Êxodo 20.8 a 11 “Lembra-te do dia de sábado (Shabbath significa
“descanso”) para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum, trabalho. Porque
em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que nele há e, ao
sétimo dia descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o
santificou”.
O primeiro mandamento nos ensina a quem
adorarmos; o segundo, como o adorarmos; o terceiro, a forma reverente de o
adorarmos; e o quarto, o dia de o adorarmos.
Mandamentos 1 a 4 “nossas
obrigações para com o nosso criador, Deus”.
Jesus apresenta exatamente esse entendimento da lei, em Mateus 22.37 a 40 “(mandamentos 1 a 4) amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. (Mandamentos 5 a 10) amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
Introdução
O evangelho nos conta em Mateus 19.17 que aproximou-se de Jesus um jovem e lhe perguntou: “Mestre, o que devo fazer para ganhar a vida eterna? O Senhor lhe respondeu: Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. Desta forma tão clara, o Senhor lhe indicou e a todos nós qual o caminho para ir para o céu.
Efetivamente, o cumprimento dos mandamentos é o caminho para salvar-se.
Quem os cumpre, se salva, quem não os cumpre, se condena. Deus revelou a Moisés
os dez mandamentos, no monte Sinai, deixando-os gravados em duas tábuas de
pedra para que seu povo nunca os esquecesse. Jesus Cristo aperfeiçoou a lei e
encomendou a sua igreja que a guardasse e ensinasse a todos os seres humanos.
Seguir a Jesus Cristo implica no cumprimento dos mandamentos.
Do sábado para o domingo. Quem mudou o dia
do Senhor do sábado para o domingo?
Uma das teorias mais usadas para justificar a mudança do sábado para o
domingo é a de que o
sábado foi abolido na cruz e o domingo instituído em seu lugar através da ressurreição de Cristo.
Por mais popular que seja, esta teoria carece de fundamentação bíblica e de comprovação histórica.
sábado foi abolido na cruz e o domingo instituído em seu lugar através da ressurreição de Cristo.
Por mais popular que seja, esta teoria carece de fundamentação bíblica e de comprovação histórica.
O texto de João 20.19, normalmente usado para apoiar a teoria,
simplesmente declara que os discípulos estavam reunidos, com “as portas da
casa” trancadas, por “medo dos judeus”, sem qualquer alusão ao domingo como um
novo dia de guarda. Além disso, a primeira evidência histórica concreta sobre a
existência de cristãos observadores do domingo é encontrada somente na metade
do segundo século de nossa era. Bem logo depois que Jesus subiu ao céu, o
cristianismo começou a ser perseguido terrivelmente! Os grandes e terríveis
shows de crueldade no coliseu são muito famosos. Eram espetáculos de morte! Durante
muitos anos os cristãos foram perseguidos até a morte. Morriam homens, mulheres
e crianças. O sangue dos cristãos na terra era como semente que fazia com que
aparecessem mais e mais cristãos! Nenhum imperador romano, por mais poderoso
que tenha sido, conseguiu vencer o cristianismo pelo medo! A perseguição foi em
vão!
Existem teses que demonstram que a adoção do domingo em lugar do
sábado não ocorreu na primitiva igreja de Jerusalém, por virtude de autoridade
apostólica, mas aproximadamente um século depois na igreja de Roma.
Sob a influência cultural paganizadora do império romano, o cristianismo dos primeiros séculos acabou absorvendo vários elementos de origem pagã, dentre os quais se destaca o culto ao sol de origem persa.
Sob a influência cultural paganizadora do império romano, o cristianismo dos primeiros séculos acabou absorvendo vários elementos de origem pagã, dentre os quais se destaca o culto ao sol de origem persa.
Mitraísmo
Os mitraístas romanos veneravam o sol invictus cada domingo e celebravam anualmente o seu nascimento
no dia de 25 de dezembro. Tentando harmonizar alegoricamente o sol invictus com o “sol da justiça”
do cristianismo (Malaquias 4.2, João 8.12), muitos cristãos começaram a adorar
a Cristo no domingo como “dia do sol”, com o duplo propósito de se distanciarem
do judaísmo perseguido pelos romanos e de se tornarem mais aceitos dentro do
próprio império romano. Mas o que parecia inicialmente apenas um sincretismo
religioso começou a assumir um caráter institucional. A 7 de março de 321 d.C.,
o imperador Constantino, um devoto adorador de mitra, decretou “que todos os
juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem
no venerável dia do sol”.
Esse decreto foi seguido por várias medidas eclesiásticas para
legalizar a observância do domingo como dia de guarda para os cristãos. O
próprio catecismo romano, 2.ª
ed. (Petrópolis, RJ: vozes, 1962), pág. 376, reconhece a atuação da igreja católica
nesse processo, ao declarar: “a igreja de Deus, porém, achou conveniente
transferir para o domingo a solene celebração do sábado”.
Não estamos aqui para dizer o que está correto: guardar o sábado ou o
domingo, mas sim para entendermos que um dia deve ser do Senhor. O quarto
mandamento fala de um dia de descanso e de adoração ao Senhor. Deus julgou essa
questão tão importante que a inseriu em sua lei moral. O descanso requerido por
Deus é uma prévia da redenção que ele assegurou para o seu povo (Deuteronômio
5.12 a 15). Os israelitas foram levados em cativeiro (jeremias 17.19 a 27) por haver
repetidamente desrespeitado este mandamento.
Quando Deus proíbe o trabalho é porque ele sabia que seu povo podia
distrair-se impedindo-os de adorar. É muito fácil permitir que o trabalho e as
responsabilidades sufoquem o nosso momento de adoração. Devemos guardar
cuidadosamente o nosso momento com Deus. Deus ordenou o sábado porque o ser
humano precisa passar um tempo tranquilo em adoração e descanso a cada semana.
Observar um dia regular em nosso mundo agitado demonstra como ele é importante
para nós, além de termos o benefício de renovar o nosso espírito. Quando nós
usamos o dia de descanso para nosso deleite próprio, quebramos esse mandamento.
Devemos sim parar de trabalhar para descansar e ouvir Deus. Quando paramos de
trabalhar é que ele fará o seu maior trabalho. O sábado era um dia em que se
comemorava tanto a criação (Êxodo 20.8) como a libertação do Egito (Deuteronômio
5.12 a 15). Era um dia especial.
Quando decidimos honrar primeiramente a Deus, recusamos fazer de
qualquer coisa o nosso Deus.
Não podemos nos prender a letra da lei. Deus ama as pessoas e não as
regras (curar no sábado). Os fariseus fizeram uma longa lista do que podiam e
não podiam fazer. (João 9.14 a 16, Marcos 2.24) Jesus e seus discípulos não
estavam colhendo as espigas por lucro, mas porque estavam com fome.
O significado espiritual do sábado
O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2.16 e 17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11.28 e 30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4.9).
O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2.16 e 17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11.28 e 30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4.9).
O quarto mandamento hoje, qual o nosso
conceito do domingo?
É necessário que tenhamos a convicção de que o chamado à adoração, o desejo de estar cultuando ao Senhor, e o descansar de nossas atividades diárias, por intermédio de um envolvimento com as atividades da igreja, encontra base e respaldo bíblico. É mais do que uma questão de costumes, do que uma posição opcional. É algo tão importante que faz parte da lei moral de Deus. Normalmente nos perdemos em discussões inúteis sobre detalhes, procurando prescrever a outros uma postura de guarda do quarto mandamento conforme nossas convicções, ou falta delas.
Assumimos uma atitude condenatória, procurando impor regras detalhadas
e, muitas vezes, seguindo restrições da lei cerimonial, em vez do espírito da
lei moral. Antes de nos perdermos no debate dos detalhes, estamos nos
aprofundando no princípio? Temos a postura de tornar realmente o domingo um dia
diferente, santificado, dedicado ao Senhor e à nossa restauração física? Seja
fiel, e Deus abençoará grandemente sua vida; afinal ele já prometeu no Salmo
119.165 “grande paz têm os que amam a
tua
lei, para eles não há tropeço”.
lei, para eles não há tropeço”.
Senhor, este tipo de mandamento deveria ser um dos mais fáceis de
obedecer. Todavia quase sempre acho que é o mais difícil. O Senhor nos disse
para descansar porque precisamos desesperadamente disso.
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