Além de
atuar na conversão do homem, o Espírito Santo age como dinamizador da vida
cristã. A condição exigida daqueles que desejam ter uma vida cristã autêntica e
levar almas a Cristo é que sejam cheios do Espírito Santo, Atos 4.31 “Depois de
orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus” e Efésios 5.18
“Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher
pelo Espírito”. Vejamos como isto ocorre:
1) O
Espírito Santo capacita a pregar um evangelho que transforma. Enquanto o
pregador fala, o Espírito Santo age no coração do ouvinte, produzindo fé. Não
se pode desvincular o Espírito Santo da pregação. Uma pregação sem a unção do
Espírito é vazia e sem sentido.
1.a) Ao
ouvirem o discurso de Pedro, as pessoas “compungiram-se em seu coração”, Atos
2.37 “Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram
a Pedro e aos outros apóstolos: Irmãos, que faremos?”. As palavras do apóstolo
eram poderosíssimas. Seu sermão tocou os ouvintes e não houve meras reações
emocionais, mas sim mudanças reais e permanentes. Cerca de três mil pessoas se
converteram, fruto da ação do Espírito Santo.
1.b)
Transformações duradouras na personalidade humana só são produzidas pelo
Espírito Santo. Aqueles que são mudados parcialmente, e por um breve período,
não foram trabalhados pelo Espírito de Deus.
2) O
Espírito Santo proporciona o desenvolvimento integral da vida cristã.
2.a) O
cristão torna-se participante de Cristo, hebreus 3.14 “pois passamos a ser
participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à
confiança que tivemos no princípio”. Essa relação entre o crente e o Senhor
Jesus é cultivada pelo Espírito Santo. Cristo é a videira e nós estamos ligados
a ele pelo Espírito, João 15.5 “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém
permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem
fazer coisa alguma”. Esse tipo de comunhão é visto entre os cristãos da igreja
primitiva, Atos 2.42 “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão,
ao partir do pão e às orações”.
2.b) Oração,
fonte de desenvolvimento espiritual. Ela é uma das mais poderosas armas que
temos a nosso dispor, como cristãos. Muitos ensinam que nem precisamos pedir
qualquer coisa a Deus, pelo fato de Ele ter conhecimento de nossas
necessidades. Mas Jesus ensinou os discípulos a orar, Mateus 6.6 a 9 “Mas
quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está
no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará. E quando orarem,
não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam
que por muito falarem serão ouvidos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai
sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem”. Pela oração e pela
súplica, nossas petições devem ser conhecidas diante de Deus, Felipenses 4.6
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e
com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus”. O Espírito nos presta
auxílio na prática da oração, levando-nos a orar segundo a vontade de Deus,
Romanos 8. 26 e 27 “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois
não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito,
porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus”. 1
João 5.14 “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se
pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve”. A igreja nos
dias dos apóstolos vivia em constante oração, Atos 2.42 “Eles se dedicavam ao
ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações”. Por isso era
fortalecida e dinâmica; seu testemunho causava impacto na sociedade e gerava
milhares de conversões.
2.c) Direção
pela palavra, João 16.13a “Ele vos guiará em toda a verdade”. Jesus refere-se
ao espírito como “Espírito de Verdade”. Uma de suas tarefas é guiar o crente em
toda a verdade. O Espírito Santo possibilita ao crente compreender as
escrituras, recebendo delas direção para sua vida. Ele age como iluminador da
palavra que ele mesmo inspirou, 2 Timóteo 3.16 “Toda a Escritura é inspirada
por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a
instrução na justiça”.
Muitos erros
e confusões existem em nossos dias no tocante à personalidade, às operações e
às manifestações do Espírito Santo. Eruditos conscientes, mas equivocados têm
sustentado pontos de vista errôneos a respeito dessa doutrina. É vital para a
fé de todo crente cristão, que o ensino bíblico a respeito do Espírito Santo
seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções.
Pré-pentecostal,
O Espírito Santo preexistia como a terceira pessoa da divindade, e nessa
qualidade esteve sempre ativo, mas o período que antecedeu ao dia de pentecoste
não foi à época de sua atividade especial. O período do antigo testamento foi
de preparação e espera.
Encontramos
uma notável diferença existente em Suas ministrações no Antigo e no Novo
testamento. Ele é referido por 88 vezes no Antigo Testamento. E mais da metade
desse número de vezes somente no livro de Atos, enquanto que em todo o Novo
Testamento ele é mencionado mais de 03 vezes para cada referência que lhe é
feita no Antigo Testamento.
Durante esse
período pré-pentecostal, o Espírito descia sobre os homens apenas
temporariamente, a fim de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os
quando essa tarefa ficava terminada.
Pós-pentecostal,
este período que se estende do dia de pentecoste até os nossos dias pode
legitimamente ser chamado de dispensação do Espírito. Após o dia de pentecoste,
por meio do Espírito Santo, Deus veio para habitar nos homens. Ele vem para
permanecer. O dia de pentecoste marcou o raiar de um novo dia nas relações
entre o Espírito Santo e a humanidade. Ele veio para habitar na igreja. A
igreja, o verdadeiro corpo de Cristo, habitado pelo Espírito Santo de Deus, é
tão indestrutível como o trono de Deus.
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