30/07/2017

Josué


Um dos maiores desafios enfrentados pelos lideres é a própria substituição, mediante o treinamento de outras pessoas para se tornarem competentes. Muitas notáveis realizações são iniciadas por pessoas com grande habilidade cuja vida ou carreira chegou ao fim antes de sua visão tornar-se realidade. A conclusão do sonho então se torna responsabilidade do sucessor desta pessoa. A morte é o final definitivo para a liderança. Um dos melhores testes para a liderança é a nossa disposição e habilidade para treinarmos outras pessoas com o propósito de nos substituir.

Moisés tomou uma excelente decisão ao escolher Josué como seu assistente. Esta escolha foi mais tarde confirmada pelo próprio Deus, quando instruiu Moisés a escolher seu servo como seu sucessor (Números 27.15 a 23). Josué desempenhara um papel de suma importância durante a caminhada pelo deserto. Apresentado como marechal de campo do exército de Israel, ele foi à única pessoa autorizada a acompanhar Moisés parte do caminho montanha acima quando o grande legislador recebeu a lei. 

Josué e Calebe foram os únicos dentre os 12 espias a voltar com um relatório encorajador após serem enviados à Terra Prometida pela primeira vez. Outras referências mostram-no como um servo fiel de Moisés, por isso experimentou em primeira mão o que significava guiar o povo de Deus. Este foi o melhor modelo!

Quem é o seu Moisés? Quem é o seu Josué? Somos um dos elos formam a corrente da obra de Deus neste mundo. Você moldou sua vida de acordo com o exemplo? Aqueles que o observam percebem a presença de Deus em todas as áreas de sua vida? Peça ao Senhor que coloque um Moisés em seu caminho. Peça que Ele faça de você um bom Josué.

Pontos fortes e êxitos:

Assistente e sucessor de Moisés.
Um dos dois com mais de 20 anos de idade que saíram do Egito e viveram para entrar na Terra Prometida.
Guiou os israelitas para entrarem na terra que Deus lhes prometera.
Brilhante estrategista militar.
Tinha fé para pedir a Deus orientação nos desafios que enfrentava.

Lições de vida:

A liderança efetiva costuma ser produto da boa preparação e encorajamento.
As pessoas nas quais nos espelhamos exercerão influência sobre nós.
A pessoa comprometida com Deus nos proporciona o melhor exemplo.

Informações essenciais:

Localidades: Egito, o deserto do Sinai e Canaã (a Terra Prometida).
Ocupações: Assistente especial de Moisés, guerreiro e líder.
Familiares: Pai, Num.
Contemporâneos: Moisés, Calebe, Miriã e Arão.

Versículos-chave:
Números 27.22 e 23 “E fez Moisés como o SENHOR lhe ordenara; porque tomou a Josué e apresentou-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação; e sobre ele pôs as mãos e lhe deu mandamentos, como o Senhor ordenara pela mão de Moisés”.


Josué é também mencionado em Êxodo 17.9 a 14 / 24.13 / 32.17 / 33.11; Números 11.28 / 13 / 14 /  26.65 / 27.18 a 23 / 32.11 e 12 e 28 / 34.17; Deuteronômio 1.38 / 3.21 e 28 / 31.3, 7, 14 e 23 / 34.9; todo o livro de Josué; Juízes 2.6 a 9 e 1 Reis 16.34.

29/07/2017

Balaão


Balaão foi uma figura notável do Antigo Testamento. Embora não pertencesse ao povo escolhido de Deus, reconheceu Yahweh como o verdadeiro e poderoso Deus. Mas Balaão não cultuou ao Senhorcomo o único Deus. A história desse profeta expõe a decepção de manter uma fachada externa de espiritualidade para encobrir uma vida interna corrupta.
Balaão era um homem disposto a obedecer ao comando de Deus desde que pudesse tirar algum proveito. Esta mistura de motivações, obediência e lucro, levou Balaão à morte. Embora ele tivesse percebido o incrível poder do Deus de Israel seu coração estava seduzido pelas riquezas que poderia ganhar em Moabe. Balaão retornou para lá, e morreu quando os exércitos de Israel invadiram aquela cidade.

Cada um de nós passa pelo mesmo processo. Quem somos de alguma forma virá à tona, destruindo quaisquer máscaras que possamos ter colocado para cobrir nosso verdadeiro eu. Os esforços gastos para manter as aparências seriam melhor aproveitados em tentativas para encontrar purificação para o pecado em nossa vida.

Podemos evitar o engano de Balaão enfrentando a nós mesmos e percebendo que Deus está disposto a nos aceitar, perdoar e virar do avesso. Não esqueça a lição sobre o que iludiu Balaão!

Pontos fortes e êxitos:

Muito conhecido por suas eficientes bênçãos e maldições.
Obedeceu a Deus e abençoou a Israel, a despeito do suborno de Balaque.

Fraquezas e erros:

Ajudou a levar os israelitas a adorarem ídolos (Numeros 31.16).
Retornou para Moabe e foi morto durante a guerra.

Lições de vida:

As motivações são tão importantes quanto às ações.
Onde está seu tesouro também está seu coração.

Informações essenciais:

Local: Viveu próximo ao rio Eufrates e viajou para Moabe.
Ocupação: Feiticeiro e Profeta.
Familiares: Pai, Beor.
Contemporâneos: Balaque (rei de Moabe), Moisés e Arão.

Versículos-chave:

2 Pedro 2.15 e 16 “os quais [os homens carnais], deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta”.


A história de Balaão é relatada em Números 22.1 a 24.25. Ele é também mencionado em Números 31.7,8 e 16; Deuteronômio 23.4 e 5; Josué 24.9 e 10; Neemias 13.2; Miquéias 6.5; 2 Pedro 2.15 e 16; Judas 11; Apocalipse 2.14.

28/07/2017

Eleazar



Um ator substituto precisa conhecer bem o papel e estar preparado, caso seja necessário entrar em cena no lugar do ator principal. Eleazar foi um excelente substituto de Arão, pois fora bem treinado para o sacerdócio. Porém, alguns momentos foram dolorosos. Certa ocasião, Eleazar assistiu seus dois irmãos mais velhos queimarem até a morte, por falharem em levar a santidade de Deus a sério. Mais tarde, com a aproximação da morte do pai, Eleazar foi consagrado sumo sacerdote, uma das posições de maior responsabilidade em Israel.

Um ator se beneficia por possuir um modelo, alguém que admira e no qual se inspira. Eleazar também teve bons modelos e boa orientação. Desde a sua infância, pôde observar Moisés e Arão.
Depois, aprendeu assistindo Josué liderar; também tinha as leis de Deus para guiá-lo, quando assumiu a função de sumo sacerdote e conselheiro de Josué.

Pontos fortes e êxitos:

Sucedeu seu pai, Arão, como sumo sacerdote.
Completou a obra de seu pai, ajudando a guiar o povo até a Terra Prometida.
Foi amigo de Josué.
Agiu como porta-voz de Deus para o povo.

Lições de vida:

Concentração nos desafios presentes e responsabilidades é a melhor forma de preparar-se para assumir o que Deus designou para nós no futuro.
O desejo de Deus é que obedeçamos a Ele em toda a nossa vida.

Informações essenciais:

Locais: Deserto do Sinai e Terra Prometida.
Ocupação: Sacerdote e sumo sacerdote.
Familiares: Pai, Arão; irmãos, Nadabe, Abiú e Itamar; tios, Miriã e Moisés.
Contemporâneos: Josué e Calebe.

Versículos-chave:

Números 20.23 e 26 “E falou o SENHOR a Moisés e a Arão no monte Hor, nos termos da terra de Edom, dizendo: Arão recolhido será a seu povo, porque não entrará na terra que tenho dado aos filhos de Israel, porquanto rebeldes fostes à minha palavra, nas águas de Meribá. Toma a Arão e a Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte Hor; e despe a Arão as suas vestes e veste-as a Eleazar, seu filho; porque Arão será recolhido a morrerá ali”


Eleazar é mencionado em Êxodo 6.23, Levítico 10.16 a 20, Números 3.1 a 4 / 4.16 / 16.36 a 40 / 20.25 a 29 /  26.1 a 4 e 63 / 27.2 / 15 a 23 / 32.2 /  34.17, Deuteronômio 10.6 e Josué 14.1 / 17.4 / 24.33.

27/07/2017

Corá


 
Algumas pessoas poderiam ter permanecido anônimas caso não tentassem obter mais do que podiam. Não se contentaram com o que tinham, tentaram obter além do que mereciam, e terminaram de mãos vazias. Corá, um dos líderes israelitas, foi uma dessas pessoas.

Corá era um levita que ajudava na rotina dos serviços no Tabernáculo. Pouco depois da grande rebelião de Israel contra Deus (Números 13 e 14). Ele instigou o povo a uma pequena revolta. Recrutou um comitê de queixosos e confrontou Moisés e Arão. A lista de reclamações se baseava em três argumentos: (1) Moisés e Arão não eram melhores do que outros israelitas; (2) todos em Israel foram escolhidos pelo Senhor; (3) Israel não devia obediência a Moisés e a Arão. É incrível ver como Corá usou as duas primeiras afirmações, ambas verdadeiras, para chegar a uma conclusão falsa. Moisés teria concordado com o fato de não ser melhor do que qualquer outro. Também concordaria que todos os israelitas eram o povo escolhido por Deus. Mas Corá errou na conclusão sobre essas verdades. Nem todos os israelitas haviam sido escolhidos para liderar. A mensagem subliminar de Corá era: “tenho tanto direito de liderar quanto Moisés”. Este erro custou não apenas a posição e o trabalho que Corá gostava: custou-lhe a vida.

A história de Corá nos fornece inúmeros alertas. (1) Não permita que a cobiça pelo bem alheio p deixe descontente com o que você possui. (2) Não tente aumentar sua auto-estima atacando a de outra pessoa. (3) Não utilize parte da Palavra de Deus para dar suporte a seus interesses, em vez de permitir que ela molde completamente seus desejos. (4) Não espere encontrar satisfação no poder ou em cargos. Depois pode querer usá-lo na posição em que você se encontra agora.

Pontos fortes e êxitos:

Foi um líder popular, uma figura influente durante o Êxodo.
Foi mencionado entre os chefes de Israel (Êxodo 6).
Foi um dos primeiros levitas a serem chamados para o serviço especial no Tabernáculo.

Fraquezas e erros:

Não reconheceu a importante posição em que Deus o havia colocado.
Esqueceu-se que sua luta era contra alguém ainda maior do que Moisés.
Permitiu que a ganância cegasse seu bom senso.

Lições de vida:

Algumas vezes, existe uma linha tênue entre objetivos e ganância.
Ao ficarmos descontentes com o que temos, em vez de ganhar algo mais, podemos perder tudo.

Informações essenciais:

Locais: Egito e Sinai.
Ocupação: Levita (assistente no Tabernáculo).
Versículos-chave:

Números 16.8 a 10 “Disse mais Moisés a Corá: Ouvi, agora, filhos de Levi: porventura, pouco para vós é que o Deus de Israel vos separou da congregação de Israel, para vos fazer chegar a si, a administrar o ministério do tabernáculo do SENHOR e estar perante a congregação para ministrar-lhe; e te fez chegar e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo; ainda também procurais o sacerdócio?”


A história de Corá pode ser encontrada em Números 16.1 a 40. Ele também é mencionado em Números 26.9 e Judas 1.11.

26/07/2017

Calebe



A voz da minoria nem sempre é ouvida. No entanto, a verdade não pode ser medida por estatísticas de aprovação. Pelo contrário, a verdade costuma ser o oposto do que pensa a maioria. Ela permanece imutável, pois é garantida pelo caráter de Deus. Ele é a verdade; Ele dá a palavra final. Assim, há momentos em que a pessoa ficará sozinha do lado da verdade.

Calebe não era apenas um homem de grande fé, ele a depositava no grande Deus! A coragem de Calebe baseava-se em suas experiências com Deus, não nas habilidades de Israel para conquistar a Terra Prometida. Calebe não podia concordar com a maioria, pois estaria discordando de Deus.
Nós, por outro lado, costumávamos basear nossas decisões na opinião da maioria. Poucos se amedrontam logo de inicio, como ocorreu com os dez espias, a maioria age como Israel, que deixou sua covardia em segundo plano, a fim de atentar para o senso comum. Nossa busca pelo certo e o errado costuma ter inicio com questões do tipo “o que dizem os peritos?” ou “o que dizem meus amigos?” A pergunta que mais evitamos é “o que Deus pensa sobre isto?”

Mas os princípios que aprendemos ao estudar a Bíblia fornecem um roteiro bem seguro para toda a vida, pois levam-nos a um relacionamento pessoal com Deus, cuja Palavra é a Bíblia. O Deus que deu coragem a Calebe é o mesmo Deus que nos oferece o presente da vida eterna por intermédio de seu Filho, Jesus. Vale à pena confiar nesta verdade!

Pontos fortes e êxitos:

Foi um dos espias enviados por Moisés para averiguar Canaã.
Foi um dos únicos israelitas que saiu do Egito e entrou na Terra Prometida.
Foi a minoria que se posicionou a favor de conquistar Canaã.
Expressou fé nas promessas de Deus, a despeito dos aparentes obstáculos.

Lições de vida:

A opinião da maioria não representa a medida exata do certo e do errado.
A coragem baseada na fé em Deus é apropriada.
Para que a coragem e a fé sejam eficientes, é preciso combinar palavras e ações.

Informações essenciais:

Local: Do Egito para o Sinai, depois para Canaã, especificadamente Hebrom.
Ocupações: Espia, soldado e pastor.

Versículos-chave:

Números 14.24 “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá em herança”.


A história de Calebe pode ser encontrada em Números 13 e 14 e Josué 14 e 15. Ele também é mencionado em Juízes 1 e 1 Crônicas 4.15.

25/07/2017

Miriã



Pergunte aos irmãos mais velhos qual é a sua maior provação na vida; eles responderão que é o irmão mais novo. Isto é verdade especialmente quando o caçula é mais bem-sucedido do que o mais velho. Os laços de lealdade familiar podem ser tão esgarçados a ponto de haver rompimentos. 

Quando vemos Miriã pela primeira vez na narrativa bíblica, ela está envolvida em um dos mais incomuns trabalhos de babá: está a observar seu irmão Moisés, ainda bebê, em um berço à prova d’água, flutuando no rio Nilo. Quando Moisés foi encontrado pela princesa do Egito, esta desejou adotá-lo como filho, mas percebeu que ele precisava de uma ama de leite. O rápido raciocínio de Miriã permitiu que Moisés fosse amamentado pela própria mãe.

A super proteção de Miriã, demonstrada nesse episódio, deve ter lhe causado dificuldades para aceitar que seu irmão caçula cresceu, pois na ocasião em que Moisés casou-se com uma mulher cuxita, Miriã criticou a sua escolha. Era natural que Miriã ficasse insegura. A questão não era o tipo de mulher com quem Moisés se casara, e sim o fato de que Miriã não mais seria a mulher mais importante na vida de Moisés, o líder de Israel. Por isso, ela questionou a autoridade do irmão: “Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós?” (Números 12.2). Não há menção da resposta de Moisés, mas Deus rapidamente respondeu a Miriã e a Arão. Sem negar o papel de ambos em seus planos, Deus claramente demonstrou seu relacionamento especial com Moisés. E Miriã foi atingida pela lepra, uma doença mortal, como punição por sua insubordinação.

Antes de criticar qualquer pessoa, precisamos pensar bem, para descobrirmos nossas motivações, pois nossa atitude pode ter conseqüências desastrosas. O que costumava ser rotulado como “critica construtiva”, na verdade, pode ser “inveja destrutiva”, uma vez que o meio mais fácil de parecer melhor é diminuir as qualidades da outra pessoa. Você está disposto a questionar suas motivações antes de fazer criticas? O dedo que você aponta não precisaria primeiro ser apontado para si mesmo?

Pontos fortes e êxitos:

Pensava rápido sob pressão.
Era uma líder bem disposta.
Era compositora.
Era uma profetisa.

Fraquezas e erros:

Teve inveja da autoridade de Moisés.
Criticou abertamente a liderança de Moisés.

Lições de vida:

As motivações por trás da critica costumam ser mais graves do que a própria critica.

Informações essenciais:

Local: Egito e Sinai.
Familiares: Irmãos, Arão e Moisés.

Versículos-chave:
Êxodo 15. 20 e 21 “Então, Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque sumamente se exaltou e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro”.

A história de Miriã pode ser encontrada em Êxodo 2 a 15 e em Números 12 a 20. Ela também é mencionada em Deuteronômio 24.9; 1 Crônicas 6.3e Miquéias 6.4.

22/07/2017

Perseverando em oração


Lucas 18.1 a 8 “E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?

Nesta parábola encontraremos estímulo para buscar a Deus de forma perseverante, com a Certeza de que seremos ouvidos. Jesus nos apresenta uma situação totalmente adversa para uma Viúva sob todos os aspectos, superada, porém, pela sua persistência. Vejamos o nível de Dificuldade que a viúva enfrentou e comparemos com nossos possíveis desafios. Se ela Prevaleceu, nós também prevaleceremos.

1 - Lucas 18.3, ela era uma viúva - Jesus escolheu o tipo de pessoa que representa fragilidade (as viúvas e os órfãos estavam entre as pessoas mais vulneráveis do povo de Deus, e tanto os profetas do A.T. como os apóstolos insistiram para que se cuidassem deles de forma especial). Êxodo 22.22 a 24, Isaias 1.16 a 18 e Tiago 1.27. Sozinha, sem alguém para defendê-la e contando já com certa idade, a viúva Levava grande desvantagem na luta pela conquista de qualquer coisa. No entanto, sua condição de viuvez não foi mais forte do que o seu espírito persistente. Ela se fortaleceu através da sua determinação de atingir um alvo, e alcançou êxito. Sabemos que ela alcançou o que queria por meio de sua persistência em bater na mesma porta até que se abrisse. A palavra-chave aqui é: Fragilidade. Assim como a condição da viúva era de fragilidade, a nossa também pode ser sob alguns aspectos. O que não podemos é permitir que tais limitações nos impeçam de continuar Lutando (vemos a vida de José, vendido como escravo aos 17 anos, mas com persistência e fé, aos 30 anos era o segundo homem mais poderoso e respeitado em todo o Egito), (o paralitico do tanque de Betesda esperou 38 anos pela sua cura, e a recebeu) e assim vemos muitos outros exemplos. A nossa batalha é espiritual e não material. Portanto, não permitamos que a aparente fraqueza física ou material apague a verdadeira glória espiritual residente em nós. Precisamos prevalecer a despeito de nossas fraquezas. Se na sua vida de oração você tem de lutar contra situações que lhe fazem sentir-se frágil, fortaleça-se nas promessas de Deus seguindo o exemplo dessa mulher, e prevaleça mesmo assim.

2 - Lucas 18.3, ela tinha um adversário – ela buscava ajuda persistentemente porque tinha um adversário. Havia uma causa a ser julgada e uma resistência a ser vencida. Veja que o grau de dificuldade vai aumentando. Já não bastavam as dificuldades normais do dia-a-dia sendo uma viúva, havia um agravante relacionado à realidade de um adversário. No entanto, a presença de um inimigo não a intimidou na sua luta persistente. Como antes, perseverou em bater na mesma porta até que se abrisse. A palavra-chave aqui é: adversidade. Vemos Daniel orando e jejuando (Daniel 10.1 a 5). Assim como a viúva possuía um adversário (hoje conosco não é diferente, também temos um adversário que luta com todas as forças para nos derrotar), nós também precisamos enfrentar corajosamente as situações que nos são contrárias, pois a Palavra de Deus nos da garantia de vitória (Filipenses 4.13, Romanos 8.37, e muito mais). Compreendamos a realidade dos adversários do lar, dos relacionamentos, do trabalho, dos sonhos, do ministério, etc. Em todas as áreas da vida vamos enfrentar adversidades, e por isso mesmo precisamos lutar, até que a vitória se manifeste. João 16.33 “Tenho-vos Dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu Venci o mundo.”

3 - Lucas 18.2, ela estava diante de um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens – viúva e lutando contra alguém aparentemente mais poderoso, ela decide buscar Ajuda. Quando recorre à justiça, depara-se com alguém sem temor a Deus, e conseqüentemente, sem amor ao próximo. Aquele juiz não conhecia a compaixão divina que leva as pessoas a se Inclinarem em favor dos outros. Sem o temor a Deus, ele também não estava preocupado em fazer qualquer coisa pela viúva, pelo menos, para fugir da mão divina. No entanto, a dureza de Coração daquele juiz e a sua falta de compaixão pelas pessoas, não foram fatores desanimadores para aquela senhora que estava determinada a vencer. A palavra-chave aqui é: dependência. Infelizmente, a viúva dependia de uma pessoa que não temia a Deus nem respeitava os homens, mas que, no entanto, atendeu seu pedido depois de algum tempo. Hoje, porém, de quem nós dependemos? É claro que a nossa dependência é de Deus, um Deus bondoso e misericordioso que tem prazer em nos ministrar (conferir,fornecer). (Mateus 6.26 “Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não tem vocês muito mais valor do que elas?”) e (Mateus 7.11 “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!”). Se ela conseguiu o que queria diante de um juiz iníquo, Quanto mais nós que dependemos do Pai amoroso que nos socorre em nossas aflições.

4 - Lucas 18.4, ela precisou esperar e esperar, até ser atendida – grandes foram as dificuldades. Agora ela teve de lutar contra o tempo. O texto diz: “por algum tempo ele se recusou”. Muitas coisas poderiam ter acontecido durante o tempo em que o juiz se recusou a socorrer a viúva. Ela poderia ter desistido, abandonando a causa por achar inútil continuar esperando. Ela poderia ter alimentado amargura contra o sistema iníquo que a prejudicava, ou, simplesmente se encolhido em seu canto, acomodando-se à triste realidade do triunfo da Injustiça (imaginemos se José tivesse tomado algumas dessas atitudes, ele jamais seria o segundo em poder no Egito, jamais poderia ter ajudado seu povo e com certeza teria se vingado de seus irmãos e o que é pior de tudo com certeza teria perdido sua comunhão com Deus). No entanto, a demora em receber a resposta não apagou o fogo da persistência em seu coração guerreiro (tanto a viúva como José). Sabemos que ela continuou insistindo mesmo contra qualquer evidência de que sua causa não seria julgada. A palavra-chave aqui é: esperar. Assim como a viúva soube esperar sem desanimar-se, assim também devemos nós fazer. O tempo não pode roubar a nossa Fé, nem levar embora nossa esperança. Que o tempo, no entanto, possa apenas contribuir para fazer com que as raízes da fé se aprofundem mais e mais no coração, até transformarem nossos Sonhos em realidade. (Salmo 71.14 “Mas eu esperarei continuamente, e te louvarei cada vez mais”).

Conclusão

Apesar de nos sentirmos muitas vezes frágeis como a viúva, tendo diante de nós adversidades a serem superadas, e tendo de perseverar mesmo quando se passa muito tempo, no entanto, não estamos diante de um juiz iníquo que não quer nos atender. Se ela conseguiu prevalecer mesmo diante de tantos fatores contrários, muito mais nós, que buscamos justiça das mãos de um Deus que não tarda em socorrer-nos. Precisamos nos lançar nos braços de Deus com confiança e de forma perseverante. 
A persistência diante de Deus não deve ser motivada pela tentativa de convencê-lo a nos atender, como se tivéssemos recorrendo ao juiz iníquo da parábola. Devemos ter a motivação de manter acesa a chama da fé que nos leva a clamar, bater e insistir até que tudo se consuma. Veja que Jesus termina a parábola dizendo assim: Lucas 18.8 “Digo-vos que depressa Lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”. Portanto, a perseverança está relacionada à atitude de não desistir dos Propósitos por incredulidade, desânimo ou dúvida.

A isso a Bíblia chama de fé.