07/08/2017

Decisões difíceis e dolorosas


Atos 20.24 “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus".

Frequentemente, sentimos que a vida é um fracasso, a menos que estejamos alcançando o reconhecimento, a diversão, o dinheiro e o sucesso. Mas Paulo considerava que sua vida não teria valor se ele não a usasse para a obra de Deus. O que ele acrescentou a vida era mais importante do que aquilo que ele havia ganho dela.

O que, e mais importante para você: O que ganha da vida, ou o que você acrescenta a ela?
Introdução

C.S.Lewis escreveu: “Não duvidamos de que Deus fará o melhor para nós, só não imaginamos quão doloroso o melhor pode ser”.

Atos 20.17 até 21.14 “E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram junto dele, disse-lhes: Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós, Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. E agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o reino de Deus, não vereis mais o meu rosto. Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus. Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados. De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber. E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos, e orou com todos eles. E levantou-se um grande pranto entre todos e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam, Entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que dissera, que não veriam mais o seu rosto. E acompanharam-no até o navio. E aconteceu que, separando-nos deles, navegamos e fomos correndo caminho direito, e chegamos a Cós, e no dia seguinte a Rodes, de onde passamos a Pátara. E, achando um navio, que ia para a Fenícia, embarcamos nele, e partimos. E, indo já à vista de Chipre, deixando-a a esquerda, navegamos para a Síria e chegamos a Tiro; porque o navio havia de ser descarregado ali. E, achando discípulos, ficamos ali sete dias; e eles pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém. E, havendo passado ali aqueles dias, saímos, e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, oramos. E, despedindo-nos uns dos outros, subimos ao navio; e eles voltaram para suas casas. E nós, concluída a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e, havendo saudado os irmãos, ficamos com eles um dia. E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios. E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor” .

Este texto mostra a decisão do apostolo Paulo de voltar a Jerusalém.

Embora muitos cristãos insistissem para ele não ir e o terem avisado de que ele seria preso naquela cidade, Paulo permaneceu seguro de que deveria ir. Durante a viagem fez varias paradas rápidas para visitar amigos, explicar sua decisão e despedir-se.

1 - Por que podemos entender esta decisão de Paulo (de voltar a Jerusalém) como uma decisão difícil e dolorosa?

Porque o Espírito Santo já havia lhe mostrado o que lhe esperaria nessa viagem: prisões e sofrimentos (Atos 20.23 “senão que, em todas as cidades, o Espírito Santo me avisa que prisões e sofrimentos me esperam”).

2 - Lendo Atos 20.22 a 23 - como podemos explicar que o Espírito tenha enviado Paulo para ir a Jerusalém, mas o mesmo Espírito lhe adverte das dificuldades que enfrentará? O que isso nos ensina?

O Espírito Santo é aquele que nos ensina todas as coisas. Neste caso, embora Paulo devesse ir a 
Jerusalém, o Espírito lhe adverte para que fosse preparado, pois enfrentaria dificuldades. Nem sempre o caminho que Deus nos propõe é o caminho mais fácil.

3 - O que foi que determinou a Decisão que Paulo tomou? O que a atitude de Paulo nos ensina nos dias de hoje?

Sua maior preocupação não estava na sua sobrevivência, mas sim terminar a corrida e completar a tarefa dada por Cristo. (Atos 20.24 “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”).

Às vezes nós estamos desejosos de conforto, mas não de tribulação, muitos seguem a Cristo no partir do pão, porém poucos o seguem no cálice do sangue. Muitos amam a Jesus enquanto as adversidades não acontecem. Poucos estão dispostos a tomar decisões nas quais tenham que renunciar algo, crucificar a sua vontade. Normalmente queremos tomar decisões que nos façam bem.

4 - Atos 21.12 a 14 “E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor”.

Como os discípulos de Paulo encararam a decisão de ir a Jerusalém? Como as pessoas ao nosso redor reagem quando tomamos uma decisão radical (aos olhos delas)?

O povo tentou dissuadi-lo de ir a Jerusalém, muitas vezes encontramos pessoas que não vão entender nossa decisão de obedecer a Deus e vão tentar nos dissuadir. Por exemplo: um jovem que decide se guardar para o casamento vai receber várias propostas para desistir dessa decisão.

5 - Muitos cristãos acham que a vontade de Deus é sempre a opção mais agradável e desembaraçada que existe, mas pela experiência de Paulo, não é bem assim. Ao tomar decisões você geralmente se preocupa mais com o conforto pessoal ou com a obediência a Deus? (dizimo, ir ao culto, e muito mais).

6 - A historia de Jesus no Getsemani é uma descrição intensa de alguém enfrentando uma decisão dolorosa. (Marcos 14.32 a 42 “E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro. E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se. E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai. E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele àquela hora. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. E, chegando, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Simão, dormes? não podes vigiar uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados, e não sabiam o que responder-lhe. E voltou terceira vez, e disse-lhes: Dormi agora, e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai”).

Compare a decisão de Jesus de morrer na cruz com a decisão de Paulo de viajar para Jerusalém.
Que encorajamento os exemplos de Jesus e de Paulo são para você diante de suas decisões difíceis?

Tanto Paulo como Jesus enfrentam uma decisão difícil, saber que vão caminhar por um caminho doloroso, mas ambos decidem fazer a vontade de Deus, por mais doloroso que isso possa parecer.


Devemos saber que sempre que fazemos a vontade de Deus, por mais difícil que pareça sempre vai ser a melhor escolha em nossas vidas. E com certeza sempre seremos muito abençoados por seguirmos os caminhos que Deus traçou para nossas vidas.

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