16/05/2021

3 - A comunidade do amor - Parte 1

 


 

Filemom 1.1 a 3 Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, a você, Filemom, nosso amado cooperador, à irmã Áfia, a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que se reúne com você em sua casa. A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”.

A necessidade do perdão

Como se fosse um mero acessório, o perdão caiu em desuso. De fato, a nossa sociedade, cheia de gente mais preocupada em se sentir bem consigo mesma do que em agir moralmente, praticamente apagou do inconsciente coletivo a possibilidade de perdoar e de pedir perdão. David Wells observou astutamente que uma nova ideia penetrou até os círculos cristãos, estragando não apenas nossa interação com as outras pessoas, mas, principalmente, a relação do ser humano com o seu Criador.

Ele escreveu: “Quando igrejas evangélicas entraram nesse novo universo do eu, elas deixaram para traz o mundo moral. A igreja evangélica, que leva a sério sua responsabilidade de administrar o evangelho, deveria ter sido a primeira a notar isso porque o evangelho só faz sentido em um mundo moral. Pecado, afinal de contas, não é simplesmente sentir mal sobre nós mesmos. É violar o que é certo na lei e no caráter de Deus. Aqueles que habitam esse mundo do eu procuram apenas terapia, não perdão e regeneração. Recuperação, de fato, é a maneira deles de falar sobre regeneração. É tudo sobre técnica humana e não sobre intervenção miraculosa (sobrenatural). Tudo isso foi aparentemente perdido nos evangélicos que tropeçam um atrás do outro em sua busca fervorosa de reformular a fé deles nessa nova linguagem da cultura”.

Fonte: David F. Wells, The Courage to be Protestant: Truth-lovers, Marketers, and Emergents in the Postmodern World (Grand Rapids, Michigan: Eerdmans Publishing, 2008), p. 137 e 138.

Eliminou-se a moral pelo eu, o sentir-se bem e amado. Restou um evangelho “terapêutico”, sem “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16, ARA “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”).

Vivemos em um contexto cultural tão egocêntrico, em uma sociedade tão egoísta, mesmo dentro da igreja, que fica até difícil falar de perdão. Quer um exemplo? Tente ajudar alguém que precisa pedir perdão ou mesmo perdoar. Experimente! Depois me diga o que você ouviu. Duvido que a maioria não dirá algo do tipo: “Como assim? Eu tenho que perdoar? Eu tenho que pedir perdão? Você está dizendo que Eu estou errado(a)? Sou Eu que estou errado(a)? E ele(a)? Perdoo não! Peço perdão não! De jeito nenhum”!

Há pessoas que até demonstram gostar de sentir rancor, parece bom para elas nutrir seus ressentimentos bem ali pertinho do coração, sentem como se estivessem fazendo justiça. Sim, elas acham que seria injusto, mesmo errado, perdoar alguém em algumas circunstâncias. Então elas não querem cometer (veja bem) a injustiça de perdoar ou absolver, deixando o devedor isento ou impune. Tornamo-nos tão decadentes e não-cristãos em algumas formas de pensar que tomamos como fracos aqueles que perdoam, enquanto os que não perdoam são os fortes invejáveis. Já infectados pelo pecado e tão influenciados, induzidos, de fato, pelas séries e os filmes da cultura pop, nós celebramos e aplaudimos aqueles personagens ou heróis que se vingam dos outros, fazendo justiça com as próprias mãos.

Todos sabemos por experiência própria: não é incomum entre nós transferência de culpa, falta de perdão e querer que aqueles que nos ofenderam paguem de alguma maneira. O resultado é uma sociedade cheia de amargura, desejo de vingança, raiva, ódio e hostilidade, uma sociedade doente. Crimes de retaliação e ações judiciais são excessivamente comuns, na medida em que as pessoas buscam vingança fora ou dentro dos limites da lei. Além disso, a falta de perdão é talvez a principal causa dos rompimentos nos relacionamentos familiares, das divisões nas igrejas e da violência nas ruas (travestida de ativismo ou militância democrática).

Se para alguns o perdão é uma fraqueza desprezível, para outros se trata de um tópico por demais dolorido: ora se sabe que é preciso ser perdoado e não é (a pessoa não perdoa a gente), outrora se sabe que se deve perdoar e não o faz (a gente não consegue perdoar a pessoa, não queremos). Entretanto, de acordo com a apresentação que a Bíblia faz da vida, é impossível nos afastarmos da necessidade de perdão em um mundo caído no pecado precisamos do perdão de Deus e uns dos outros. Sentimos essa realidade em todas as camadas: do local de trabalho às nossas amizades, do casamento (passando pela família) à nossa própria consciência. É impossível viver sem perdão. Sabemos que erramos e que precisamos ser perdoados, e que nós mesmos devemos crescer em nossa capacidade de perdoar. Mas como?

O artesão de palavras

Um dos melhores lugares na Bíblia para se aprender porquê e como perdoar é a pequena carta de Paulo a Filemom (apenas 335 palavras no grego original).

Pense por um instante: o perdão é tão importante no enredo das Escrituras que o Senhor mesmo cuidou que tivéssemos uma carta inteira dedicada ao assunto. Perdão pode estar em desuso na sociedade, mas é um dos temas centrais da Bíblia, do evangelho de Cristo e da vida real. Perdão é necessário e Deus nos ensina como perdoar. Os versículos que nós lemos no início (vs. 1 a 3) fazem parte da introdução da carta (vs. 1 a 7). Não se trata de mera formalidade. Paulo, artesão de palavras, inspirado pelo Espírito Santo, já na sua saudação inicial age de forma intencional, preparando com palavras tão ternas e poderosas o coração de Filemom para perdoar Onésimo.

Em que pese o tema da carta ser a necessidade do perdão, nos sete primeiros versículos nós não o identificamos. Paulo nem sequer menciona a situação. Ele está, primeiro, aplainando o terreno, preparando Filemom para fazer seu pedido a ele: “Filemom, com base no amor, perdoe Onésimo. Alegre meu coração com o seu perdão! Receba e liberte Onésimo para o ministério cristão, ele é muito útil para mim. Nós o ganhamos! Nós o ganhamos para Cristo e para sempre”!

A partir do versículo 8 Paulo irá direto ao ponto, mas por enquanto, em sua introdução da carta (que nós, infelizmente, costumamos desprezar ou não conseguimos fazer sentido com o restante da carta quando a lemos) o apóstolo está amolecendo o coração de Filemom com verdades de valor indescritível. Isso é bom, pois dessa maneira nós aprendemos com o apóstolo o que é necessário para de fato conseguirmos perdoar uns aos outros.

O que se precisa para perdoar

Nos versículos 1 a 3, Paulo está descrevendo a importância do que podemos chamar de “a comunidade do amor”, o papel da igreja na vida da gente, ajudando-nos a viver como nós devemos e tantas vezes não conseguimos, por exemplo, perdoando e pedindo perdão. Precisamos do irmão. Precisamos da igreja. Precisamos do evangelho. Todos esses três elementos, irmão, igreja e evangelho perfazem a comunidade do amor. Em outras palavras: Paulo está lembrando Filemom de que ele poderia contar com a comunidade do amor para conseguir perdoar Onésimo, caso ele ficasse em dificuldades para fazê-lo. Filemom contava com o irmão, a igreja e o evangelho.

1 – A presença do irmão

John Piper costuma dizer que a perseverança dos cristãos para a salvação é um processo comunitário. De fato, a Bíblia fala de que nós precisamos de fé e de esperança para a salvação (precisamos de doutrina) e também da ajuda do irmão (precisamos de comunhão intencional) para a nossa perseverança. Por exemplo:

Hebreus 10.23 a 25 “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois, quem fez a promessa é fiel. Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. A vida cristã não é para solitários, gente que não presta contas e não ouve contas de ninguém, gente que simplesmente toca a vida como dá e que Deus nos ajude. A vida não é para ser vivida no tom de Almir Sater, que compôs uma bela canção, diga-se de passagem, falo de ‘Tocando Em Frente’, mas que se levada ao pé da letra nos fará errar o caminho da vida eterna. Preste atenção:

“Penso que cumprir a vida. Seja simplesmente. Compreender a marcha. E ir tocando em frente. Como um velho boiadeiro (solitário). Levando a boiada. Eu vou tocando os dias. Pela longa estrada, eu vou. Estrada eu sou”.

Não dá para ser assim. Não dá para viver a vida assim. Aliás, só dará para viver a vida nesse tom se a pessoa achar que em si mesma e por si mesma ela é capaz (claro, com a ajuda de Deus, alguns vão nos dizer, mas sabe-se lá como).

Noutra estrofe do mesmo poema, Almir Sater cantou como um profeta da religião do eu, um representante perfeito do romantismo filosófico:

“Cada um de nós compõe a sua história. Cada ser em si. Carrega o dom de ser capaz. E ser feliz”.

Nessa perspectiva, tocar em frente, como diz o cantor, consiste apenas em conhecer a manhã e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, viver amores, desfrutar de paz e das flores que um dia foram regadas até pela chuva das próprias lágrimas do viajante. E assim ele toca em frente, andando devagar porque já teve pressa e sorrindo porque já chorou demais. Afinal, ele conclui, “cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz”.

Isto não é verdade!

Quantas não são as vezes que nós esfriamos o amor e a prática das boas obras, e ficamos carentes, verdadeiramente carentes de encorajamento na “esperança que professamos” e que só virá aquecer o coração de novo através da motivação e do encorajamento do irmão no contexto da comunidade do amor que é a igreja local! E esse irmão, quando vier ao meu encontro para me encorajar, virá com a luz da palavra de Deus, não com uma lanterna de autoajuda e autorrealização, ajudando-me a encontrar lá no fundo de mim mesmo o dom de ser feliz.

Dietrich Bonhoeffer, escreveu assim: “A presença física de outros cristãos constitui para o cristão uma fonte de alegria e fortalecimento incomparáveis”.

Fonte: Dietrich Bonhoeffer, Vida em Comunhão (São Leopoldo: Sinodal, 1997), p. 10.

Pense na situação de Filemom: traído por um servo (v. 16), uma pessoa que sempre lhe deu muito trabalho (v. 11), que ainda por cima o roubou (vs. 18 e 19) e fugiu para longe (v. 12). É bem provável que, ao ouvir que Onésimo havia sido encontrado em Roma e que voltaria para o posto que ele abandonou em Colossos, Filemom teria expressado alguma dificuldade em perdoar. Julgando pelas palavras do apóstolo na carta mesma, sua insistência com Filemom (vs. 17 a 22), é razoável pensar que Paulo até já tivesse ouvido algo negativo da parte de Filemom. Em todo caso, o apóstolo sabia que seria muito difícil para Filemom perdoar Onésimo. E foi aí que entrou o irmão, a presença do irmão.

Não daria para Filemom simplesmente ir tocando em frente a vida no tom de Almir Sater, como milhares de pessoas, inclusive “cristãs”, procuram viver. Filemom, ainda que fosse um líder maduro, não tinha em si mesmo o dom de ser capaz, de ser feliz sozinho, sem o irmão. Filemom estava precisando de ajuda, orientação, encorajamento e fortalecimento no Senhor; ser lembrado da esperança que professamos; ser reafirmado da necessidade que ele tinha de perdoar, acolher e libertar Onésimo. A presença de Paulo era fundamental naquele momento. Tanto que o apóstolo concluiu a carta dizendo (v. 22): “Além disso, prepare-me um aposento, porque, graças às suas orações, espero poder ser restituído a vocês”.

No caso de as palavras da carta não terem sido suficientes para realinhar a cabeça e o coração de Filemom no evangelho que precisava ser posto em prática, a presença física de Paulo contribuiria tanto mais para que houvesse a liberação do perdão. Filemom precisava do irmão, das palavras e da presença do irmão. Ele precisava de Paulo.

“Eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus”. O apóstolo começa a carta com seu nome (v. 1): “Eu, Paulo”. Esse era o costume ao se escrever uma carta. Iniciava-se pelo nome do remetente. O coração de Filemom deve ter batido acelerado, deve ter sentido um frio na barriga tão logo tenha reconhecido o nome na Carta: “Paulo”.

Paulo era o nobre apóstolo, o responsável direto pela penetração do evangelho em todos os cantos e camadas do mundo greco-romano. Aliás, ele mesmo, Paulo, fora quem levara Filemom a Cristo (v. 19). Portanto, do ponto de vista de sua vasta influência e do que o seu nome representava pessoalmente para quem ele escrevia, o nome de Paulo de alguma forma impulsionava Filemom a ler ansiosamente aquela carta, “Meus Deus, o que ele quer! O que ele escreveu”! Enorme privilégio, ao mesmo tempo que um grande peso, receber uma carta daquele homem Paulo naquelas circunstâncias.

Onésimo já havia sido citado publicamente na carta à igreja em Colossos, “Envio também Onésimo, irmão fiel e amado, que é um de vocês. Ele e Tíquico lhes contarão tudo que tem acontecido aqui”. (Colossenses 4.9). Filemom, portanto, de posse da carta agora endereçada a ele, já deveria ter uma ideia do que se tratava aquele documento.

Podemos imaginar o misto de alegria e de ansiedade batendo forte no coração de Filemom: “Bem, se Paulo já colocou tudo diante da igreja, dizendo que Onésimo é irmão fiel e amado e um de nós, e que juntamente com Tíquico ele trará o relatório do ministério de Paulo, ele só pode estar querendo tratar de minha reconciliação, encorajar que eu perdoe Onésimo. Só pode ser”!

Que situação a de Filemom!

Paulo, já na primeira linha da carta, logo após citar o próprio nome, começa fazendo Filemom se lembrar de algumas coisas a respeito dele que escrevia. Preste atenção (v. 1): “Eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus”.

Em nenhuma outra carta de sua autoria o apóstolo começou com essa descrição. Era costume de Paulo começar suas epístolas destacando o seu apostolado e, portanto, enfatizando a sua autoridade. Assim ele procedeu, inclusive, no caso das cartas pastorais, endereçadas a Timóteo e a Tito. Aquelas eram cartas pessoais, endereçadas não a igrejas, mas a discípulos de Paulo, encarregados de cuidar de igrejas (precisavam, portanto, desse tom de autoridade apostólica os autorizando diante das respectivas igrejas).

Na carta a Filemom, no entanto, Paulo não usa um tom de autoridade. Ele escolhe destacar a sua situação pessoal: “prisioneiro de Cristo Jesus”. Por quê?

O apóstolo estava fazendo um apelo sutil a Filemom. Em outras palavras: “Filemom, se eu, Paulo, estou sob essa duríssima circunstância, preso por causa do nome de Cristo Jesus, se eu abri mão de minha liberdade por causa de Cristo Jesus, você não seria capaz de suportar o que lhe é devido, fazer o que você sabe que deve fazer (perdoar), você não seria capaz de abrir mão de seu orgulho ou do que for necessário para perdoar Onésimo”? Esse é o argumento de Paulo, ao dizer: “Eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus” (v. 1). Ele repete essa ideia lá no versículo 9, com um tom ainda mais comovente: “eu prefiro pedir (que você perdoe Onésimo) com base no amor, eu, Paulo, já velho e agora prisioneiro de Cristo Jesus”.

Além de Filemom 1 e 9, outras três vezes Paulo fez uso em cartas dessa sua situação de “prisioneiro de Cristo Jesus”, e em todas elas ele o fez para sutilmente deixar claro algum propósito específico (Efésios 3.1; 4.1 e 2 e 2 Timóteo 1.8).

Em Efésios 3.1, o apóstolo estava apelando pela unidade entre judeus e gentios na igreja:

Quando penso em tudo isso (a reconciliação de judeus e gentios com Deus em um só corpo, por meio da morte de Cristo na cruz, eliminando a inimizade que havia entre eles, Efésios 2.16). Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios”. (“Oro por vocês, Efésios 3.14).

Em Efésios 4.1 e 2 ele repetiu o apelo de unidade à igreja: “Por isso eu, o prisioneiro no Senhor, peço que vocês vivam de maneira digna da vocação a que foram chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor”.

E em 2 Timóteo 1.8 “Portanto, não se envergonhe do testemunho de nosso Senhor, nem do seu prisioneiro, que sou eu. Pelo contrário, participe comigo dos sofrimentos a favor do evangelho, segundo o poder de Deus”. Paulo fez uso de seu estado para encorajar Timóteo a não desfalecer e se acovardar por causa do medo de se identificar com o evangelho e os presos por causa do evangelho: Em todos esses casos, aos Efésios, à Timóteo e à Filemom, Paulo está, sutil e incisivamente, dizendo a mesma coisa: “Comparado ao sacrifício que estou fazendo, já velho e preso por causa de Cristo Jesus, não seria fácil o que lhes estou pedindo? Efésios, vivam em unidade. Timóteo, tenha coragem. Filemom, perdoe”.

Para conseguir perdoar Onésimo, Filemom precisava das palavras do irmão Paulo, calçadas do exemplo de vida e da abnegação em Cristo Jesus. Todos nós precisamos da presença e das palavras do irmão para conseguirmos perseverar no amor e nas boas obras. Abençoado era Filemom que podia contar com Paulo. É verdade que era duro o pedido que o apóstolo estava fazendo a Filemom, ainda mais colocando a igreja de Colossos inteira como testemunha daquela situação particular (expondo uma situação familiar do líder à igreja); era doloroso passar por aquilo tudo, mas, afinal, como disse o sábio: (Provérbios 27.6 “Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém, os beijos de quem odeia são enganosos”).

São também muito verdadeiras as palavras de Elifaz a Jó (Jó 5.18 “Porque Ele faz a ferida e Ele mesmo a ata; Ele fere, e as Suas mãos curam”.

Paulo, pelo seu exemplo, estava exortando e encorajando Filemom a perdoar.

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