16/04/2017

Páscoa


A primeira Páscoa aconteceu às vésperas da saída de Israel do cativeiro do Egito. Foi a celebração de uma festa familiar, similar aos churrascos que fazemos em casa, a diferença  era que um cordeiro foi assado e comido, acompanhado de um pão sem fermento e uma salada de ervas amarga. Cada família devia se reunir e preparar a sua própria páscoa e sacrificar o seu próprio cordeiro. E tudo deveria ser feito às pressas, pois, logo em seguida Israel iria ser expulso do  Egito, por causa da perda dos primogênitos.

O propósito da Páscoa era servir de memorial para o povo judeu. As ervas amargas trariam à memória o gosto amargo dos anos de cativeiro no Egito. O cordeiro apontava para o Cristo, o cordeiro de Deus que seria sacrificado em um futuro longínquo. A Páscoa destes tempos de pós-modernidade deve ser um evento genuinamente volta do para seu personagem central. Páscoa não é coelhos e ovos ou colombas de chocolates. Seu protagonista é o Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro do Deus Vivo, que se entregou espontaneamente  para morrer  pelos pecados de cada pessoa.

A segunda Páscoa que vamos meditar foi aquela última celebração que Jesus participou, em vida, com seus discípulos. Naquela ocasião ele chegou montado em um jumentinho e encontrou seus discípulos reunidos, discutindo quem seria o menor, para tomar a toalha e lavar a poeira dos pés dos outros. Acontece que não conseguiram chegar a um consenso.

Então, para surpresa de todos, Jesus cingiu-se com a tolha, pegou água, e começou a lavar os pés.  Nesta Páscoa o Senhor partiu o pão, orou, e disse: Isto é o meu corpo que é partido por vós. Depois, Tomou o cálice e orou: Este cálice é o novo testamento no meu sangue que é derramado por vós. Nesta Páscoa não tinha um cordeiro assado, mas ali havia um Cordeiro presente: Era o Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

A Páscoa tem um significado especial para mim.

Assim como o sangue de cada cordeiro sacrificado devia ser pincelado nas umbreiras e na verga das portas das casas dos filhos de Israel, minha liberdade também foi comprada pelo Senhor, pelo sangue de Jesus, o Cristo, Cordeiro de Deus, derramado na cruz do Calvário. Uma porta sem sangue nas umbreiras era um lar sem proteção contra o anjo da morte. Nos dias de hoje, um coração sem Jesus é uma vida escravizada pelo pecado.

E o senhor dos escravos é o diabo. Todo aquele que ama o pecado é escravizado por satanás, o adversário de Deus. E quem é escravo do pecado, mesmo desejando deixar de pecar não tem forças para se libertar das correntes da escravidão. A liberdade do poder do pecado e da vontade incontrolável de pecar só pode vir da decisão do pecador de procurar uma Igreja Evangélica para dizer na presença de todos que deseja aceitar Jesus de todo coração.

Romanos 6.23 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”.

Romanos 10.9 “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.

João 1.11 e 12 “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”.

A Páscoa celebrada na Igreja Evangélica, no que diz respeito à Igreja do Evangelho Quadrangular, onde sirvo, é celebrada de mês a mês com o nome de Santa Ceia (Ceia do Senhor). Ali, solenemente fazemos a leitura apropriada ao evento, depois oramos e partimos o pão, e depois do pão, oramos e tomamos o vinho em um pequeno cálice. O vinho simboliza o sangue de Cristo, o preço de nossa remissão. O pão é o símbolo do corpo de Cristo que foi partido e moído em nosso lugar na cruz do Calvário.

A Ceia, além de ser um memorial, também é a lembrança de um grande evento profetizado por Cristo, de que, um dia, todos os crentes salvos irão se reunir em uma grande Ceia no céu, celebrada pelo próprio Senhor, na presença dos apóstolos  e rodeados de tantos salvos como a areia da praia.
A Páscoa traz em essência o conceito de liberdade. Libertação da escravidão do Egito para o povo judeu, e libertação do poder do pecado e do reino das trevas para cada crente em Cristo. Esse conceito de liberdade deve estar bem claro na mente de cada um. Há leis espirituais complementares que regem os detalhes dessa passagem de um reino para outro.

Para ser livre do pecado é preciso entender que quem garante a nossa liberdade é o Senhor Jesus Cristo. Somos livres não para fazer a nossa própria vontade, mas à dele. E os seus mandamentos não são pesados.

Entender o que significa ter Cristo como Senhor de nossa vida, é ter a disciplina necessária para que, diante de escolhas e decisões, nada deve ser feito sem oração, nem com pressa, mas com o bom senso de esperar para saber o que o querer do Senhor. E para saber qual é a vontade do Senhor, é preciso, no mínimo, ter o coração em perfeita paz, para não decidir errado.

Além de Senhor das nossas decisões e escolhas, Cristo também é nosso Salvador. Foi ele que nos comprou da nossa vã maneira de viver, e nos tirou do  reino das trevas para o Reino da sua maravilhosa Luz.


Sem Cristo, nunca poderíamos ser verdadeiramente livres tanto da escravidão do pecado quanto do egoísmo que costuma habitar em cada um de nós.

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