29/06/2017

Jacó



Abraão, Isaque e Jacó estão entre as pessoas mais importantes do Antigo Testamento. É preciso notar que esta importância não está baseada no caráter pessoal de cada um deles, mas no caráter de Deus. Estes homens conquistaram grande respeito e até mesmo temor de seus conhecidos.
Eram ricos e poderosos, e, contudo, egoístas, capazes de mentir e enganar. Não se tratava de heróis perfeitos, como podíamos esperar; ao contrário, eram pessoas como nós, tentando agradar a Deus, mas sempre tropeçando.

Jacó era o terceiro elo no plano de Deus para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais “apesar de” do que “em razão da” vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão gêmeo, Esaú. Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas. Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até a morte, vemos a mão de Deus trabalhando.

A vida de Jacó possuiu quatro estágios, cada qual marcado por um encontro pessoal com Deus. No primeiro estágio, Jacó corresponde à expectativa do seu nome, que significa “ele agarra o calcanhar” (de forma figurada: “ele engana”). Ele agarrou o calcanhar de Esaú ao nascer e, quando fugiu de casa, também agarrou a bênção e a primogenitura do irmão. Durante sua fuga, Deus lhe apareceu no caminho, não apenas lhe confirmando a bênção, mas também despertando nele um conhecimento pessoal sobre si mesmo. No segundo estágio, Jacó experimentou a vida pelo outro ângulo ao ser manipulado e enganado por Labão. Então ocorre uma mudança curiosa: O Jacó do primeiro estágio teria simplesmente abandonado Labão, porém o Jacó do estágio dois, após ter decidido partir, aguardou seis anos pela permissão de Deus. No terceiro estágio, Jacó estava em um novo papel como agarrador. Desta vez, às margens do rio Jordão, ele agarrou-se com Deus e não queria deixá-lo partir. Ele percebeu sua dependência do Deus que continuaria a abençoá-lo.

Seu relacionamento com Deus tornou-se essencial para a sua vida, e seu nome foi mudado para Israel, que significa “ele luta com Deus”. O último estágio da vida de Jacó foi ser agarrado, Deus realmente o segurou. Ao responder o convite de José para ir ao Egito, Jacó demonstrou claramente não querer tomar nenhuma decisão sem a aprovação de Deus.

Você consegue lembrar-se de alguns momentos em que Deus se revelou a você? Você se permite encontrar a Deus enquanto estuda a sua Palavra? Que diferença essas experiências têm feito em sua vida? Você é mais parecido com o jovem Jacó, forçando Deus a segui-lo no deserto de seus próprios planos e enganos? Ou você é mais parecido com o velho Jacó, que apresentou seus desejos e planos a Deus, buscando sua aprovação antes de tomar qualquer atitude?

Pontos fortes e êxitos:

Pai das 12 tribos de Israel.
Terceiro na linhagem abraâmica do plano de Deus.
Determinado, era disposto a trabalhar muito pelo que desejava.
Bom homem de negócios.

Fraquezas e erros:

Ao enfrentar conflitos, confiava em seus próprios recursos ao invés de buscar ajuda em Deus.
Tendia a acumular riquezas para seu próprio bem.

Lições de vida:

A segurança não está no acúmulo de bens.
Todas as atitudes e intenções humanas – para o bem ou para o mal – são tecidas por Deus no decurso de seu plano.

 Informações essenciais:

Locais: Canaã.
Ocupação: Pastor e proprietário de gado.
Familiares: Pais, Isaque e Rebeca; irmão, Esaú; sogro, Labão; esposas, Raquel e Léia; doze filhos e uma filha são mencionados na Bíblia.

Versículos-chave:

Gênesis “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra, porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito”.


A história de Jacó pode ser encontrada em Gênesis 25 a 50. Ele também é mencionado em Oséias 12.2 a 5; Mateus 1.2; 22.32;  Atos 7.8 a 16; Romanos 9.11 a 13; Hebreus 11.9,20, 21.

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