16/11/2017

Enviando testemunhas: Quem, onde e quando


Atos 13.1 a 3 “E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, Cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram”

Introdução

Não é necessário ser um matemático para perceber que há algo errado com os números abaixo:
Campos já alcançados onde há pleno testemunho do evangelho e Igreja autóctones: População: 2.900.000.000 - Força de trabalho: 97% dos obreiros evangélicos mundiais.

Campos não alcançados onde não há qualquer testemunho do evangelho e/ou Igrejas autóctones com for expressão social: População: 2.800.000.000 - Força de trabalho: 3% dos obreiros evangélicos mundiais.

Por que 97% dos obreiros evangélicos mundiais atuam na meta já alcançada do nosso planeta, enquanto apenas 3% atuam na metade não alcançada? Creio que é um problema vocação. Ou cremos que Deus vocacionou 97% para os alcançados somente 3% para os não alcançados ou então cremos que há milhares de vocacionadas trabalhando no lugar errado. Se admitimos esta segunda hipótese concluiremos então que há hoje por todo o Brasil milhares de membros de igrejas, carpinteiros, estudantes, pedreiros, negociantes, gerentes de banco, aposentados, funcionários públicos, presbíteros, diáconos, pastores, profissionais liberais e outros que no coração de Deus foram chamados para a obra do Senhor em campos distantes mas estão tomando navios em direções contrárias a Nínive.

Exposição

1 - Quem são as testemunhas

Todos os salvos em Jesus Cristo são testemunhas do Senhor, chamados a propagar o seu evangelho dentro do contexto do Marcos 16.15. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
A expressão “Ide” na verdade poderia ser mais literalmente traduzida por “indo”. Isto leva-nos a duas pequenas conclusões: Que o real imperativo (e ênfase) do versículo não é o “ide” mas sim o “pregai”; que o “ide por todo o mundo” não é uma ordem para você sair do Brasil e ir para a China, por exemplo, mas literalmente dá a idéia de “por onde você estiver indo”.

Sem dúvida é uma ordem a todos os salvos para proclamarmos a mensagem do evangelho por onde estivermos indo. Todos somos chamados a isto (1 Pedro 2.9 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”).

Porém, no Novo Testamento há chamados especiais do Senhor a pessoas específicas para ministérios também específicos. E dentre estes (apóstolos, pastores, profetas, evangelistas, mestres) o Senhor separou alguns para o ministério transcultural como Barnabé e Paulo que depois se intitulou “apóstolo dos gentios”.

Paulo expressou este chamado específico na carta aos Gálatas quando afirmou: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela Sua graça, aprouve revelar seu filho em mim para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença não consultei carne e sangue...” (Gálatas 1.15 e 16 “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue”).

E falando sobre o caráter do seu ministério escreve: “esforçando-me deste modo por pregar o evangelho não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Romanos 15.20 “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio”).
Portanto é certo que como o Senhor chama e vocaciona pastores para cuidarem do seu rebanho, também chama e vocaciona evangelistas para plantarem suas Igrejas, seja aqui ou nos confins da terra.

2 - Como serão reconhecidas

Um problema básico (e sério) na Igreja do Senhor é reconhecermos os que realmente estão sendo chamados. Olhemos portanto para uma igreja que há quase 2.000 anos passados possuía centenas de membros e alguns profetas e mestres, Esta igreja ficava na cidade de Antioquia e em Atos 13.1 a 3 temos um relato sobre o discernimento destes irmãos perante os que foram “separados” pelo Espírito Santo para a obra missionária transcultural.
O v.1 fala a respeito de alguns dos principais líderes desta igreja, dentre eles Barnabé e Paulo; e o v.2 se inicia com um verbo que dá toda a força a este pequeno texto: “E servindo eles ao Senhor...”.
O que faziam eles para serem reconhecidos pela Igreja como homens dignos de serem enviados? “Serviam”!

No Novo Testamento há pelo menos 3 formas de se servir:

2.1 - Como “diákonos” (o serviço à comunidade e serviço social);
2.2 - Como “doulos” (o serviço diretamente ao Senhor escravo);
2.3 - Como “Leitourgos” (o serviço litúrgico ligado ao culto, edificação da Igreja ou à vida devocional).

No nosso texto o termo usado no original diz respeito justamente à terceira forma apresentada: eles serviam como “Leitourgos” e isto faziam “ao Senhor”: eles eram santos, o povo notava isto e suas vidas e ministérios. Edificavam o povo. Creio estar aqui a principal característica que servirá para direcionar a Igreja quanto aos que alegam o chamado do Senhor: serem santos, terem vidas aos pés do Senhor, serem “abençoadores”.
No v.2 vemos que não é a Igreja quem chama tais servos, é o Espírito Santo. “...disse o Espírito Santo: separai-¬me agora a Barnabé e a Saulo...” e no v.3 vemos o papel da Igreja, “impondo sobre eles as mãos”, significando o compromisso da Igreja com tais servos; e “os despediram” ou seja, eles foram chamados pelos Senhor, separados pelo Espírito Santo e enviados pela Igreja local; eles, Barnabé e Paulo, o melhor que a Igreja tinha. Isto é Missões.

3 - Para onde serão enviadas

A Igreja Brasileira precisa ter uma visão do mundo pelo simples fato de que esta é a visão de Deus. Comumente nossa visão “acha-se” em torno daquele país ou povo com o qual temos maior afinidade: conhecemos missionários que ali trabalham, sabemos de detalhes sobre a língua, cultura, política etc. Não podemos ter apenas visão de África ou Ásia; é necessário termos visão do mundo! Buscarmos sempre as novas fronteiras, os povos ainda ocultos, os grupos de resistência e os bolsões ainda intocados pelo evangelho; não nos conformarmos com o envolvimento atual e restrito da Igreja: precisamos de mais, sempre mais, até o último povo.

Gostaria de enfatizar, porém, que é necessário olharmos de forma especial para os 8.000 PNAs (Povos não Alcançados) espalhados pelo mundo. Creio que a síntese de Paulo a este respeito em Romanos. 10 expõe a crise de tais povos: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: quão formosos são os pés dos que anunciam cousas boas” (Romanos 10.13 a 15 “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”).

3.1 - Ele fala da salvação para todo que invocar o Senhor;
3.2 - Não se pode invocar sem crer;
3.3 - Não se pode crer sem ouvir;
3.4 - Não se pode ouvir se não há quem pregue;
3.5 - Não se pode pregar se não há quem envie.

A imagem na mente do apóstolo, sem dúvida, é daqueles que ainda não ouviram: os povos não alcançados; e creio ser explícito na teologia Paulina a prioridade de tais povos no ministério da Igreja.

Conclusão

Passos para o envio de missionário (Algumas sugestões):

1 - Formação de obreiros de acordo com a realidade do campo a ser atingido;

2 - Despertamento e conscientização da igreja para um envolvimento integral, pessoal, financeiro e espiritual, com o obreiro ou projeto missionário.

3 - Contato com prováveis agências missionárias no campo em questão para traçar um perfil do “modo de vida” dos obreiros a ser enviados;

4 - Providenciar documentos: passaportes, vistos, vacinações, permissões especiais etc.;

5 - Analisar a melhor forma de recolher e enviar o sustento financeiro;

6 - Votar um sustento realista. Lembrar-se de despesas adicionais como “imposto a estrangeiros”, passagens, vistos, taxas para permissões especiais de residência, circunstâncias especiais para educação dos filhos etc.;

7 - Providenciar o material básico a ser levado pelo obreiro ao campo em questão. Um “enxoval missionário” para regiões de difícil acesso deve conter itens tais como barraca, coletes salva¬ vidas, sacos de dormir, bússola, ferramentas, remédios e material de primeiros socorros etc. Em geral todo missionário, urbano, rural ou tribal necessitará de apoio quanto à formação de uma boa biblioteca pessoal.

8 - Estabelecer o modo mais fácil de contato entre Igreja local e o obreiro questão. Solicitar informações mensais ou relatórios periódicos.

9 - Definir a sistematização do envio deste(s) missionário(s), através da Junta de Missões de sua denominação, em convênio com uma Agência Missionária como integrante de um projeto missionário já estabelecido naquela região, como profissional liberal com contrato com alguma instituição governamental ou particular no país em questão etc.


10 - Estabelecer critérios de assistência pastoral quanto aos missionários e suas famílias, por parte da Igreja. Lembrar-se de que grande parte dos missionários é de mulheres solteiras que necessitam de apoio pastoral condizente com seu chamado.

15/11/2017

Financiando missões


Inglaterra, século XVIII. Um sapateiro e pregador leigo chamado William Carey sente-se chamado para o trabalho transcultural na Índia. Após muito trabalhar, Carey conseguiu comprar as passagens e embarcar para o sul da Índia numa viagem de 5 meses de navio, juntamente com sua esposa Doroty e cinco filhos, o menor com apenas 3 meses de vida. Permaneceu trabalhando naquele país durante 41 anos, traduziu a Bíblia inteira para o bengalês, sânscrito e marathi e o Novo Testamento para várias outras línguas; fundou escolas cristãs, foi usado na conversão de grande número de hindus e na formação de várias Igrejas, além de discipular muitos pregadores nativos.

Sem dúvida ele impactou a Índia com a mensagem do evangelho. Porém, nestes 41 anos de trabalho o que poucos sabem é que ele e sua família tiveram tempos críticos: doenças, mortes, fome e falta de um teto onde dormir; e isto pela falta de sustento financeiro por parte das inúmeras Igrejas inglesas. Entretanto foram as ofertas de duas idosas viúvas e sua capacidade de “fazer tendas” por onde passava que garantiu sua sobrevivência e ministério.

Hoje ele é chamado de “o pai das Missões modernas”, porém durante a sua vida, foram apenas poucas pessoas que reconheceram em seu entusiasmo a vontade de Deus em alcançar aquele país.

1 - Princípios bíblicos

Certa vez, durante uma palestra sobre Missões numa pequena Igreja um presbítero se levantou com bastante sinceridade e disse:
“Isto tudo é impressionante, porém nossa Igreja é pequena demais para participar. Nós não temos muito dinheiro”.

1.1 - A questão central não é quanto se tem para dar (se somos ricos ou pobres), mas a disposição de dar. No Antigo Testamento o dízimo estava em evidência e não creio que 10% do muito eram diferentes de 10% do pouco para Deus. O próprio Jesus olhando para a oferta da viúva pobre ressaltou esta diferença (Marcos 12.41 a 44).
A Obra missionária não está baseada na abundância mas na disposição de darmos mediante o que temos.

1.2 - O pré-requisito para um envolvimento financeiro é um envolvimento pessoal com a obra financiada. Falando dos crentes da Macedônia, Paulo registra:
“Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários... E não somente fizeram como nós esperávamos, mas deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor...” (2 Coríntios 8.3 e 5).
O compromisso com o Senhor e a visão da obra a ser realizada deve dar-se antes de qualquer envolvimento financeiro. Enviarmos dinheiro para Missões sem estarmos envolvidos com tal obra não é o ideal de Deus.

1.3 - Quanto se deve dar talvez esteja elucidado em dois textos:
Em Atos 11.29 a Igreja de Antioquia deu “conforme o que possuíam” (ou “conforme as suas posses”) ou seja: de acordo com o que tinham eles ofertavam. Sem dúvida este princípio deve nortear também nossas contribuições.

Em 2 Coríntios 8.3 Paulo registra que os crentes macedônios deram “na medida de suas posses e mesmo acima delas” (ou “mais além das suas forças”, tradução livre). Isto indica que, pela intensa necessidade da situação eles se dispuseram a dar até mais do que suas posses possibilitariam. Um passo de fé.

1.4 - Padrões gerais de sustento no Novo Testamento.
É necessário entendermos também que missionários de tempo integral necessitam de sustento. Sem dúvida os missionários informais que fundaram a Igreja em Antioquia possuíam sustento próprio; porém tomaremos o molde de Paulo.

Ele e Barnabé foram enviados pela Igreja de Antioquia (Atos 13.1 a 4) e esta deve te-los sustentado.
Paulo narra que recebeu também ajuda da Igreja de Filipos (Filipenses 1.5; 4.15 a 18) e também de outras Igrejas na Macedônia (2 Coríntios 8.1 a 3).
Ele incentivou a Igreja de Corinto a fazer o mesmo (2 Coríntios 8.6) e também pensava que a Igreja de Roma pudesse ajuda-lo em seu trabalho na Espanha (Romanos 15.22 a 24).

1.5 - A quem sustentar
Creio que as Igrejas locais devem sustentar obreiros que tenham primeiramente “ministrados” à Igreja, ou seja, compartilhado com a Igreja sobre suas convicções ministeriais, sua vocação e chamado como também de suas expectativas do campo. Vemos evidência disto na vida do apóstolo, pois ao retornar de sua primeira e segunda viagem missionária ele passou algum tempo com a Igreja que o enviara, narrando o que Deus estava fazendo através dele (Atos 14.27 e 28, e 18.22 e 23).
Vemos também em Atos 13: 1 a 3 que Paulo l”ministrava” à Igreja antes de ser enviado pela mesma ao campo gentílico. Também quando pensou em ser ajudado pela Igreja romana em seu ministério na Espanha escreveu expressando que tencionava antes ministrar à Igreja (Romanos 1.11, 1.6 e 7). 

Vocação acima do sustento.

Devemos porém ter em mente que aqueles que são realmente vocacionado para a obra do Senhor se envolverão com tal obra sendo sustentados pelos irmãos ou tecendo seu próprio sustento quando este faltar. Paulo ganhou seu sustento também fazendo tendas (Atos 18.2 a 4; 2 Tessalonicenses 3.7 e 8) o que também leva-nos a crer na importância do missionário ter algum preparo em cursos técnicos ou universitários.

2 - Padrões gerais de sustento missionário em outros países

Há alguns exemplos contemporâneos que gostaria de narrar afim de que víssemos o que tem sido feito em nossos dias para propiciar o sustento missionário.

2.1 - No noroeste africano as pequenas Igrejas tribais plantam campos de arroz coletivamente. Quando 5 ou 6 campos são plantados eles separam o melhor deles para “Missões”. O arroz produzido aquele campo é vendido e enviado a crentes que habitam em outras tribos com o intuito de levar até ali o evangelho.

2.2 - No sul da Índia há o costume de famílias de missionários serem “adotadas” por um grupo de famílias de uma determinada região que os sustentam de acordo com o seu padrão médio de vida.

2.3 - Na China vários crentes separam uma árvore em seu pomar, um dia de trabalho por semana ou uma galinha em seu galinheiro onde o lucro é destinado ao trabalho missionário.

2.4 - Na Indonésia algumas aldeias criaram o “dia da oferta” e todos naquele dia trazem parte da colheita afim de enviarem e sustentarem seus missionários.

2.5 - Em Portugal uma pequena Igreja no Porto desenvolve um projeto escolar no templo ajudando a comunidade local e destinando o lucro para o sustento de projetos missionários nacionais e transculturais.

2.6 - Algumas Igrejas coreanas defendem que, havendo fidelidade nos dízimos, a Igreja local ver-se-á sempre em condições de sustentar condignamente a obra missionária proposta.

3 - Sugestões práticas às igrejas envolvidas com o sustento missionário

3.1 - Reservar espaço no boletim da Igreja para a cotação do dólar ou da moeda na qual é feita remessa do sustento missionário a fim de conscientizar a comunidade sobre o montante a ser enviado;

3.2 - Conscientizar a Igreja que a contribuição financeira é parte do seu envolvimento com a obra transcultural; a intercessão, correspondência, interesse e apoio também fazem parte deste envolvimento.

3.3 - Separar alguns minutos nos cultos para o “espaço missionário” onde serão lidas cartas e relatórios dos missionários com os quais a Igreja se envolve e também manter a Igreja informada sobre estes e outros campos:
Localização e população; Grupos étnicos e línguas; Religião e numero de cristãos; Barreiras para o evangelismo e meios de alcançá-los; Presença de missionários ou agências missionárias;

3.4 - Fazer um Mural para “Missões Transculturais” e além de cartas e circulares de missionários com os quais a Igreja está envolvida mantenha regularmente ali um resumo informativo sobre campos necessitados e também um resumo das principais notícias internacionais da semana (jornais/telejornais) afim de que a Igreja entenda que modificações políticas, guerras, fomes, secas, aberturas políticas etc., alteram profundamente o trabalho missionário em tais regiões.

3.5 - Lançar desafios específicos à Igreja com respeito ao envolvimento financeiro com tal obra. Lembrar que uma Igreja não precisa necessariamente sustentar sozinha um missionário, mas pode contribuir com parte do seu sustento. É melhor votar algo que possa arcar com fidelidade.

Conclusão

O sustento de missionários não é a única forma de a Igreja envolver-se com missões transculturais. 
Há também outras como:

Envio de Bíblias na língua nativa para povos sem acesso à Palavra;
Envio de revistas e livros evangélicos às Igrejas em países com dificuldades na área de literatura;

Envolvimento com projetos específicos no campo transcultural como construção de seminários, clínicas, escolas etc. Além de sustento de projetos com tempo limitado como projetos de férias e outros.

14/11/2017

Estruturando igrejas como celeiros missionários


Romanos 15.25 a 29 “Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais. Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha. E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo”.

Introdução

Ate aqui creio que começamos a entender que missões transculturais é responsabilidade das igrejas locais. Nas duas épocas históricas em que Cristo mais foi propagado no mundo, tal aconteceu a partir de igrejas locais: A igreja Nestoriana no mundo oriental e a igreja Moraviana em todo o mundo conhecido da época.

Os Moravianos começaram seu ministério transcultural no século 18 com dois jovens que sentiram-se chamados para evangelizar uma pequena ilha na costa oeste da África. Aquela porém, era uma “ilha de escravos” onde nativos africanos trabalhavam forçosamente em minas até a morte. Não vendo outra forma de chegarem até aquele lugar estes dois jovens venderam-se com escravos e falando longamente acerca de Cristo. Muitos se converteram, porém, eles nunca mais foram vistos pelos seus.
A igreja que ficou começou a orar por eles e enviaram muitos outros a tantos outros lugares. E durante 120 anos esta igreja moraviana realizou uma corrente de oração pelos povos não alcançados ininterruptamente. Fizeram de tal forma que a qualquer momento, de dia ou de noite, havia alguém no pequeno templo de joelhos dobrados rogando ao Senhor pelo mundo sem Cristo e durante estes anos esta pequena igreja enviou mais missionários ao mundo do que todo o cristianismo, desde o século 17.

Desta forma o evangelho foi espalhado pelo mundo em locais que a cada dia são descobertos, e nos surpreendem. Com certeza teremos ainda muitas surpresas devido a esta pequena igreja que, movida pela palavra, resolveu orar e enviar missionários transformando-se no maior “Celeiro Missionário” de todas as épocas.

Exposição

1 – Exposições bíblicas:

Para estruturarmos igrejas como celeiros missionários é necessário entendermos, antes de mais nada, que um despertamento missionário não acontece através de informações da necessidade mundial, ou de exposições históricas de exemplos missionários, ou ainda de sessões de “slides” sobre o campo, com apelos entusiastas.

O despertamento missionário ocorre em uma igreja quando a palavra do Senhor é exposta. É esta Palavra que, gerando fé, sensibiliza os corações transformando pedra em carne (Jeremias); a mesma Palavra que produz interesse e paixão pelas almas perdidas(Paulo dores de parto), que incomoda as vidas infrutíferas (Saulo perseguidor); que impulsiona a igreja a ser pratica em seu envolvimento com a obra; que chama vocacionados; que desperta ministérios; que da os valores de Deus e leva a igreja até onde vai a visão do Senhor: até os confins da terra.

2 - Oração

Algo que move a igreja paralelamente à exposição bíblica é a oração. Jesus Cristo não era um idealista ou demagogo; era prático e realista e certa vez Ele disse aos seus discípulos: “A seara na verdade é grande, mas poucos são os trabalhadores. Rogai pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara”(Mt 9.37,38).

Por que Ele diria Isto? Com certeza porque era prático, funcional, realizável. Deus enviaria trabalhadores se nós rogássemos. E creio que eles rogaram e santos homens após eles também; e durante toda a história da Igreja creio que homens foram levantados e seguiram para a seara, talvez em resposta às orações de Pedro, Paulo, Barnabé e tantos outros após eles.
Orar dá certo! Gostaria de fazer algumas sugestões práticas nesta área:

2.1 - Levem informações específicas sobre o campo missionário ou sobre os missionários pelos quais irão interceder nas reuniões de oração;

2.2 - Sejam práticos na intercessão. Vou lembrar alguns pontos que devem ser explorados quando orarem.

Com respeito as nossas igrejas:

A - Edificação espiritual das Igrejas fracas e débeis;
B - Despertamento missionário envolvendo todos os membros;
C - Consciência e visão missionárias aos pastores e líderes;
D - Pessoas chamadas e vocacionadas para serem enviadas aos campos carentes;
E - Fidelidade das Igrejas no sustento financeiro;
F - Uma visão de prioridades: almas são mais importantes que templos ou bancos.

Com respeito ao campo missionário, antes de intercedermos é necessário:

A - Termos informações precisas sobre a realidade do país ou do povo pelo qual iremos orar; Situação e necessidades sociais, políticas e especialmente espirituais;
B - Localização e contexto no qual vivem e aspectos culturais importantes;
C - Esforço missionário ativo naquele país ou povo.

Com respeito aos missionários, após personificar (conheça o máximo sobre aqueles pelos quais você irá interceder), alguns pontos principais para a oração:

A - Saúde física, intelectual, espiritual e emocional;
B - Sustento financeiro necessário para suas necessidades;
C - Apoio familiar e da Igreja local;
D - Adaptação à região e condições de vida
E - Discernimento sobre problemas culturais, costumes, cerimônias etc.;
F - Sabedoria para o trabalho lingüístico, cultural e especialmente para a comunicação do evangelho evitando confrontos desnecessários à cultura que o recebe;
G - União da família;
H - Acolhimento da Igreja e familiares durante férias;
I - Conservação íntegra da vocação perante as provações;
J - Frutos. Por bênçãos sobre o seu ministério seja em plantio de Igrejas, apoio missionário, saúde, educação etc.
K - Pela formação espiritual, social e acadêmica de seus filhos.

3 – Conselhos missionarios

Conselho missionário é um grupo de pessoas, membros da igreja local que se agrupam com o fim específico de promover o envolvimento prático e funcional da Igreja com Missões. Independente da fórmula que usem creio ser importante a participação do(s) pastor(es) e alguns líderes reconhecidos pela Igreja em tal grupo.

A formação de conselhos missionários tem sido uma bênção em várias Igrejas e, em geral, com as seguintes finalidades:

3.1 - Promover estudos, palestras e encontros com o fim de despertar a Igreja para Missões com profundidade bíblica;

3.2 - Colher informações sobre os campos missionários e sobre os próprios missionários, informando sempre à Igreja sobre tais trabalhos tendo em mãos cartas ou relatórios de diferentes campos;

3.3 - Levar a Igreja a interceder por Missões, enfatizando motivos personificados, específicos, citando lugares, nomes, números etc.;

3.4 - Promover a vinda de missionários à Igreja, fazendo com que a mesma conheça as diferentes realidades do campo missionário e a realidade de vários campos no mundo;

3.5 - Criar um “espaço missionário” nos cultos. Se Missões fazem parte da vida da Igreja deve também fazer parte da liturgia da Igreja;

3.6 - Promover encontros sobre “Conscientização missionária” com líderes da Igreja, afim de se debater sobre o que seria mais prático para a Igreja realizar na área de Missões;

3.7 - Ser um “crivo” que condensa e envia sugestões práticas de envolvimento missionário em âmbito de comunidade para a liderança executiva da Igreja tais como: adoção de grupos étnicos específicos e/ou missionários para intercessão, envolvimento financeiro ou apoio pessoal etc.;

3.8 - Promover palestras e estudos sobre vocação missionária a toda a Igreja crendo que Deus responderá o “rogai ao Senhor da seara” a partir de sua Igreja local;

3.9 - Incentivar a formação de uma classe de Missões e grupos de estudo;

3.10 - Incentivar a leitura de livros que tratam de Missões por toda a Igreja;

3.11 - Investir na “formação missionária” do(s) pastor(es) e líderes locais possibilitando-lhes participar de eventos missionários, visita a campos transculturais etc.

Garantir a fidelidade de intercessão, apoio pessoal e sustento financeiro, àqueles sobre os quais a igreja impõe as suas mãos e envia.

Conclusão

Há vários motivos Bíblicos para realizarmos a Obra Missionária Transcultural. Permitam-me citar rapidamente alguns:

1 - É ordem de Jesus - “Fazei discípulos de todas as nações”. Se o “Campo é o Mundo” e nós somos a “Luz do Mundo”, qualquer visão menor que o mundo estará fora da visão de Deus.

2 - A volta de Jesus - A volta de Cristo é outra grande motivação bíblica para fazermos Missões, “esperando e apressando a vinda do dia de Deus” (2 Pd 3:12). Mateus 24:14 ensina-nos que o “fim” não virá até que o evangelho do reino seja pregado por todo o mundo “em testemunho a todas as nações”.

3 - Paixão pelas almas “Como ouvirão se não há quem pregue?” De todos os obreiros evangélicos no mundo, cerca de 97% atuam entre os 16.000 povos já alcançados; realizam um trabalho importante no Reino de Deus, entretanto apenas 3% de todos os obreiros mundiais atuam hoje entre os 8.000 não alcançados pelo evangelho.

Pelo menos 1,5 bilhão de pessoas vivem sem qualquer testemunho do evangelho; há vários países como Mauritânia e Saara Ocidental, com a média de 1 crente para cada 3.000.000 de pessoas; há ainda outras regiões como no Oriente Médio onde testemunhar a Cristo implica em sentença de morte e regiões com mais de 3.000 pessoas que vivem totalmente isoladas da civilização exterior (povos ocultos), sem qualquer contato com o evangelho.

O mundo precisa ouvir a mensagem do evangelho e isto é um bom motivo para fazer Missões. (Rm 15.25-27).

Estes são três bons motivos para enviarmos missionárias aos povos além fronteiras, entretanto creio que a principal motivação para a Obra Missionária Transcultural encontra-se em Romanos 16.25-27 quando o apóstolo, encerrando esta carta de grande profundidade missiológica, diz: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho” (fala de Deus), “conforme a revelação do mistério” (o mistério é o Messias prometido a todos os povos), “e foi dado a conhecer por meio das Escrituras Proféticas” (este é o meio de Revelação), “segundo o mandamento do Deus eterno” (este é o meio de Eleição), “para a obediência por fé” (este é o meio de Salvação), “entre todas as nações” (isto é Missões).

Mas qual é o motivo para todo este plano divino que visa a redenção de todos os povos? Qual o principal motivo para se fazer Missões?

“Ao Deus único e sábio seja dada glória...”

É a Glória de Deus!

Este é o maior e mais importante motivo para entregarmos nossos filhos à obra de evangelização mundial; para financiarmos ação missionária transcultural; para intercedemos, empreendermos esforços, lutarmos com todo o nosso ser para que as nações ouçam de Jesus: A glória de Deus!
Somente olhando para a glória de Deus é que entenderemos os mártires, as lutas, os sacrifícios, as vitórias e chamados missionários. Deus tem levantado um povo na terra para erguer-se em Seu Nome, proclamar ao mundo o Messias prometido, a todas as etnias revelar-lhes as Escrituras Proféticas, falar-lhes do seu mandamento eterno levá-los à obediência por fé e isto a todas as nações, motivados por um desejo profundo, chocante e inenarrável de Glorificar o Seu Nome.

A Glória de Deus é a chama que acenderá o ardor missionário no coração da Igreja de nossa geração (Adaptado do Livro “Entre todos os Povos”, com a devida autorização do autor).

Pontos para discutir:

1 - “Missões Transculturais é responsabilidade das Igrejas Locais”?

2 - Qual a importância da oração para missões?


3 - Como estruturar um Conselho Missionário em minha Igreja?

13/11/2017

Evangelho, uma proposta transcultural


Texto básico: 1 Coríntios 9.18 “Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho”

Introdução

É profundamente preocupante a posição de Missões dentro da Igreja Evangélica Brasileira. Este tema, Missões, tem sido debatido em congressos, expostos em palestras e discutido nas Igrejas. Porem preocupa-me a possibilidade deste tema estar se tornando em grande parte um mero ‘’modismo’’ em nosso meio.

‘’Modismo’’ é algo que causa um grande agitamento em determinadas épocas, porém, não possui raízes e nem deixa marcas. E pior: é improdutivo.
Somente de aborígenes, ainda não alcançados pelo evangelho, possuímos no mundo hoje cerca de 300 milhões. Isto é quase o dobro da população brasileira. Perante isto devemos indagar:

1 - Onde estão os que têm se levantado para ir, movidos por uma ardente paixão pelas almas?

2 - Onde estão os que têm se levantado, dispostos a se desgastarem para levar o evangelho até o ultimo povo perdido sobre a terra?

3 – Onde estão os crentes de corações vibrantes que desejam se envolver?
Necessitamos compreender que não fazem Missões com sensacionalismo, quando ficamos comodamente sentados nos bancos de nossas igrejas emocionados com narrações românticas do campo missionário. O mundo necessita mais de trabalho do que de lagrimas. Quando entendermos isto talvez passemos a nos importar mais em alcançar almas e menos em construir templos. E, neste dia também, descobriremos que milhões já morreram sem conhecer o Evangelho, enquanto nos ainda não sentíamos a urgência da proclamação; e então choraremos, porque para eles é tarde demais.

Exposição

1 - Evangelho: Recipiente dos Valores de Deus Para a Igreja Germinante

O ponto central da Missiologia do N.T é o Evangelismo.
O evangelismo é o ato de proclamar o evangelho (Euangélion), ação esta realizada pelo evangelista (Euangelistes). Vamos, portanto analisar e entender melhor este Evangelho, já que ele é o conteúdo do Evangelismo.

Voltemos há cerca de 2.000 anos no tempo, especificamente na região da Palestina, nos lugares onde Cristo passaria. Imagine um homem forte, vestido de peles de camelo, sandálias gastas, barbas sujas, cabelos longos, carregando em sua bolsa apenas um pouco de mel. Seu nome era João Batista e ele prega ao povo. Seus sermões eram duros; ele falava sobre o “fogo consumidor”, o “machado posto à raiz das arvores” e da “palha queimada em fogo inextinguível”, durante seus apelos ele usava termos fortes como “raça de víboras”.

De repente aparece perante o povo outro homem, vestido simplesmente, rodeado por um grupo de homens também simples e com uma voz suave. Era Jesus. Ele, ao contrario de João, vem falando sobre “boas novas” (evangelho) e “boas novas do reino”. Sua mensagem é estranha; ele vem falando sobre uma forma diferente de viver, uma forma “evangélica”. Uma vida em que o marido não domina sua esposa, ama-a;na qual o perseguido ano odeia aquele que o persegue, antes ora por ele; em que o líder cristão não exerce domínio sobre seu rebanho, mas serve-o; em que a comunidade dos santos não organiza revoluções contra as más autoridades, porem, intercede por elas; em que o menor é o maior, em que morrer é um ganho; na qual só se tornam fortes os que reconhecem a fraqueza; em que se obriga a andar uma; em que não há apego a este mundo, pois todos são peregrinos; na qual a terra natal é desconhecida, a garantia é uma promessa e só alcança a vida de quem primeiro morre. Isto é Evangelho, um recipiente de valores a um povo, os “do caminho”.

E dentro dessas pregações Jesus enfatizava muito o “reino” e até quando falava sobre Evangelho, falava sobre o “evangelho do reino”. Há uma ligação entre duas coisas que veremos depois. Porém, o mais importante agora é entendermos que o Evangelho nos primeiros séculos era um “recipiente dos valores de Deus, os quais reivindicavam um modo transformado de vida”. Era pratico.
Homens ricos paravam de roubar devolveram o dinheiro até quatro vezes mais aos que foram por eles ludibriados; mulheres adulteras largavam suas vidas de promiscuidade e transformavam-se instantaneamente em testemunhas; pescadores largavam suas redes para seguirem um carpinteiro de Nazaré; muitos vendiam tudo o que tinham para distribuírem entre os que nada possuíam; milhares morriam crucificados ou queimados por se recusarem a negar ao seu Senhor, que nunca havia visto a face a face. Isto é vida pratica!!!

Infelizmente, após os séculos, ser “evangélico” passou a significar apenas um estado denominacional. Gostaria, portanto que entendêssemos que o Evangelho, desta forma, não era apenas “boas novas”, “boas noticias”, mas “boas novas que reivindicam um modo de vida transformado, segundo os valores de Deus”.

1 - Evangelho: cumprimento da promessa

Há duas coisas que necessitamos entender aqui sobre o Evangelho, antes de chegarmos ao ponto principal.

Sua procedência: No N.T. confrontamo-nos repetidas vezes com a apresentação do Evangelho como 
“evangelho de Deus”, apontando para a procedência do evangelho, ou seja, ele não é invenção humana, mas sim uma revelação divina.
Seu conceito: Em 1 Coríntios 9.18, quando Paulo expressa que “evangelho” entendemos a principio que o conteúdo do evangelismo é o evangelho. Mais adiante, no capitulo 15 da mesma carta, Paulo fala à igreja sobre o evangelho que vos anunciei “(v.1) e no verso 3 ele começa a narrar sobre este evangelho dizendo:
“... Que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia...” ou seja, Jesus Cristo é o próprio evangelho! Desta forma, começamos a entender que o conteúdo do evangelismo é o evangelho e o conteúdo do evangelho é Jesus Cristo.
Creio que agora podemos expor o ponto principal deste tema: a promessa na qual entenderemos a perspectiva transcultural deste evangelho. Veja bem: Promessa N.T é o termo grego “EPANGELIA” o qual possui um sentindo literal de “prometer com antecedência” ou “criar expectativa pela mensagem” o que tem isto a ver com Missões? Vamos ver o texto de Paulo aos Romanos 1.1 a 3. Este texto fala sobre três pontos enfáticos:

Paulo foi “separado para o evangelho de Deus” (refere-se ao seu ministério).
Este evangelho foi “por Deus outrora prometido por intermédio dos profetas” (mostra que havia uma promessa sobre o evangelho).

Este evangelho prometido diz respeito ao “Seu Filho” (Jesus Cristo é o conteúdo deste evangelho).
Paulo, portanto, iniciam Romanos falando da Promessa e seu comprimento: Jesus Cristo. Se esta promessa é “Expectativa do Evangelho” e o conteúdo do Evangelho é Jesus Cristo, a promessa portanto é a “Expectativa por Jesus”.

A parte principal, porem, deste estudo é descobrirmos biblicamente a extensão desta Promessa no A.T. Se a promessa da vinda do Salvador no A.T. tiver sido dirigida apenas a Israel, somente este povo estaria impregnado por esta “expectativa do evangelho” somente este povo estaria imbuído desta “expectativa do evangelho”; somente eles viveriam sob a promessa. Se porem, a Promessa de um Salvador tiver sido dirigida a todos os povos da terra, em todas as épocas viveram e vivem numa expectativa, a expectativa das boas novas de Jesus Cristo.
Tomando Isaias 42.5 a 6 como um dos textos mais claros que falam sobre a Promessa central do A.T., a vinda do “Servo do Senhor”, veremos o “destino” de tal promessa.

Logo no verso 1 deste texto, Deus apresenta o servo, o “escolhido” que possui o seu “Espírito” e enfatiza que “ele promulgará o direito aos gentios”, expressando a quem é dirigida a Promessa, não só a Israel, mas também aos “gentios”.
Nos versos 2 e 3 Ele continua expondo sobre o Seu Servo e no verso 4 Ele afirma que:
“As terras do mar aguardarão a sua doutrina” o que deixa claro que Ele não se refere somente aos gentios que estão perto do seu povo de Israel, mas também os que estão em terras longínquas, além-mar. No verso 6 Deus diz que fará do seu servo o “mediador da aliança com o povo” (referindo-se a Israel) e “luz para os gentios”, referindo-se aos povos de longe.
No verso 10, em resultado da Promessa Ele diz:
“Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor até as extremidades da terra...vós terras do mar e seus moradores”.

Conclusão

Creio ser explicito neste texto, como em tantos outros, que a Promessa messiânica é plenamente transcultural; a “Epangelia” estende-se até “as extremidades da terra” onde haja terras do mar e povos de longe; e creio também que isto implica no fato de que todos os povos da terra, em todas as épocas, vivem em expectativa quanto a uma mensagem que possa saciar a sua sede do evangelho.


Há uma amável Igreja no noroeste da África, localizada em um arquipélago (Cabo Verde) que em seus templos possui um emblema pintado ao alto, para que todos possam ver. Neste emblema esta escrito: Santidade ao Senhor. Talvez por causa desta preocupação eles tem trabalhado tanto e feito tanto para a glória de Deus. Algo que precisamos entender agora é que não se consegue proclamar realmente evangélico, no conceito de Deus. Começaremos a fazer Missões à medida que formos santos perante o Senhor!

12/11/2017

A plantação de igrejas


Atos 13.14 “E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se”.

Introdução

A tarefa primordial e intransferível da igreja é proclamar o evangelho de Jesus Cristo, e reunir os convertidos em igrejas locais. Foi o próprio Jesus, Senhor da igreja, quem definiu a tarefa de sua igreja, na chamada “Grande Comissão”, em Mateus 28.18 a 20.

As declarações
A autoridade
A capacitação
A esfera
A mensagem
As atividades
1 – Mateus 28.18 a 20
A autoridade dada a Cristo: todo o poder no céu e terra
Cristo está conosco até o fim da era
As nações (gentias)
Todas as coisas que Cristo ordenou
Discipular por meio de ir batizar e ensinar
2 – Marcos 16.15


O mundo inteiro, isto é, toda a criatura.
O evangelho
Ide e pregai (proclamai)
3 – Lucas 24.46 a 49
Em seu nome (de Cristo)
A promessa do Pai, isto é, poder.
Todas as nações começando em Jerusalém
Arrependimento e o perdão dos pecados
Pregar (proclamar) testemunhar
4 – João 20.21
Enviados por Cristo assim como Ele foi enviado pelo Pai




5 – Atos 1.8

Poder do Espírito Santo
Jerusalém, toda Judeia, e Samaria, e até os confins da terra.
Cristo
Testemunhar

Fica evidente nestes textos que a missão da igreja, conforme Jesus Cristo é de natureza espiritual: pregar, batizar e ensinar. Isso será realizado, na autoridade de Jesus e no poder do Espírito Santo.
Exposição

1 – Paulo, um plantador de igrejas.

“A primeira e maior diferença entre a ação missionária de Paulo e a nossa é que ele fundou igrejas enquanto nós fundamos missões”, afirma Roland Allen. De fato, Paulo deixou igrejas por onde passou. Em pouco mais de dez anos, estabeleceu igrejas em quatro províncias do Império Romano: Galacia, Macedônia, Acaia e Ásia.

E qual a razão de tamanho sucesso?
A razão principal foi que Paulo considerava a pregação do evangelho e a organização de igrejas locais a sua tarefa primordial. “porem, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”, Atos 20.24.

Ele possuía como meta um objetivo de vida, e para alcançá-lo investiu todas as suas energias. “regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja; da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a Palavra de Deus”, Colossenses 1.24 e 25. Para os seus companheiros de ministério Paulo dizia: “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”, 2 Timóteo 2.10. “Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade”, Tito 1.1.

Ao invés de fundar escolas e hospitais, organizar creches e orfanatos, Paulo dedicou-se, exclusivamente, a obra de pregação e do ensino do evangelho, com a organização de igrejas locais. A única recomendação social que recebeu dos outros apóstolos é que lembrasse dos pobres: “Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência”, Gálatas 2.10. Essa recomendação explica o esforço de Paulo em levantar a coleta para os crentes pobres de Jerusalém (1 Coríntios 16.1 a 4 / 2 Coríntios 8.9). Contudo, aquela coleta teve cunho diaconal, quando todas as igrejas por ele estabelecidas contribuíam para os irmãos da igreja de Jerusalém. “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé”, Gálatas 6.10. Para Paulo, as boas obras eram o fruto e não a raiz da sua missão: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”, Efésios 2.10.

2 – Como Paulo plantava igrejas?

David J. Hesselgrave, em seu livro “Plantar igrejas – Um guia para missões nacionais e transculturais”, apresenta “Os elementos lógicos no plano mestre de evangelização de Paulo”.

Quais eram os elementos?

2.1 – Os missionários comissionados (Atos 13.1 a 4 / Atos 15.39 e 40).
2.2 – O auditório contatado (Atos 13.14 a 16 / Atos 14.1 / Atos 16.13 a 15).
2.3 – O evangelho comunicado (Atos 13.17 / Atos 16.31).
2.4 – Os ouvintes convertidos (Atos 13.48 / Atos 16.14 e 15).
2.5 – Os crentes congregados (Atos 13.43).
2.6 – A fé confirmada (Atos 14.21 e 22 / Atos 15.41).
2.7 – Os lideres consagrados (Atos 14.23).
2.8 – Os crentes recomendados (Atos 14.23 / Atos 16.40).
2.9 – Os relacionamentos continuados (Atos 15.36 / Atos 16.40).
2.10 – As igrejas missionárias convocadas (Atos 14.26 e 27 / Atos 15.1 a 4).

Esses passos formam um ciclo, “Ciclo Paulino”, que demonstra a necessidade de planejamento e estrategia para se realizar a tarefa missionária.
A igreja de Antioquia comissiona Paulo e Barnabé para a obra missionária (Atos 13.1 a 4). É através da igreja local que Deus chama e envia missionários. Este é o padrão registrado em Atos (Atos 11.22 a 26). Os missionários partiram de Antioquia por decisão da igreja, escolha do Espírito Santo, após um período de oração e jejum.
Ao chegar ao campo missionário, Paulo e Barnabé tomavam a iniciativa de contatar o público alvo. Eles sempre começavam pela sinagoga (Atos 13.5, 14 e Atos 14.1). O evangelho era proclamado através da pregação, do ensino e do testemunho (Atos 13.16, 46 e 49 / Atos 14.1, 7 e 21). O evangelho compreende “todo desígnio de Deus” (Atos 20.27).
A pregação visa à conversão do ouvinte. Paulo diz aos moradores de Listra: Atos 14.15 “e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles”.

Os novos convertidos eram congregados em igrejas locais (Atos 13.43). Os que aceitavam a mensagem eram batizados e reuniam-se regularmente nos lares para o estudo e a comunhão. A fé confirmada ou a “confirmação das igrejas” era o ato de fortalecer a fé dos crentes, através do ensino da palavra. Atos 14.22 “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus”.
Ao plantar as novas igrejas, Paulo e Barnabé solidificavam o trabalho local com a eleição de uma liderança. Atos 14.23a “E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja...”. As qualificações destes oficiais se acham nas cartas pastorais (1 Timóteo 3 e Tito 1.5 a 9).
Atos 14.23b “... orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido”. A igreja fora estabelecida, a liderança escolhida, e os missionários pioneiros partiam para outro campo (Atos 16.4 e 5 / Atos 20.28 a 31). Após a organização, a igreja local mantinha um relacionamento proveitoso com o missionário fundador. No caso de Paulo, através das epistolas e das informações pessoais, também era estimulada a manter comunhão com as outras igrejas (Atos 15.36 / Atos 18.23). Paulo e Barnabé, após a primeira viagem missionária, retornaram a Antioquia. Ali, eles prestam relatório do trabalho (Atos 14.26 e 27). A igreja de Antioquia avaliava o trabalho missionário.

Conclusão


A tarefa principal da igreja é proclamar o evangelho de Jesus Cristo e reunir os crentes em igrejas locais. Não se deve fugir desse objetivo central. O apostolo Paulo entendeu assim, e passou para a história da igreja cristã como o mais eficiente “Plantador de Igrejas”. A sua vida e obra continuam profundamente atual: “A igreja viveu seus grandes momentos e suas revoluções salutares toda vez que o evangelho de Paulo, como um vulcão extinto, despertou” (G. Bornkamm). 

11/11/2017

O crescimento da igreja gera conflitos


O crescimento é um processo natural de qualquer ser vivo saudável. A Igreja sendo um organismo vivo saudável. É natural que ela cresça. Se a Igreja de que você faz parte não está crescendo, você deve perguntar o porquê. Rick Warren diz: “O problema com muitas igrejas é que elas começam com a pergunta errada”. Elas perguntam: "O que fará a nossa igreja crescer"? É um mau começo. A pergunta que devemos fazer é: O que está impedindo o crescimento de nossa igreja?

A Igreja em Jerusalém estava crescendo.

A Igreja começou recebendo "quase três mil" membros de uma vez (Atos 2.41), e recebia novos acréscimos "dia a dia” (Atos 2.47). Além disso, segundo Lucas, "crescia mais e mais a multidão de crentes” (Atos 5.14). Mas o crescimento tem o seu preço ou as suas consequências naturais. Como crescimento surgem conflitos e problemas. Em Atos 6.1 a 7; Lucas nos registra um problema oriundo do crescimento.

1. A igreja que cresce é uma igreja problemática

À medida que a Igreja em Jerusalém crescia, ia integrando elementos novos e diferentes: outra etnia, outra língua, outros costumes, outras tradições. E foi ai que surgiu a murmuração entre helenistas e hebreus. “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus”. Porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. (Atos 6.1)

Havia na comunidade um caixa comum para Atender aos necessitados. Conforme se vê em Atos 
2.44, os crentes "tinham tudo em comum". Os que possuíam propriedades, voluntariamente, vendiam e depositavam os recursos "aos pés dos apóstolos" (Atos 4.34 e 35). Nenhum necessitado havia entre eles. Mas crescendo, ou "multiplicando" o número dos membros, surgiu um problema. Os helenistas se deram conta de que as viúvas deles estavam sendo esquecidas ou preteridas na distribuição diária. Havia uma discriminação racial na hora da assistência social da Igreja.

A diversidade racial (Hebreus, Helenistas e Prosélitos) resultante do crescimento, gerou um clima de tensão, de murmuração, de desconfiança. O coração e a alma do povo já não era mais um.
Qualquer igreja quando começa a experimentar um crescimento sadio ou natural, começa a enfrentar problemas. O pastor não consegue Atender o número de visitas, de aconselhamentos, de programações internas. O templo fica pequeno e torna-se obrigatória a ampliação física do templo e das dependências da igreja.

Os conflitos tornam-se mais freqüentes entre os membros. Sempre haverá uma necessidade não Atendida. O crescimento sempre traz "santos problemas".
Portanto, se você deseja uma Igreja sem problemas, não busque o crescimento da sua Igreja.

2. A igreja que cresce deve democratizar suas ações

"Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos ...” (Atos 6.2)
Como resolver o problema?

Observam-se claramente na Igreja dois grupos: os doze apóstolos (líderes) e a comunidade dos discípulos (liderados). Os apóstolos perceberam que o assunto mexia com a sensibilidade dos envolvidos e qualquer decisão autoritária produziria a quebra da unidade da igreja. Havia uma questão racial envolvida. Os helenistas eram os judeus da dispersão que pensavam, falavam e agiam como gregos (judeus gregos). Os hebreus só falavam o aramaico e eram de cultura totalmente judaica. Então os doze propuseram uma solução para a comunidade a fim de que ela decidisse o que fazer. Fica evidente a opção pela liderança democrática, na qual a decisão da maioria deveria prevalecer.

"Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas" (Atos 6.2). Ficam evidentes duas funções ministeriais: a palavra de Deus e servir às mesas. A proposta dos apóstolos não é criar uma hierarquia de funções, mas uma definição de tarefas. Assim, defini­se o papel de cada parte na busca de solução para o conflito: "mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço" (Atos 6.3).

O termo "serviço" ou "servir às mesas" não indica a constituição do ofício de diáconos (Filipenses 1.1; 1 Timóteo 3.6), mas o Ato de servir. Assim como o "ministério" (serviço) da palavra é o Ato de servir ministrando a palavra. É por isso que a exigência para "servir às mesas" é de natureza espiritual. Os escolhidos deveriam ser homens de "boa reputação", "cheios do Espírito e de sabedoria” (v.3). As mesmas qualidades que, no contexto da Igreja Primitiva, são exigidas dos bispos, presbíteros e diáconos. (1 Timóteo 3.1 a 10).

"O parecer agradou a toda a comunidade" (v.5). Não foi uma solução imposta, mas um parecer discutido e aprovado por todos. A comunidade elegeu sete homens: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau. (Atos 21.8). O fato de que os escolhidos têm nomes gregos, levanta a suposição de que a comunidade com o objetivo de superar as divergências, escolheu somente pessoas do grupo dos helenistas (refere-se aos judeus de fala grega).
"Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, Ihes impuseram as mãos" (Atos 6.6). A comunidade reconhecia a autoridade dos apóstolos, pois os sete foram apresentados para imposição das mãos. A imposição de mãos simboliza a doação de responsabilidade e autoridade para o serviço (Atos 13.3; 2 Timóteo 1.6; Números 27.18 a 20). “A partir daquele momento, os sete estavam investidos de autoridade para a missão específica de servir às mesas”. O curioso é que Estevão e Filipe exerceram outras funções. (Atos 7; 8.4-8).

Em suma, a igreja que cresce precisa democratizaras suas decisões, a fim de preservar a unidade “e não impedir o crescimento da igreja: (Efésios 4.1 a 3)”. Democratizar significa -definir competências, compartilhar, decisões, reconhecer autoridade.

3. A igreja que cresce continua crescendo

"Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé" (Atos 6 e 7).

E a igreja em Jerusalém continuou crescendo. O problema da murmuração dos helenistas foi resolvido com sabedoria pela comunidade. Com certeza a resolução do problema não foi tão simples como Lucas registrou. Contudo fica claro que os problemas não são empecilhos para o crescimento de uma Igreja. "Crescia" e se "multiplicava" indica um crescimento fenomenal.
Mas, o que é mais importante para a Igreja, à quantidade ou a qualidade?
Segundo Rick Warren, este é infelizmente um mito bastante propagado quando se fala em crescimento de Igreja. É como se a Igreja tivesse de escolher entre quantidade e qualidade. Ele define:

“Qualidade se refere ao tipo de discípulos que uma Igreja produz”. Quantidade se refere ao número de discípulos que uma Igreja está produzindo. ''Toda Igreja deve buscar o maior número de pessoas possíveis e também desejar que estas pessoas se tornem crentes de qualidade. Qualidade produz quantidade e quantidade cria qualidade.
É impressionante observar que a Igreja em Jerusalém possuía qualidade e quantidade.

Conclusão

Rick Warren, em seu livro Uma Igreja com Propósitos, levanta uma questão importante sobre a motivação da Igreja:

Qual é a força que direciona e motiva sua Igreja?

Exemplos:
Igrejas dirigidas pela tradição: "Nós sempre fizemos isso desse jeito".
Igrejas dirigidas por personalidades: "O que o líder da Igreja quer?"
Igrejas dirigidas pelas finanças: "Quanto isto vai custar?"
Igrejas dirigidas por programas: "Devemos concentrar no que foi planejado" .
Igrejas dirigidas por construções: "Formamos os nosso prédios e depois o prédios nos formam" .
Igrejas dirigidas por eventos: "A meta é manter o povo ocupado" .
Igrejas dirigidas por sem- Igrejas: "O” que os sem-Igrejas querem?”

O modelo Bíblico: Uma Igreja dirigida por propósitos.

O segredo do crescimento da igreja Primitiva, Igreja em Jerusalém, é que a mesma era dirigida pelos propósitos de Deus.


É por essa razão que ela superava os obstáculos, e crescia: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos" (Atos 4.19 e 20).