10/01/2018

Por que Jesus disse que muitos são chamados, mas poucos escolhidos?



Mateus 22.14 "Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos".

Antes de explicar o versículo acima, analisemos outros 2 versos bem conhecidos:

Mateus 11.28 "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei".

João 3.16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".

Quem são os Chamados?

A afirmação foi feita no final da parábola do homem sem veste nupcial. Se você observar cuidadosamente, nesta parábola aqueles que foram os primeiros a serem chamados (os judeus), não apareceram para o casamento do filho do rei. E o rei então enviou um convite aberto a todos. Ele disse:

Mateus 22.9 "Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes".

E todos os que estavam disponíveis vieram. Não foi restrito a um número limitado. Ele disse: “A todos quantos achareis”. Ou seja, qualquer um e todos que estavam ao redor.

Todos são chamados?

Acredito que aqui cabe uma reflexão, só podem ser chamados os que são convidados, existem milhares de pessoas no mundo em países remotos ou países onde há perseguição que não foram “chamados” porque não foram encontrados.

A ordenança do Rei é que o convite deveria ser feito a todos que fossem encontrados, cabe a nós cristãos nos esforçarmos ao máximo para levar o convite ao máximo de pessoas possíveis.

Muitos responderam ao convite aberto do Rei. Por isso, Jesus disse: “Muitos são chamados”, no sentido de muitos deram ouvidos ao chamado, nem todos os que foram convidados aceitaram ao chamado.

Também na grande comissão final, Jesus disse:

Marcos 16.15 "Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas não aquele que crer será condenado".

Quem são os escolhidos

Nem todos estão dispostos a ouvir o Evangelho, dessa forma temos os que são chamados, mas não dão ouvidos, os que são chamados e dão ouvidos, isso não faz dele um escolhido, atentemos pela segunda parte da parábola:

Mateus 22.11 e 13 "E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes".

Existe um grupo de pessoas que mesmo dando ouvido a Palavra de Deus, ao convite, não se preparam para a festa, veja que o convidado da parábola ao ser questionado fica mudo, sabendo que não se preparou devidamente.


Mas há alguns que respondem ao chamado, se convertem verdadeiramente à mensagem do Evangelho. Estas são as únicas, que são referidos como: “Poucos são escolhidos”.

09/01/2018

O que significa ser um escravo de Cristo?



Escravos ou Servos?

Você sabia que é possível encontrar a palavra grega para “escravo” cerca de 150 vezes no novo testamento?

Isso não deve nos surpreender porque estimam que cerca de uma em cada quatro pessoas no Império Romano foram escravos, mas a palavra “servo” é traduzida como “escravo” apenas em algumas dessas 150 vezes que é mencionada. Por quê?

Os tradutores não gostaram realmente da palavra “escravo” por causa das conotações que a palavra trouxe. Eles achavam que “servo” era melhor do que “escravo”. Talvez pensassem que era menos ofensivo para o leitor ser chamado de servo do que de escravo, mas de qualquer maneira, eles fizeram uma grande injustiça para as escrituras.

As poucas vezes que os autores realmente escreveram “escravos” e não “servos” foi quando eles disseram que somos ou “escravos do pecado” ou “escravos da justiça.”

Por alguma razão, em vez de traduzir a palavra grega “doulos” na palavra “escravo” eles traduziram como “servo” e há uma enorme diferença entre ser um escravo e ser um servo.

Um servo trabalha para seu mestre e então eles vão para casa. O mestre não é dono do servo, pois ele paga pelo seu trabalho, mas um escravo não tem salário. Eles não têm direitos. Eles não mandam em si mesmos.

No entanto, o escravo acaba se tornando parte da família, e não tem que se preocupar quando será sua próxima refeição, eles não têm que se preocupar com onde vão dormir à noite, ou com o valor do aluguel e as contas de casa. Isso é porque eles são mais do que escravos… Eles são parte da família. Essa era a relação entre a maioria dos escravos e seus mestres no primeiro século.

Amor dos Escravos

Você não pensaria que os mestres dos escravos os amariam como um deles, mas, de fato, eles eram parte da família como o cônjuge e os filhos.

Um exemplo foi quando um centurião romano enviou um homem a Jesus para ajudá-lo a curar seu servo ou escravo, está escrito:

Mateus 8.5 e 6 “E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado”.

Então Jesus concorda em curá-lo (Mateus 8.7), mas o centurião não pensa que ele é digno de ter Jesus vindo à sua casa e diz:

Mateus 8.9 “Pois também sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz”.

Então a palavra não é “servo”, e sim “escravo”, então o ponto de tudo isso é que os escravos são atraídos para o seu mestre mais do que qualquer servo jamais seria, portanto, ser escravo de Cristo é melhor do que ser um servo.

Um servo não conhece a vontade de seu mestre como o escravo que vive com ele. Os escravos eram mais do que apenas propriedades, em vez disso, em muitos casos, eram considerados uma parte da família. Isso é parte da razão pela qual devemos ser escravos de Cristo e não simplesmente servos de Deus. Ele nos possui. E isso é bom.

Por que servo e não escravos?

Como disse anteriormente, os tradutores não gostavam de usar a palavra escravo porque havia muito estigma associado a essa palavra.

Eles viram isso como uma desvantagem porque é muito humilhante, muito depreciativo e também condescendente. Pelo menos é o que eles pensavam, então, eles optaram por encobrir a palavra escravo e substituí-la por servo.

É por isso que eles queriam eliminar a palavra "escravo" inteiramente do Novo Testamento. Somente quando eles escreveram sobre sermos escravos do pecado ou escravos de justiça, que usaram a palavra “doulos” ou escravo.

Era comum o pensamento de que a palavra “escravo” é muito negativa, mas eles estavam errados sobre isso, porque se o Espírito Santo diz que somos escravos de Cristo, então é o que ele pretende que seja.

Se o Espírito Santo quisesse usar a palavra “servo” ele teria inspirado os autores a escrever isso, mas ele certamente não o fez.

Para aqueles que ainda não confiaram em Cristo, eles são servos, mas servos do Diabo, sendo guiados por ele (2 Coríntios 4.3 e 4), no entanto, aqueles que morreram para si mesmos e confiaram em Cristo, eles não são mais escravos do pecado, mas escravos de justiça.

Não somos servos da carne, mas escravos do Mestre. O lugar de um escravo na família de Deus é reservado para os santos comprados pelo sangue de Deus. Você e eu fomos comprados por um preço. O preço do precioso sangue do Cordeiro de Deus (1 Coríntios 6.20). Não somos de nós mesmos, nem Satanás nos possui mais.

Ele é Senhor e Mestre

Jesus é claramente nosso Senhor e Mestre. O apóstolo Paulo escreveu que:

Romanos 10.12 "não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam”.

E como ele é o “Senhor de todos”, isso significa que ele é nosso Senhor e você não pode ter outro. O Mestre ou Senhor está sobre tudo. Incluindo seus escravos. Não podemos chamá-lo de Senhor, Salvador e Mestre, a menos que sejam seus escravos, porque chamá-lo de Mestre insinua que somos seus escravos.

Um mestre não possui um servo; Um mestre possui um escravo, caso contrário, não poderíamos chamá-lo de “mestre”, então, como Jesus é nosso Mestre, devemos ser sua propriedade, suas posses compradas pelo seu próprio sangue, portanto “vocês não são de si mesmos” (1 Coríntio 6.19), mas sim, somos dele.

Conclusão

Ser um escravo de Cristo é permanecer com Cristo, como os escravos costumavam permanecer ou viver com seu mestre.

Significa que deixamos a nossa vontade para fazer a Sua vontade. Significa que não possuímos nada além do que ele nos deu (1 Coríntios 4.7). Isso significa que somos seus bens. Não é como se tivéssemos uma escolha no assunto.

Os escravos estão no capricho do dono e não no controle de suas próprias vidas. Uma coisa boa sobre ser escravo de Cristo é que não somos mais escravos do pecado. Nós também estávamos mortos em nossos pecados, sem sequer perceber isso (Efésios 2.1 e 2).


É por isso que devemos morrer para nós mesmos e viver para Cristo. Nós vivemos por ele, porque somos dEle e o que ele deseja deveria ser o que desejamos. Isso porque um escravo conhece melhor seu mestre do que um servo e as recompensas por escravos são infinitamente maiores do que de apenas um servo.

08/01/2018

O que significa concupiscência dos olhos



A frase “concupiscência dos olhos” é encontrada em 1 João 2.15 a 17 “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. “O que é essa” concupiscência dos olhos”?

Simplificando, a concupiscência dos olhos é o desejo de possuir o que vemos ou para ter as coisas que têm apelo visual. Esta cobiça de dinheiro, bens ou outras coisas materiais não é de Deus, mas do mundo que nos rodeia. João enfatiza que essas coisas não duram, elas passarão. Em contraste, o Filho de Deus é a eternidade garantida.

Os Dez Mandamentos abordou a concupiscência dos olhos em sua proibição contra a cobiça. Êxodo 20.17 diz, “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” cobiça pode incluir um desejo de ter pessoas, posses ou status.

Satanás usa a concupiscência dos olhos, como uma avenida da tentação. Parte da razão de Eva ouvir a serpente no Jardim foi que ela olhou para o fruto proibido e viu que era “agradável aos olhos” (Gênesis 3.6). Satanás usou uma imagem visual para ajudar na tentação. Satanás tentou uma tática semelhante em Jesus. Uma de suas tentações no deserto foi uma tentativa de fazer Jesus cobiçar poder terreno. Satanás usou um visual que ele “mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles” (Mateus 4.8). É claro que Jesus não sucumbiu à concupiscência dos olhos, e Satanás foi derrotado (versículos 10 e 11).

Devemos seguir o exemplo de Jesus e, no poder do Espírito Santo, resistir à concupiscência dos olhos. O mundo está cheio de “atrações visuais”, glamour e ostentação. Materialismo acena com a promessa de felicidade e realização. Uma sociedade saturada de mídia nos bombardeia com campanhas de publicidade que poderia muito bem dizer: “Pegue isso!”

Nem tudo que reluz é ouro, e o Filho de Deus sabe que a fama, fortuna e elegância desaparecem rapidamente (Provérbios 23.5). Nosso foco não é mais o novo produto ou última moda. Nosso objetivo não é manter as aparências ou nos cercar com as armadilhas da reluzente magnificência. Em vez disso, nosso objetivo é “conhecer a Cristo e o poder da sua ressurreição e a comunhão da partilha dos seus sofrimentos” (Filipenses 3.10). Nossos olhos devem estar em Jesus (Hebreus 12.2).


Nossa visão é a eternidade.

07/01/2018

O fiasco da família de José, confiando em Deus em um processo doloroso



A identidade é uma coisa complicada. Nossa autoconsciência é profundamente moldada por quem é nossa família, de onde procedemos, pelo trabalho que fazemos, entre outros fatores.

Então, quando uma pessoa é criada em uma família disfuncional, é removida de sua própria cultura e acaba se encontrando meio que em um trabalho sem saída, ou seja, seu padrão é sua própria auto-identidade.

Esse trauma pode ter um impacto duradouro sobre os efeitos dessa pessoa e das gerações futuras.

José poderia ter pensado em tudo o que passou, um abuso familiar, desvantagens sociais e situações sem esperança, e renunciar a uma vida obscura e tediosa.

Aparentemente ele não fez. Ele provavelmente não podia se permitir, foi conduzido por uma alta vocação e uma firme convicção de que Deus era digno de sua obediência e lealdade, independente de contratempos aparentes.

Se alguém já teve o direito de ter amargura, José certamente era essa pessoa. A maioria de seus irmãos o queria morto, especialmente depois de lhes contar os sonhos de glória que Deus lhe dera.

Eles se estabeleceram para enviá-lo para uma terra distante, em cadeias, venderam-no a alguns comerciantes que o levaram para o Egito. Qualquer coisa, desde que não tivessem que lidar com ele. E essa atitude venenosa em relação a ele resultou em longos e dolorosos anos como um forasteiro passando por dificuldades impensáveis.

Algumas pessoas guardam essas mágoas no peito para o resto de suas vidas. São pessoas que foram traídas ou desprezadas no passado, e às vezes nunca superam isso. O zelo deles por vingança, ou mesmo por justiça simples, os consome.

Muitos podem dizer que acreditam na soberania de Deus, mas culpam as pessoas que as ferem como se Deus os tivesse abandonado em suas circunstâncias, e sua falta de misericórdia não faz nada para ajudá-los a curar suas feridas. Na verdade, só os aprofunda.

A história de José poderia ter acabado assim. Ele poderia ter vivido o resto de seus dias com amargura ou depois que obteve sucesso com um sentimento de superioridade.

Quando seus irmãos encontraram um caminho para o Egito em busca de alimentos anos depois que o traíram, José poderia ter procurado vingança o que conseguiria de forma muito fácil.

Mas não é assim que é a história do povo de Deus. Deus estava pintando uma imagem de graça e paciência. É difícil imaginar Deus querendo favorecer apenas José, quando encontramos mais tarde o relato de que todo um povo foi abençoado.

Não, José não foi vingativo. Ele foi colocado em uma série de testes, mas ele estava sempre inclinado em fazer a coisa certa. Ele entendia o caráter e o poder de Deus. As pessoas podem mudar. Deus pode dar-lhes um novo coração.

Sua glória tem a extraordinária capacidade de crescer no solo de trágicos e devastadores eventos.

Essa é uma verdade que precisa se estabelecer profundamente em nossos corações. Muitos de nós nunca passaram por eventos tão traumáticos como os de José, mas as decepções e atrasos fazem parte de toda a vida humana.

José pode muito bem ter feito as perguntas difíceis do sofrimento:

Como é que alguém altamente favorecido por seu pai e seu Deus acabam como um escravo falsamente aprisionado?
Onde está o favor de Deus nisso?
Por que uma vida destinada à grandeza inclui anos de futilidade aparente?
Por que Deus levou tanto tempo para o inocentar?

No meio da história, isso não fazia sentido.

Poderíamos fazer as mesmas perguntas.

Como os filhos de Deus, membros de um sacerdócio real que estão sentados com Cristo em lugares celestiais, tornam-se vitimados por pessoas sem escrúpulos?

Por que Deus leva tanto tempo para deixar seu plano se desdobrar em nossas vidas?

Por que ele nos deixa ficar em nossas provações?

Somos prometidos com fé de montanha e respostas para todas as nossas orações em nome de Jesus. Contudo, sofremos, com freqüência nas mãos dos ímpios e até mesmo dos irmãos.

Muitas vezes, os maus parecem prosperar e os justos parecem perder a prosperidade. Os mansos não parecem estar herdando muito. Algo está errado com essa imagem.

Mas não é assim que Deus vê as coisas. Ele usa nossas piores dificuldades para realizar seus propósitos, tanto para o nosso bem quanto para o bem de seu reino.

Ele de alguma forma fatora a confusão humana em suas melhores equações. E enquanto Ele já vê o resultado da nossa história, só vemos as implicações óbvias para o momento. E às vezes, como fizeram com José, essas implicações parecem devastadoras, e de certa forma realmente são.

A beleza do plano de Deus é muitas vezes aparente apenas em retrospectiva, mas está sempre lá.

Isso era verdade para José, ele disse assim em sua declaração histórica que, enquanto seus irmãos tinham propósitos malvados, “Deus o tornou em bem” (Gênesis 50.20) e é verdade para todos os que são chamados de acordo com os propósitos de Deus.

Ele está sempre trabalhando em nossas vidas e suas obras são sempre boas.

O exemplo de José é encorajador. Uma vida mais frutífera para o Reino de Deus raramente foi vivida. Sua vida era de notável integridade, honra, fidelidade, mordomia e humildade. E olhar para o fruto de tal vida: através de José, Deus preservou a raça através da qual ele enviaria seu filho para salvar a humanidade de sua rebelião.

O que começou na tumultuada vida dos doze filhos de Jacó levou a uma nação escolhida, uma história cheia de milagres, um sacerdócio real, uma herança eterna, e a bênção e favor de Deus sobre todos os que o amam.


Esse tipo de bênção, na vida de José e na nossa, sempre vale a pena a dor do processo.

06/01/2018

Jóias devolvidas


Narra-se antiga lenda de um rabino muito dedicado, que vivia feliz com sua esposa e dois filhos queridos.

Certa vez, por imperativos da religião, ele empreendeu longa viagem, ausentando-se do lar por várias semanas. No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois meninos.

Apesar da imensurável dor da perda dos filhos e da ausência de seu companheiro, sua mulher encontrou forças em Deus para suportar com bravura aquele choque e preparar-se para dar a notícia ao marido, que era cardíaco.

Alguns dias depois, num final de tarde, o rabino retornou ao lar. Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos. Ela pediu que ele não se preocupasse com as crianças, que tomasse logo o seu banho, pois queria conversar com ele.

Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos. A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:

– Deixe os meninos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou:

– O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus”.

– Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou comigo jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! E o problema é esse: Ele vem buscá-las hoje e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?

– Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades! Por que isso agora?

– É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!

– Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.

– Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!

E o rabino respondeu com firmeza:

– Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. 

Faremos isso juntos, hoje mesmo.

– Pois bem, meu querido, vamos devolvê-las hoje mesmo. Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas são os nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.

O rabino compreendeu a e aceitou a mensagem. Abraçou sua sábia esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.

Salmo 116.15 “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos”.


04/01/2018

Cinco passos para uma intimidade com Deus




Intimidade com Deus é algo que muitos não conhecem ainda, é algo que não se vê, não se palpa, apenas se sente, é uma busca incessante do dia a dia daqueles que realmente querem essa intimidade, porque Deus não nos obriga a conhecê-Lo, mas aqueles que realmente o buscam são capazes de senti-Lo verdadeiramente.

Para ter intimidade com uma pessoa é necessário que conheçamos essa pessoa, logo, como ter intimidade com Deus se não o conhecemos?

O primeiro passo para ter intimidade com Deus é procurar saber mais sobre Ele, ficar a sós com o Senhor, deixar que Ele fale conosco ao nosso coração. Ter intimidade com Deus é confessar que dependemos unicamente Dele, que sem Ele não somos nada.

E para começar a conhecer Deus primeiramente devemos conhecer a sua palavra, a Bíblia é rica em ensinamentos, nela Deus fala conosco de Pai para filhos, um diálogo amoroso, sincero, e esclarecedor.

Quando começamos a conhecer a palavra nos deparamos com a necessidade de dependência de Deus, eis o segundo passo. Os homens que estiveram diante de Deus, podemos citar como exemplo de homem confiante dependente de Deus, Noé.

Noé foi um homem temente a Deus, que confiou extremamente na palavra do Senhor, a Bíblia não nos diz como Deus se dirigiu a Noé, se foi em sonho, ou face a face, mas Noé confiou naquilo que Deus lhe ordenou, certamente porque Noé era íntimo de Deus, e sabia que Deus não falharia com sua promessa. Uma alma que espera no Senhor e confia, é como a corça que suspira pelas águas, porque sabe que a água é o único meio de sobrevivência. O salmista diz:

Salmos 42.1 “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus suspira a minha alma".

Para verdadeiramente ser íntimo de Deus também é necessário obedecer.

Ser obediente a Deus é o terceiro passo para ser verdadeiramente íntimo de Deus. O Senhor Deus diz claramente que:

Deuteronômio 5.29 “Quem dera eles tivessem sempre no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre".

Essa é uma das promessas de Deus para nós, se verdadeiramente formos obedientes em tudo e seguirmos os seus mandamentos nada nos faltará, nem para nós nem para nossa família. Um bom servo obedece ao seu Senhor e assim se torna íntimo Dele.

O terceiro passo para alcançar a intimidade com Deus é confiando nele. Se colocarmos tudo em suas mãos devemos também confiar, descansar o nosso coração. A palavra nos diz que:

Salmos 118.8 “É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens".

Muitas vezes diante das dificuldades da vida preferimos buscar consolo em pessoas que diz serem amigos, que podem até nos ajudar financeiramente, mas aquilo que nossa alma almeja somente Deus pode nos oferecer. Se você espera no Senhor e confia é porque você sabe que é dele que virá o seu socorro. E só se tem essa certeza aquele que sabe verdadeiramente que o Senhor não abandona os seus. Confiar em Deus é:

1 Pedro 5.7 “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós".

Seguindo com o quarto passo nos deparamos com a palavra esperar. Esperar seja em qualquer ocasião não é uma tarefa fácil, principalmente quando se fala em esperar em Deus. Só quem já passou ou está passando por um deserto, sabe o que quer dizer a expressão: O silêncio de Deus! Se confiamos em um Deus que nunca falha, que não abandona os seus, por que Ele permite que certas coisas acontecem com seus filhos? Essa é a pergunta de muitas pessoas. O que muitos não entendem é que Deus tem o seu tempo certo de agir em nosso favor. Aquilo que tanto queremos pode não ser o que Deus quer para nós. Quando estamos esperando uma resposta de algo que tanto buscamos e às vezes acontece diferente daquilo que o nosso coração deseja, devemos entender que Deus tem o melhor para nós e se não aconteceu como você queria é porque algo melhor Ele está preparando para você. Devemos esperar o tempo de Deus:

2 Pedro 3.8 “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia".

Para tudo já existe um tempo determinado por Deus, o que nos resta é confiar e esperar no Senhor:

Eclesiastes 3.1 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu".

Quinto passo para alcançar uma vida íntima com Deus é saber agradecer. Agradecer é um gesto de humildade, um gesto que poucos tem o hábito de fazer. Se Deus não nos deu aquilo que pedimos, agimos de forma que se quer lembramos daquilo que ele já nos deu. Esquecendo de render graças e louvores pelas coisas que para muitos são insignificantes, como o pão de cada dia, como acordar todas as manhãs com a saúde plena, etc. O salmista em sua sabedoria nos dirigiu um conselho:

Salmos 50.14 "Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo”.


Amados, se verdadeiramente seguirmos esses cinco passos: Conhecer a Deus, depender de Deus, obedecer a Deus, confiar em Deus, esperar em Deus e finalmente agradecer a Ele por tudo que nos tem dado, seremos amigos íntimos daquele que nos amou primeiro.