25/05/2017

A manifestação do amor ao próximo 1


Lucas 10.25 a 37 “Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: "Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? O que está escrito na Lei? Respondeu Jesus. Como você a lê? Ele respondeu: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento e Ame o seu próximo como a si mesmo. Disse Jesus: Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo? Em resposta, disse Jesus: Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e disse-lhe: ‘Cuide dele. Quando voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver. Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Aquele que teve misericórdia dele, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: Vá e faça o mesmo”.

Estaremos estudando sobre uma das Parábolas mais importantes mencionadas por Jesus: A Parábola do Bom Samaritano. Importante, principalmente, porque fala de como se colocar em prática o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos. Teremos a necessidade de dividi-la em duas lições, quando procuraremos apresentar como se manifesta o verdadeiro amor ao próximo. Portanto, o verdadeiro amor ao próximo:

Reconhece quem é o seu próximo, Mateus 10.33 - O sacerdote e o levita que passaram pelo mesmo caminho em que estava o homem ferido, não pararam para socorrê-lo, dentre tantos outros motivos, também por acharem que aquele homem não seria um problema deles. Eles pensaram – “Esse homem não é meu próximo!” Talvez, próximo para eles significava um parente, um amigo, alguém com quem tivessem alguma afinidade ou proximidade relacional; e nunca, um estranho que aparentava estar com problemas por possíveis erros cometidos. O samaritano não pensou como eles. Ele não se perguntou se o ferido era ou não um próximo seu. Imediatamente agiu como sendo ele mesmo o próximo de alguém que precisava de ajuda. Isso fez toda a diferença! Jesus se fez o nosso próximo quando não tínhamos condições de sermos próximos de ninguém. Andávamos feridos em nossos pecados e maltratados pelo Inimigo, até que Ele nos reconheceu como pessoas carentes da Sua ajuda. Agora que fomos curados, podemos também ser próximos dos que vivem hoje nas mesmas condições em que antes vivíamos (sempre que formos julgar as atitudes ou os acontecimentos que estão ocorrendo com alguém, devemos parar e pensar se não estávamos na mesma ou pior situação do que a pessoa que estamos querendo julgar, lembrando que Deus é o justo juiz e não nós, nunca devemos apontar o dedo a ninguém, pois sempre que apontamos um, imediatamente ficam três apontados para nós).

Vê a Necessidade do Próximo, Mateus 10.33 - O samaritano não apenas reconheceu a presença do próximo, como também viu a sua necessidade. Os primeiros que passaram por ali também viram, mas não quiseram saber. O samaritano, porém, viu e quis saber. Ele desejou se aprofundar naquela visão até perceber quais eram as reais necessidades daquele homem, a fim de saber como poderia ajudá-lo. Há uma passagem no Antigo Testamento em Êxodo 3.7 e 8a que diz assim: “De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci para livrá-los” (por menos que nós possamos ver e entender Deus sempre esta olhando para as nossas aflições e nos livrando das mesmas, independente das quais sejam). Assim como Jesus viu exatamente quais eram nossas necessidades e trabalhou (e tem trabalhado) para supri-las, precisamos fazer o mesmo com outros (sei que é difícil, mas sempre que for fazer algo para alguém, procure fazer o melhor como se fosse para você mesmo, pois é isso que Deus tem feito por mim e por você, embora não sejamos merecedores).

Compadece-se da situação do próximo, Mateus 10.33 - O samaritano reconheceu o próximo e suas necessidades, mas ele precisava do elemento motivador mais importante para poder ajudá-lo de forma eficaz. Esse elemento chama-se: compaixão. Mais do que uma expressão dos sentimentos humanos, a compaixão aqui descrita, representa a manifestação dos sentimentos divinos. Ele sentiu pelo ferido o mesmo que Deus sentia pela mesma pessoa. Quando há sintonia entre os sentimentos divinos e humanos, verdadeiramente grandes coisas podem acontecer. Jesus se compadeceu da humanidade, e essa compaixão foi a mola propulsora para tudo o que veio a fazer desde que abriu mão da Sua condição divina a fim de tornar-se homem e viver entre nós (só por um instante imaginemos Jesus no céu, como seria sua condição, se a bíblia diz que lúcifer tinha os instrumento em seu corpo, caminhava sobre as pedras afogueadas e era um anjo de Luz, como não será o Filho de Deus, e mesmo assim ele abriu mão de tudo isso, se fez homem e se sacrificou por nós por compaixão dessa humanidade corrompida). A crescente compaixão pelos outros também deve ser o nosso motivo maior para fazer o que é importante por alguém.

Envolve-se com a vida do próximo, Mateus 10.34 - A compaixão divina no coração daquele homem o levou a interromper o curso natural de sua vida, para concentrar-se no que ele julgou ser mais importante: cuidar do homem ferido. Seus compromissos, atividades pessoais e afazeres, deram lugar a uma outra atividade. Todas as energias e emoções passaram a estar canalizadas para o suprimento da necessidade de uma outra pessoa, com quem estaria envolvido a partir de agora. Jesus não sentiu dor pela nossa necessidade apenas olhando-nos do céu. Sua compaixão o levou à ação. Ele se envolveu com o homem a ponto de tornar-se um de nós, para andar e viver entre nós, conhecendo todas as nossas necessidades. Não podemos ajudar as pessoas de forma eficaz se não nos envolvermos com elas (para podermos ajudar uma pessoa devemos viver o problema dela e participar da solução de forma eficaz, mas nunca deixar o problema dela nos afetar ou a nossa família).

Conclusão - O verdadeiro amor ao próximo se manifesta através da identificação de quem é o nosso próximo e de como podemos ser próximos dele. Entendendo que o próximo é aquele a quem podemos abençoar prestando socorro em tempos de necessidade, ou simplesmente, servindo no dia-a-dia. O amor genuíno abrirá nossos olhos para que vejamos suas necessidades e dilatará nosso coração até transbordar da compaixão divina por sua vida. Como conseqüência de tudo isso, desencadear-se-á um fluxo de ações concretas que nos inserirão no contexto de vida dessa pessoa, de tal maneira que possamos dizer que não apenas reconhecemos, vimos ou sentimos algo; mas sim que, verdadeiramente nos envolvemos com a pessoa e com a sua necessidade.


Aplicação - Pare um pouco para pensar nas pessoas que lhe cercam. Pense também nas que não estão tão próximas, geograficamente falando, mas que podem ser ajudadas por você de alguma forma, como se elas estivessem ao seu lado. Comece a ver suas necessidades com os olhos da alma. Agora, permita ao Espírito Santo que introduza em seu espírito o sentimento divino da compaixão, e pergunte-lhe como você pode fazer diferença na vida dessas pessoas. Além disso, esteja pronto para agir a qualquer momento do seu dia, caso surja alguma oportunidade para abençoar alguém. Na próxima semana veremos mais cinco manifestações do verdadeiro amor ao próximo, segundo a Parábola do Bom Samaritano. 

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