senhor, sempre sábio, produziu a sabedoria; O Senhor, dono de todo
conhecimento, criou o conhecimento. A sabedoria só teve um princípio no sentido
de que Deus, naquele momento, separou-a para exibi-la; na medida em que é uma
das perfeições de Deus, ela sempre existiu (versículo 23). Estes versículos fornecem
parte do contexto para o retrato de Cristo no NT como a Palavra divina (João
1.1 a 3) e como a sabedoria de Deus (1 Coríntios 1.24 e 30 e Colossenses 2.3).
8.30 e 31 -
Usando de sabedoria, Deus criou o universo. Logo, um estudo devido sobre o
universo é uma descoberta progressiva da sabedoria de Deus (Romanos 1.20). A
palavra “delicias” expressa a exuberância brincalhona e infantil da Sabedoria,
como um filho querido. E sua maior alegria está no ápice da obra de Deus, os
filhos dos homens, ou seja, na humanidade.
8.32 a 36 -
Esta parte é o epílogo do hino de louvor do capítulo 8. Apela para que todos o
ouçam: “Agora, pois, filhos, ouvi-me.” A sabedoria oferece bênçãos e vida a
todos os que lhe seguem, mas amaldiçoa e mata os que a odeiam. O gentil convite
da sabedoria e mais desejável do que qualquer coisa e leva-nos a uma vida
bem-aventurada.
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